sábado, 26 de novembro de 2011

Doze Homens e Outro Segredo

Assisti Doze Homens e Outro Segredo (2004) de Steven Soderbergh na HBO Plus. Faz pouco tempo que vi o primeiro desses filmes, mas os canais HBO não tem o hábito de passar todos de uma série. Eles repetem incessantemente o último e raramente passam os anteriores. Diferente dos canais Telecine que passam em outro canal todos os anteriores quando vai estrear o último. Doze Homens e Outro Segredo é bem divertido! O elenco é lindo, talentoso. Esse consegue ser mais mirabolante que o outro, então há várias forçadas e furos, mas diverte.

Às vezes eu acho que o elenco se diverte também, além de ganharem muito dinheiro com esse filme. Pode ser que eles se desentendam em alguns momentos, já que são muitos, e Doze Homens e Outro Segredo acontece em várias cidades, há muitas viagens, nem sempre o clima deva ser muito cordial, mas acho que eles devem se divertir bastante e com bastante dinheiro também, isso deve ajudar. Nesse alguns atores se somam ao nosso grupo. Aparecem a bela Catherine Zeta Jones e Vincent Cassel, os dois em personagens muito mirabolantes e inverossímeis. Faz ainda uma participação o Bruce Willes. Estão no elenco desse filme: Julia Roberts, George Clonney, Matt Damon, Brad Pitt,  Bernie Mac, Andy Garcia, Don Cheadle, Casey Affeck, Shaobo Qin e Carl Reiner
Beijos,
Pedrita


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pão Negro

Assisti Pão Negro (2010) de Agusti Villaronga no Max. Achei esse filme olhando o site da HBO. É um filme desesperançoso, triste e violento, além de difícil compreensão. O filme é baseado na obra de Emili Teixidor e só alguém que tivesse estudado muito o período representado no filme poderia ir tão a fundo nessa história, depois de ver Pão Negro, esse é um escritor que gostaria muito de ler alguma obra sua. Parece que não há tradução de obras desse autor no Brasil. Conheço pouco o dia a dia dos espanhóis após a Guerra Civil Espanhola. Há muita miséria e violência. Pão Negro começa muito violento, um homem passa por uma floresta com uma carroça e seu filho e são brutalmente assassinados. Nosso protagonista que encontra o amigo ainda vivo.

Vou falar detalhes do filme: Nosso protagonista ama muito os seus pais, é um menino pobre mas feliz. Com esse acontecimento o pai precisa se esconder, ele tinha sido um revolucionário e o assassinato pode estar relacionado aos revolucionários. A mãe trabalha em uma fábrica, então o menino precisa passar um tempo na casa da avó que já abriga vários de seus primos. Aos poucos ele vai se desiludindo com todos. Pão Negro é um filme sobre desilusão. São muitas mentiras, pouca honra. Pão Negro é um filme muito triste. O menino é interpretado brilhantemente por Francesc Colomer. Há muitas crianças e são elas que atuam quase o tempo todo, é sob o olhar delas que vemos os fatos. No elenco estão: Marina Comas, Nora  Navas, Marina Gatell, Toger Casamajor, Sergi López e Joan Carles Suau.Pão Negro ganhou 9 prêmios Goya.

Beijos,
Pedrita


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

João Antônio Parizoto Filho - Recitais Eubiose

Fui ao recital de João Antônio Parizoto Filho na Sociedade Brasileira de Eubiose. Foi uma bela apresentação, esse pianista tem um estilo suave e bonito. O repertório foi emocionante Schumann, Liszt, Grieg e Debussy. Parizoto finalizou com uma obra dedicada a ele de Adelaide Pereira da Silva. Eu havia comentado que tinha conhecido uma obra dessa compositora, As Dádivas, no recital com poemas de Guilherme de Almeida. Ela estava na plateia e a obra é linda.  João Antônio Parizoto Filho voltou ao palco para mais dois belos bis.


R. Schumann: Pappilons, Op. 2;

F. Liszt: Zwei Lieder von Robert Schumann, S. 568/566;

E. Grieg: Noturno, Op. 54 nº 4;

C. Debussy: Suite Bergamasque, L. 75 (Prelude [tempo rubato], Menuet [andantino], Clair de Lune [andante, très expressif], Passepied [allegretto, ma non troppo]) 

Adelaide Pereira da Silva: Valsa-Chôro No. 2 (dedicada à João Antonio Parizoto-Filho)

Beijos,
Pedrita


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Infância

Terminei de ler Infância (1998) de J. M. Coetzee. Esse livro é o primeiro de uma trilogia, é uma "ficção autobiográfica". Comprei dessa edição mesmo da foto da Companhia das Letras, da série Companhia de Bolso que trazem preços bem mais acessíveis. No Extra por exemplo pode ser encontrado por R$ 12,51, na Livraria da Folha por R$ 17,00. O nome original é Boyhood - Scenes from Provincial Life. Coetzee é um autor muito elogiado, então li dele Desonra e depois vi o filme. Coetzee ganhou Prêmio Nobel de Literatura em 2003.

