quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Histórias de um Casamento

Assisti Histórias de um Casamento (2019) de Noah Baumbach na Netflix. Eu tinha uma expectativa altíssima por esse filme e pelas críticas que recebeu. Amo Scarlett Johansson e Adam Driver. O filme é bom, mas não gostei tanto assim. Há momentos trágico-cômicos caricatos, pra fazer gracinha, nada engraçados, beirando a grosseria. Inclusive um desses momentos é bem deslocado da trama. Quando termina segue para um final apressado e desfocado das cenas anteriores.

O filme é sobre um casal que está se separando. Apesar de ser um filme sobre o casal se separando, é ele que protagoniza. A personagem da Scarlett tem poucas pinceladas, fica bem superficial. Descobrimos durante o filme que ele meio que podou as possibilidades da carreira dela. O que gostei mais é que fala do universo cultural. Ele é um grande diretor de teatro, tem uma companhia de teatro, e ela a grande atriz dessa companhia. Ela trabalhava em produtos mais comerciais, ele a chamou para ser atriz com ele e ela se tornou uma grande atriz conceituada. Ficamos sabendo que ela sempre quis dirigir e ele dizia sempre que seria no próximo projeto que nunca chega. Gostei que mostrou a dificuldade dos advogados, assistentes sociais e juízes em compreender a dinâmica de profissionais da cultura. Naquele momento Los Angeles era muito promissor para a carreira dela, e Nova Iorque para a carreira dele. Não é uma profissão que independe de onde mora. 

Ela passa das mãos controladores dele de volta as mãos controladoras da mãe e depois cai nas mãos insanas de uma advogada narcisista oportunista e igualmente controladora. E vai aceitando tudo o que mandam ela fazer. Eles tinham combinado uma separação amigável, mas ela aceita a indicação de uma amiga e se deixa seduzir pela falsidade da advogada. O filme tem um viés meio machista, a esposa fica meio a megera da situação. E mais estranho não acorda nunca. Deixa a advogada fazer o que quer com a causa que transforma em uma vingança pessoal. Infelizmente eu já vi uma advogada tentar levar vantagem e insuflar a discórdia de um casal. É pavoroso. Ela é interpretada por Laura Dern.

O garoto é uma graça, Azhy Robertson. Alguns outros do elenco são Ray Liotta, Alan Alda, Merrit Wever e Julie Hagerty. As cenas de canto finais tanto com a família dela e do Adam Driver são incríveis, o melhor do filme.

Beijos,
Pedrita

12 comentários:

  1. Para quem gosta de assistir a um bom filme, porventura até será, uma estória interessante.
    .
    Cumprimentos

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  2. Vi na época do lançamento. E como não tinha criado expectativas, gostei bastante. Eu acho que o que arruinou de vez aquela relação foi o descuido dele, com relação às ambições profissionais dela. E os casos sexuais que ele se permitia,sem, no entanto, dar a menor importância a eles.

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    1. marly, tem momentos esquisitos demais. não eram engraçados. beiravam o mal gosto, mas no geral é um bom filme. sim, o fato dele adiar sempre o crescimento e ampliação da carreira dela parece q pesou mais mesmo. a traição acho que foi a gota d´água nesse contexto.

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  3. Estou curiosa para ver e fiquei com mais vontade ainda depois da sua resenha tomando cuidado de não me deixar levar pelas altas expectativas.

    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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  4. Eu e marido assistimos sem esperar muito do filme e para a nossa surpresa, foi um dos melhores filmes de 2020 na nossa opinião.

    Beijos!

    www.vivendolaforanoseua.blogspot.com

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    1. gisley, eu tinha uma expectativa muito alta. não gostei tanto.

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Cultura é vida!