O documentário fala dos dois Macunaímas. O Makunaíma, mito de origem de etnias da tríplice fronteira Brasil-Venezuela-Guiana e do Macunaíma de Mário de Andrade, o herói sem nenhuma caráter. O documentário é repleto de história.
Belíssimas cenas no Monte de Roraima, que paisagens deslumbrantes, que lugar lindo pra se conhecer. Lá realizaram entrevistas com indígenas venezuelanos, da guiana e brasileiros de várias etnias Macuxi, Taurepang, Arekuna e Wapixana.
Apresentaram fotos do etnólogo alemão Koch-Grünberg, de 1910, sobre os povos indígenas, material de pesquisa que encontra-se em Berlim. Alguns reconheceram seus ancestrais nas fotos, lembraram de músicas.
Em paralelo falaram com os pesquisadores de Mário de Andrade, tiveram acesso ao IEB, Instituto de Estudos Brasileiros. Tatiana Longo Figueiredo falou do livro Macunaíma.E desmembrou para o filme de Joaquim Pedro de Andrade. Falaram sobre o filme Paulo José, Milton Gonçalves e Joana Fonn. E mencionaram também o filme de Paulo Veríssimo.
A peça de Antunes Filho também foi lembrada. O saudoso diretor comentou que a censura ia sempre assistir para ver se proibia e que estava só preocupada com o nu das atrizes e deixou passar despercebido os textos polêmicos. Ainda falam sobre a peça Lígia Cortez e Cacá Carvalho. Mas o documentário traz muitos depoimentos, muita história, é de uma riqueza profunda.