sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Ex_Machina

Assisti Ex_Machina (2015) de Alex Garland no TelecinePlay. Nunca tinha ouvido falar nesse filme, vi que era de ficção científica quando estreou no Telecine, ia ver, mas sem grande pressa. Até que o Marcelo Janot informou no Facebook que era um outro trabalho expressivo da atriz Alicia Vikander de Garota Dinamarquesa. Não tinha visto nenhum dos dois, mas tinha lido elogios a atriz nesse filme que concorre ao Oscar. Então corri pra ver Ex_Machina.

Gostei demais de Ex_Machina. É um filme muito interessante que navega por temas já debatidos, mas traz muitas questões adicionais. Começa com um profissional de uma empresa dizendo que foi o escolhido para um projeto de pesquisa, ele é interpretado por Domhnall Gleeson. Um helicóptero o leva no meio do nada. E ele encontra um prédio. Lá há um pesquisador e seus protótipos de robôs. Um robô é interpretado pela Alicia Vikander e outra por Sonoya Mizuno. E o pesquisador por Oscar Isaac. Como é um projeto de pesquisa, o selecionado pouco pode saber pela segurança. Ele ganha um crachá que só vai permitir que ele ande onde é permitido. Tudo é muito misterioso, mas há lógica nos segredos de pesquisa que validam todos os cuidados.

Os debates são muito interessantes. Além de falar do tradicional poder a um robô, o filme debate muito manipulação. Quem está manipulando quem. O protagonista selecionado é um rapaz bom, quase ingênuo, que tem uma grande dificuldade de descobrir quem está mentindo. O laboratório também é muito interessante, cheio de câmeras. Ex_Machina é um filme relativamente simples, tecnologicamente desenvolvido, mas são poucos atores, alguns cenários. É um filme de ficção científica com foco intelectual, muitas conversas, filosofias, pouca ação. A maior parte do tempo os diálogos são entre três pessoas que em geral estão em duplas, observadas na maior parte do tempo. Muito interessante! Adorei! Com roteiro muito instigante volte e meia estou pensando no tema, nas abordagens, nas questões. Intrigante!

Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O Teatro Mambembe do Doutor Fracassa

Assisti ao espetáculo O Teatro Mambembe do Doutor Fracassa de O Maravilhoso Teatro Ambulante da Academia de Palhaços no CEU Jardim Paulistano. A direção é de Fernando Neves. Que delícia de peça! O grupo monta o palco em uma kombi que foi toda customizada para parecer mambembe. A cada dia o grupo monta um espetáculo, são cinco peças em cada lugar e eu por enquanto vi uma só. As crianças adoram.

Essa que eu vi é bem engraçada, com ótima música ao vivo. É inspirada na peça O Mambembe de Artur de Azevedo de 1904. O grupo interpreta um pouco o que são, uma trupe mambembe de teatro que está toda endividada e tento a todo custo dinheiro para comer, dormir e poder continuar a sua arte. É bem engraçado, me diverti muito. No elenco estão  Bruno Garcia, Laíza Dantas, Maurício Schineider, Paula Hemsi e Rodrigo Pocidônio. Ao final do espetáculo os atores contaram que nos outros dias iriam encenar as outras peças, que tinha de tudo, terror, comédia, drama. A Academia de Palhaços se apresenta no CEU Jardim Paulistano até o dia 1º de março. Depois fazem apresentações na Zona Sul e na Zona Norte. Sempre de graça e muitas vezes nas ruas.

E como o CEU Jardim Paulistano é bonito. Fica na Brasilândia, Zona Norte. De um lado tem a comunidade de outro lado uma bela mata. O CEU Jardim Paulistano é muito grande e bonito. Conheço alguns CEUs em São Paulo e fico sempre encantada com a infraestrutura.

Não achei vídeos do espetáculo com a Kombi, mas achei um da Academia de Palhaços.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Vidas ao Vento

Assisti a animação Vidas ao Vento (2013) de Hayao Miyasaki no Telecine Cult. Há um tempo gravei, demorei pra ver e quando comecei demorei também. Adoro esse diretor, mas o ritmo desse é lento demais. É inspirado no engenheiro Jirô Horikoshi no período da Segunda Guerra Mundial.

Mostra desde a infância quando sonhava conversar com o criador italiano de aviões. Obviamente o filme ignora Santos Dumont. É a Segunda Guerra Mundial e os aviões eram construídos para bombardeiros. Nosso personagem cresce, vai para uma grande empresa japonesa de aviões, depois, por lutarem ao lado de Hitler, vai conhecer os aviões na Alemanha. Horikoshi criou um avião de guerra.