Tapeçaria da África do Sul de Jane Msibi

Seus livros são difíceis, desesperançosos. Sempre li sobre os conflitos na África do Sul, o preconceito, a segregação e enquanto acompanhamos a Infância de nosso protagonista, sentimos o quanto cada um é estimulado a desprezar o próximo, o quanto a própria escola estimula a separação por raça e ou religião. Na primeira cidade são os próprios professores que separam os alunos por religião. Pode até ser para orientá-los a cada um ir no seu credo, mas não deixa de ser uma forma de separar as crianças. Engraçado quando nosso protagonista é questionado se é judeu, católico romano. A família dele não tem religião, então como ele gosta dos Romanos e suas histórias, diz que é católico romano. Depois vendo o que os judeus passam, acha que escolheu bem, mas tem que ficar fugindo de alguns rituais católicos já que efetivamente não se converte, ele só se insere em um grupo, já que não havia grupos de não-religiosos. 

Obra (2009) de Esther Mahlang

Os Coetzee são africâneres, mas por falarem o inglês conseguem participar de escolas melhores. Nosso protagonista vive com a sombra de um dia ter que frequentar uma escola africâner e ter o destino miserável da maioria. Quando eles se mudam para uma cidade maior a vida desse menino parece piorar. A segregação é muito maior. Só consegue uma boa escola quem tem bons contatos ou é inglês. Ele e o irmão conseguem vaga em uma escola católica que aceitava todos os que eram rejeitados nas outras. Mas alguns professores, que são padres, jamais dão uma nota acima de 7 para as crianças que não são ingleses.

Obra 3 Sombras de William Kentridge

Trechos de Infância de J. M. Coetzee:

“Eles moram num conjunto habitacional perto da cidade de Worcester, entre a estrada de ferro e a rodovia Nacional.”

“As ruas do conjunto têm nome de árvores, mas ainda não têm árvores. O endereço deles é avenida dos Choupos número 12. Todas as casas do conjunto são novas e idênticas. Estão situadas em grandes lotes de terra argilosa e vermelha onde nada cresce, separadas por cercas de arame. Em cada quintal há uma pequena edícula que consiste em um quarto e um banheiro. Apesar de não terem empregada, eles se referem àquilo como “o quarto de empregada” e “o banheiro de empregada”. Usam o quarto de empregada para guardar coisas: jornais, garrafas vazias, uma cadeira quebrada, um velho catre de couro.”



Beijos,
Pedrita


domingo, 20 de novembro de 2011

Persuasão

Assisti Persuasão (1995) de Roger Michell no Max. É baseado na obra de mesmo nome de Jane Austen que gosto tanto, mas esse eu não li e já entrou na lista. As obras dessa autora são sempre recheadas de muita crítica social. O diretor é o de Nothing Hill e ele nasceu na África do Sul. Começa com o pai de família fazendo um discurso altamente preconceituoso aos homens da marinha. A guerra de Napoleão acabou, pelo menos temporariamente. Mas esse pai é avisado que se a família dele continuar gastando daquele jeito terão dificuldades em pagar todas as contas, que ele precisa economizar. A muito custo ele aceita ir para uma de suas propriedades onde faria menos gastos, a casa que todos vão só no inverno e alugar a mobiliada e com empregados para um oficial da Marinha. Uma grande maioria de marinheiros voltaram muito ricos após à guerra, já que viajaram para muitos lugares como às Índias, ganharam também status social, então a sociedade começa a incorporá-los já que eles ficaram ricos.

Uma de suas filhas não pode viajar com eles, ela precisa despachar uma lista de peças valiosas que não ficarão na casa. Ela é dessas mulheres resignadas, comandadas e mandadas pela família. Há 8 anos ela tinha se apaixonado por um homem, mas a família a persuadiu a desistir do casamento já que ele não tinha posses nem boas relações. Agora ela já está em uma idade mais difícil para casar, então é usada e abusada por essa família para resolver todas as questões que eles querem se safar. Adorei essa atriz, é intepretada por Amanda Root. Outros do elenco são:  Ciáran Hinds, Susan Fleetwood,  Corin Redgrave, Fiona Shaw e Samuel West.

Beijos,
Pedrita