sexta-feira, 25 de março de 2011

Um Pé De Quê? - Pitanga

Assisti Um Pé de Que? Pitanga no Canal Futura. A produtora é a Pindorama Filmes. Eu gosto muito desse programa, sempre assisto, dessa vez falaram da Pitanga. É apresentado pela Regina Casé, começou na feira ela perguntando quais eram as frutas típicas da Mata Atlântica, um ou outro acertou alguma fruta. São muitas, eu conheço muito poucas. Nesse programa eles focaram na Pitanga, mas a Reginá Casé nos apresentou e mostrou várias outras frutas. Gostei do apanhado histórico do programa. Eu um mapa desenho falaram das tribos que existiam na Mata Atlântica que brigaram com uma tribo guerreira a Tupi que veio do Amazonas e acabou ficando na Mata Atlântica posteriormente. Foi essa tribo que Portugal encontrou e acreditam pelo lado guerreiro da tribo Tupi que esse encontro não deve ter sido pacífico.

A produção foi para alguns sítios arqueológicos onde possivelmente viveram tribos indígenas e entrevistou arqueólogas, há inclusive um em uma escola e os alunos contaram como se sentem importantes de ter um sítio arqueológico lá. Seguiram ainda para uma tribo indígena onde moradores falaram das frutas. Algumas são muito difíceis de encontrar. Regina Casé falou da quantidade de tribos indígenas que foram extintas depois da chegada dos portugueses e de algumas frutas difíceis de encontrar. Além da programação no Canal Futura há livros e DVDs para comprar sobre essa série e há um site com informações. Um Pé de Quê? tem parceria com a SOS Mata Atlâtnica. Se quiserem informações técnicas da Pitanga vocês podem encontrar no blog Os Incansáveis. Inclusive o blog tem uma Série "Árvores da Mata Atlântica" que vocês podem acompanhar.

Eu comecei a postar mais sobre programas de televisão depois que saíram matérias falando que existiam poucos programas interessantes e eu discordo. Ainda não são muitos, mas não são poucos. É só vocês irem na tag Programas de Televisão do blog que conhecerão uma variedade de programas.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 23 de março de 2011

Doutor Jivago

Terminei de ler Doutor Jivago (1958) de Boris Pasternak da BestBolso. Minha irmã que me emprestou esse livro com vários elogios. Boris Pasternak é ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, acho que lembram que eu comentei que estamos lendo ao menos uma obra de cada autor ganhador de Nobel. Esse é sensacional! Eu tinha amado o filme, quero rever, e o livro é fascinante. Não é uma leitura fácil nem rápida. Muitos personagens, muitos nomes diferentes da nossa cultura, muitos apelidos tão diferentes dos nomes. No início até há uma tabela pra ajudar porque volte e meia eu me perdia. A tradução é de Zoia Prestes direto do russo. Há inclusive um texto dela falando sobre a sua origem e sobre o livro. Eu só leio as informações e textos depois que leio o livro. Ainda bem, porque na contracapa eles relatam algo que acontece um bom tempo depois da segunda parte. A edição é exatamente a dessa capa. Uma edição de bolso, caprichada, com letras acessíveis de ler. Algumas edições de bolso são quase inviáveis na leitura.

Obra Vista de Constantinopla à Noite (1875) de Ivan Konstantinovich Aivazovskii

Eu não sabia que essa obra tinha sido proibida na União Soviética, mas lendo o livro entendemos o período caótico que esse autor viveu. Doutor Jivago passa entre a Revolução Russa até a Segunda Guerra Mundial. Além das guerras com outros países, a Rússia enfrentou muitas guerras civis, qualquer guerra é insana, mas essa é de assustar.A fome e a miséria assolaram o país. O relato das mães enlouquecidas que largavam seus filhos na neve com farinha para a morte ser menos dolorosa é assustador. Como justificar ideologias com tanta desgraça?

Obra Nizhnii Tagil  (1958) de Felix Lembersky 

Começa com a infância de Jivago, ele se forma médico. É triste acompanhar a sua degradação e loucura, ver tudo o que se passa a sua volta e aos seus conhecidos. Nós estamos acostumados a conseguir informações, era uma época que as famílias se perdiam, nada ficavam sabendo, se seus parentes estavam vivos ou mortos. Era perigoso perguntar. Doutor Jivago é um livro muito triste e sem esperança.

Primeira frase de Doutor Jivago de Boris Pasternak:

“Caminhavam, caminhavam e cantavam “Lembrança eterna”, mas quando paravam, parecia que, de tanto ser cantada a música continuava a ser entoada pelos pés das pessoas, pela marcha dos cavalos e pelo sopro do vento.”


A história desse pintor Felix Lembersky se confunde com a história do livro.



Beijos,
Pedrita

terça-feira, 22 de março de 2011

Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo

Assisti Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2010) de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz no Canal Brasil. Eu tinha curiosidade de ver esse filme depois que vi uma entrevista. Ia ser um documentário. Eles tomaram várias imagens. Quando viram as imagens pensaram que poderia dar um filme. Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo ficou então um misto de documentário e filme. Criaram um narrador, que é um geólogo, ele precisa fazer um mapeamento geológico da região que será inundada pela construção de um canal. Ele pensa muito na mulher que é bióloga. É muito inteligente. No início o olhar é mais geológico, depois ele aumenta a viagem e acaba mostrando outras paisagens.

A edição é muito inteligente.Com músicas conhecidas, vamos descortinando a aridez, o narrador fala constantemente da monotonia da paisagem, as estradas imprestáveis, seus moradores e sua grande solidão. Ele viaja ainda pela feira de Caruaru, por uma romaria,  por cidades.  A narração é de Irandhir Santos. A fotografia é de Heloísa Passos e a ótima trilha sonora de Chambaril. Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo ganhou  os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Fotografia no Festival do Rio.



Beijos,
Pedrita

domingo, 20 de março de 2011

Tubarão

Assisti Tubarão (1975) de Steven Spielberg no Telecine Cult. Esse não chega a ser o filme da série "Todo mundo viu menos você" porque alguns amigos não gostam do gênero, principalmente alguns blogueiros amigos. No início o Marcelo Janot falou sobre o filme. Eu sempre quis ver. É realmente muito bem realizado e são muito bem feitas as cenas de ação. Estranhei o formato, hoje os filmes do gênero são bem mais intensos. Esse na verdade só tem ataque mesmo em umas 4 pessoas no filme todo. Até mesmo as cenas de caça em alto-mar lembraram mais viagens de pescadores, mais conversas e espera, que ação.

Me surpreendi com o realismo das cenas políticas. O delegado assim que sabe da primeira pessoa morta prepara placas para interditar as praias. O prefeito e algumas personalidades da cidade de veraneio impedem o delegado de alarmar as pessoas e interferir no faturamento da temporada e principalmente a do dia 4 de julho. No final o mar parece fora de perigo, mesmo em alto-mar parece que nada mais vai atacá-los. Os três principais são:  Roy Scheider, Richard Dreyfuss e  Robert Shaw. Alguns outros são: Lorraine Gary,  Murray  Hamilton e  Chris Rebello.

Eu participei do blog O Que Elas Estão Lendo? no tema Um Livro Que Poderia Virar Filme. É uma nova coluna do site e me convidaram pra inaugurar. Qualquer um pode participar, é só seguir as instruções  de lá.



Beijos,
Pedrita