Terminei de ler
A Queda (1956) de
Albert Camus. Comprei esse livro em um sebo por R$ 10,00. Não é o dessa capa, é de uma edição do
Círculo do Livro. Eu adoro esse autor e esse não tinha lido. O estilo lembrou
Memórias do Subsolo de
Dostoiévski. Isso não é uma análise técnica, só uma impressão informal de estilo. Ambos são os pensamentos, muitas vezes filosóficos, sobre os fatos.
Obra Buquê de Dálias e Livro Branco (1923) de Henri Matisse
O protagonista de A Queda é um homem narcisista e egoísta, palavras que são quase sinônimos, mas juntas refletem bem a personalidade desse homem. Tudo o que ele faz é para conseguir a aprovação da sociedade. Ele faz várias ações de caridade, mais para ficar bem aos olhos dos outros do que pela preocupação com os outros. Incrível como essa prática é atual. Muitas empresas, ou mesmo pessoas atualmente só se engajam em projetos sociais para ficar bem aos olhos dos clientes, da sociedade do que pela preocupação com os seus semelhantes. Alguns inclusive estão engajados em projetos sociais, mas exploram e maltratam os funcionários.
Obra A Ópera Cômica de Édouard Goerg
Vou falar detalhes do livro: Ele sempre ajudava as pessoas pelo seu ego, para que as pessoas o olhassem e o admirassem. Mas quando um homem cai no rio e começa a se afogar em um momento que não há ninguém, o protagonista não faz nada. O livro é todo irônico.
Eu tinha vontade de anotar muitos trechos, quase o livro todo, mas realmente o melhor é ir degustando palavra por palavra. O livro é incrível!
Trechos de A Queda de Albert Camus:
“Meu senhor, posso
oferecer-lhe meus préstimos, sem correr o risco de ser inoportuno?”
“Na libertinagem só se
possui a si próprio; ela permanece, pois, a ocupação preferida dos grandes
apaixonados por sua própria pessoa. É uma selva, sem futuro nem passado, e,
sobretudo, sem promessas nem sanção imediata.”
Tanto os pintores como o compositor são franceses como o escritor.
Beijos,
Pedrita