O filme é criticado por romancear a história da guerra. De qualquer forma, qualquer pessoa que desejasse fazer aviões na época faria de guerra, só depois que criaram aviões para passageiros. Vidas ao Vento é uma animação bem adulta, nosso protagonista fuma como uma chaminé, há vários diálogos complexos. Quem gosta de engenharia, de engenharia de aviões e de aviões deve gostar da animação. A animação é muito bem realizada. Eu achei o ritmo muito arrastado e as divagações ficcionais com Horiskoshi conversando com os criadores de aviões são bem chatas. Na infância há lógica, depois fica infantil, esquisito. Gostei um pouco da animação e de alguns aspectos históricos.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Ouija

Assisti Ouija (2014) de Stiles White no TelecinePlay. Faz tempo que sabia desse filme na programação do Telecine, mas tinha receio de ver. Eu adoro o gênero de filme de fantasminhas que tem um grande segredo a ser revelado. Eu não gosto do gênero com adolescentes que a intenção é ser violento e aterrorizante e pronto. Como esse tinha vários adolescentes, tinha receio de ser desse gênero que não gosto. Pena ter demorado pra ver porque é exatamente do jeito que gosto e é muito bom.

Bem editado, nos mantém grudados e curiosos. Começa com duas lindas crianças na frente de um tabuleiro. Uma delas diz as regras, nunca jogar sozinhas, nunca jogar em cemitério. Corta para elas adolescentes. Uma vai chamar a amiga pra sair que está muito nervosa e depois vemos ela queimando o tabuleiro e morre logo depois. A amiga não se conforma e começa a investigar. As amigas são interpretadas por Olivia Cook e Shelley HenningOs amigos são interpretados por Daren Kagasoff, Ana Coto, Douglas Smith Bianca S. Santos.

Eu sempre tive um certo fascínio por esse tabuleiro, não para jogar, mas acho que se encaixam perfeitamente nesses filmes. Já que nos filmes os espíritos realmente falam por ele. As casas escolhidas para os cenários são lindas. Uma em estilo clássico e outra mais moderna. 

Alguns outros atores aparecem no elenco: Lin Shaye, Sierra Heuermann, Claudia Katz e Vivis Colombetti. Claro que Ouija deixa aberta a possibilidade de continuação. Espero mesmo que volte com algum outro gancho.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Ciclo de Debates: Ausência e Busca da Felicidade

Fui ao Ciclo de Debates: Ausência e Busca da Felicidade da República Ativa de Teatro no Centro Cultural São Paulo. Esse grupo é o que está com a peça Splash ou a História da Gota que quer ser Rio e comentei aqui e promoveram no espaço também esses debates. A psicóloga Mariuza Pregnolato falou sobre o tema intermediada pelo Rodrigo Palmieri. Ela falou da subjetividade que é a felicidade, que o que pode ser felicidade para um, pode não ser para o outro, mas que mesmo para nós é mutável. Aos 18 o que nos fazia feliz pode não fazer feliz depois. Mesmo uma viagem que fazemos que queremos repetir pode não ter a mesma alegria da outra vez porque mudamos.

Como a República Ativa de Teatro tem projetos com crianças, os palestrantes falaram sobre o tema. Mariuza comentou que é mais simples a felicidade das crianças. Se a criança tem o desejo saciado, ela fica feliz. Conforme ficamos adultos, nos tornamos mais elaborados. Mariuza disse o quanto é importante essa curiosidade do ser humano, de sempre querer mais, questionar mais, que isso impulsiona as pessoas para a evolução. Mas Rodrigo lembrou dos riscos do capitalismo em colocar no ter as angústias. Mariuza falou como muitas vezes a falta é importante para percebermos que éramos felizes. Mariuza sugeriu que quando alcançássemos a felicidade de um objetivo, ficássemos um pouco naquele lugar, desfrutássemos essa conquista, antes de seguirmos para novos desafios. O debate foi gratuito. No sábado que vem o grupo debaterão sobre o teatro infantil com outros profissionais da área.
Beijos,
Pedrita

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Ascensor para o Cadafalso

Assisti Ascensor para o Cadafalso (1958) de Louis Malle no Arte 1. Eu coloquei esse filme para gravar, amo esse diretor. Antes de começar um crítico fala um pouco do filme. Que é baseado no livro de um búlgaro, Noël Calef, que agora quero ler. É o primeiro filme dirigido por Louis Malle que tinha somente 25 anos. Como pode já ser tão talentoso? E o elenco? Jeanne Moreau encabeça a trama.

É absolutamente impressionante! Os desdobramentos do filme são incríveis! Começa com os dois amantes falando ao telefone e marcam um encontro. O mais incrível é que é esse casal que de uma certa forma movimenta toda a trama, mas eles nunca se encontram no filme. Ele é interpretado por Maurice Ronet.

Há outro casal que impulsiona um monte de confusão também. É um filme muito angustiante! Esse casal é interpretado por Yori Bertin e Georges Poujouly. São vários atores e tramas: Gérard Darrieu, Lino Ventura, Jacqueline Staup, Jean Wall, Elga Andersen, Sylviane Aiseinsten, Micheline Bona. A trilha sonora é maravilhosa também, é de Miles Davis.
Beijos,
Pedrita