sábado, 8 de novembro de 2014

Quaternaglia

Assisti a apresentação do Quaternaglia Guitar Quartet na Caixa Cultural São Paulo na Sé. Foi uma belíssimo concerto com um refinado repertório de compositores brasileiros. O quarteto é formado por Chrystian Dozza, Fabio Ramazzina, Sidney Molina e Thiago Abdalla. Inicialmente eles interpretaram obras de compositores consagrados: Ronaldo Miranda, Almeida Prado e Villa-Lobos. As obras de Miranda e Prado foram feitas no início da carreira deles e para piano, os dois eram adolescentes. E foram adaptadas para o quarteto. Duas obras lindas e feitas com músicos tão jovens, impressionante. Depois interpretaram uma obra de Marco Pereira. De um integrante do grupo Chrystian Dozza, interpretaram Sobre um tema de Gismonti, muito promissor como compositor. E de um integrante que já participou do grupo mas atualmente está nos Estados Unidos, o João Luiz. Finalizaram o concerto com belíssimas obras de Paulo Bellinatti. Molina informou que uma das obras já foi interpretada em vários países por quartetos de todo o mundo. O concerto foi uma riqueza rítmica surpreendente, ouvimos toada, maracatu, frevo, foi uma apresentação musical belíssima e muito animada. E o melhor, gratuita. O quarteto ainda faz duas apresentações, hoje e amanhã.


Crédito da foto: Gal Oppido


Programa completo:
* peças dedicadas ao Quaternaglia
Ronaldo Miranda (1948)              Suíte n. 3 (1973)      arranjo: Chrystian Dozza   (I- Allegro / II-Allegretto / III-Lento / IV-Allegro gracioso)
Almeida Prado (1943-2010)       XIV Variações sobre o Tema de Xangô (1961-2003)
Heitor Villa-Lobos (1887-1959)   Bachianas Brasileiras n.9 (1945) arranjo: Thiago Tavares (I-Prelúdio / II- Fuga)
Marco Pereira (1950)                    Dança dos Quatro Ventos (2006)
Chrystian Dozza (1983)                Sobre um tema de Gismonti (2012)*
João Luiz (1979)                            Kirsten - toada (2004)*
Paulo Bellinati (1950)                   Maracatu da Pipa (2004)
Paulo Bellinati (1950)                   Carlo’s Dance* (2006)

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

The Invisible Woman

Assisti The Invisible Woman (2013) de Ralph Fiennes no Max. Foi a sinopse pelo controle remoto que me fez escolher esse filme. O filme é baseado no livro de Claire Tomalin. É sobre a amante de Charles Dickens, o próprio Ralph Fiennes faz o Dickens. Era uma menina, de uma família de atrizes. A mãe e as irmãs são atrizes. Incrível como esse filme é a frente do seu tempo. Em uma peça de Dickens ele conhece essa menina e se encanta com ela, não só pela beleza, mas pela sua inteligência.

A compreensão dessa mãe sob o destino dessa filha é incrível. Ela se preocupa com o interesse do Dickens pela filha, mas com o tempo percebe que a filha terá melhor destino tendo um romance com o Dickens, já que todas são pobres e ela não é boa atriz como as irmãs que sempre terão trabalho. E realmente o destino dela acaba sendo melhor já que ela acaba ganhando uma casa confortável, que no futuro a ajuda a refazer a sua vida com outro nome. A direção está impecável, tudo é contido, discreto, como era na época. A bela jovem é interpretada por Felicity Jones. A mãe por uma atriz que adoro, Kristin Scott Thomas. Alguns outros do elenco são: John Kavanagh, Joanna Scanlan e Tom Burke.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 4 de novembro de 2014

CD Paulo C. Chagas: Francis Bacon

Ouvi o CD Paulo C. Chagas: Francis Bacon (1993). É fruto de um projeto que unia coreografia e música. Incrível como ouvir o CD e ver as obras de Francis Bacon dão a sensação que uma saiu da outra. Que as obras ganham movimentos. Essa obra foi composta para três cantores, quarteto de cordas, percussão e eletroacústica. Os textos são de T.S.Elliot, Shakespeare e do próprio Francis Bacon. Essa obra foi apresentada inicialmente na Alemanha. O CD foi gravado na Bélgica. Adorei o CD, excelente obra. Os músicos do CD são, Celso Antunes na regência, os cantores Anne Cambier, Michel Puissant e Bernd Valentin. No quarteto, Igor Smenoff, Gudrun Vercampt, Jeroen Robbrecht e Jean-Paul Dessy. Na percussão, Michael Weilacher. Na eletroacústica, Paulo C. Chagas.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

London River

Assisti London River (2009) de Rachid Bouchareb no Max. Eu escolhi ver esse filme pelo site e pela sinopse. Começa com uma senhora que vive em uma cidade rural. Ela vive de forma pacata cuidando de animais e plantas em uma cidade pouco povoada. Pela televisão ela vê o atentado ao ônibus em Londres. Liga para a filha que não atende, deixa recado na caixa postal. No dia seguinte tenta de novo, então revolve ir a Londres saber da filha.

Um negro também está procurando o seu filho. Vou falar pouco porque o filme é de uma profundidade surpreendente, então é melhor descobrir os fatos no tempo certo. Brenda Blethyn faz a mãe e está incrível. O negro é interpretado igualmente brilhantemente por Sotigui Kouyaté, esse ator é de Mali e por esse filme ganhou Prêmio de Melhor Ator no Festival de Berlim. Essa mulher se habituou a falar sozinha, por viver só, ela está mais fechada, pouco se comunica com o ambiente externo.

Quando ela procura a polícia, descobre que pouco podem fazer pela filha desaparecida, muitos estão na mesma situação. São muitos cartazes com fotos pedindo que liguem se souberem o paradeiro do parente. É angustiante. O negro tem um melhor grupo de apoio, ele é muçulmano, procura a mesquita, e os religiosos ajudam na busca. Mesmo assim os dois precisam visitar hospitais, um a um, para ler as listas e ver se os parentes estão lá. Alguns outros do elenco são: Roschdy Zem, Francis Magee e Sami Bouajila.

Beijos,

Pedrita

domingo, 2 de novembro de 2014

Latitudes

Assisti Latitudes (2013) de Felipe Braga no Glitz. Vi esse filme por um acaso. Estava começando e eu já tinha ouvido falar dele. Latitudes era um projeto, começaria em uma série no youtube, depois iria para a televisão e só por último nos cinemas. Só agora consegui ver. Eu adoro o casal de protagonistas, Alice Braga e Daniel de Oliveira, que casal lindo. Eu não sabia da existência desse canal, nem de sua programação.

Os dois personagens se conhecem na rua em Paris, e se envolvem. Os dois viajam muito a trabalho, ela pega o telefone dele, mas pensam em não se ver mais. Não é o que acontece. O filme e a série são divididos pelas cidades, lugares lindos, belíssima fotografia. Eles acabam se encontrando novamente, sempre desejando não criar vínculos, mas vão se apaixonando e desejando mais e mais. Esse lugar da foto é belíssimo, é no Uruguay, na Estância VIK José Inácio.

Eles se encontram então em Paris, Londres, Porto, Uruguai, Veneza e Istambul. Há cenas ainda com só um dos dois em Buenos Aires e São Paulo. Latitudes é um filme muito bonito e delicado, com belas paisagens. Gostei muito. Fazem participações Elisa Volpatto e Michel Noher. Dá pra ver a série no youtube, inclusive com versões diferentes da que vi.



Beijos,
Pedrita