Terminei de ler
Doutor Jivago (1958) de
Boris Pasternak da
BestBolso. Minha irmã que me emprestou esse livro com vários elogios.
Boris Pasternak é ganhador do
Prêmio Nobel de Literatura, acho que lembram que eu comentei que estamos lendo ao menos uma obra de cada autor ganhador de
Nobel. Esse é sensacional! Eu tinha amado o filme, quero rever, e o livro é fascinante. Não é uma leitura fácil nem rápida. Muitos personagens, muitos nomes diferentes da nossa cultura, muitos apelidos tão diferentes dos nomes. No início até há uma tabela pra ajudar porque volte e meia eu me perdia. A tradução é de
Zoia Prestes direto do russo. Há inclusive um texto dela falando sobre a sua origem e sobre o livro. Eu só leio as informações e textos depois que leio o livro. Ainda bem, porque na contracapa eles relatam algo que acontece um bom tempo depois da segunda parte. A edição é exatamente a dessa capa. Uma edição de bolso, caprichada, com letras acessíveis de ler. Algumas edições de bolso são quase inviáveis na leitura.
Obra Vista de Constantinopla à Noite (1875) de Ivan Konstantinovich Aivazovskii
Eu não sabia que essa obra tinha sido proibida na União Soviética, mas lendo o livro entendemos o período caótico que esse autor viveu. Doutor Jivago passa entre a Revolução Russa até a Segunda Guerra Mundial. Além das guerras com outros países, a Rússia enfrentou muitas guerras civis, qualquer guerra é insana, mas essa é de assustar.A fome e a miséria assolaram o país. O relato das mães enlouquecidas que largavam seus filhos na neve com farinha para a morte ser menos dolorosa é assustador. Como justificar ideologias com tanta desgraça?
Obra Nizhnii Tagil (1958) de Felix Lembersky
Começa com a infância de Jivago, ele se forma médico. É triste acompanhar a sua degradação e loucura, ver tudo o que se passa a sua volta e aos seus conhecidos. Nós estamos acostumados a conseguir informações, era uma época que as famílias se perdiam, nada ficavam sabendo, se seus parentes estavam vivos ou mortos. Era perigoso perguntar. Doutor Jivago é um livro muito triste e sem esperança.
Primeira frase de Doutor Jivago de Boris Pasternak:
“Caminhavam, caminhavam e cantavam “Lembrança eterna”, mas quando paravam, parecia que, de tanto ser cantada a música continuava a ser entoada pelos pés das pessoas, pela marcha dos cavalos e pelo sopro do vento.”
A história desse pintor Felix Lembersky se confunde com a história do livro.
Beijos,
Pedrita