sábado, 3 de junho de 2023

O Cavaleiro Verde

Assisti O Cavaleiro Verde (2021) de David Lowery no HBOGo. Eu vi que passava esse filme no HBO Mundi, coloquei pra gravar e fui ver na busca do Now. Nunca imaginaria que um filme com esse pôster era um filme de época. Já tinha visto uma capa semelhante a essa e nunca imaginei que era um filme medieval. O roteiro é baseado em versos medievais, cheios de magia, lendas e histórias fantásticas.

Achei duas críticas incríveis, com elogios inacreditáveis e fiquei pensando se vi o mesmo filme. Eu achei o filme longo demais e muito, mas muito chato. E acho que eu vi uma cópia ruim porque o filme é escuro, quase não se vê o que acontece. Mas pode ser que fui eu que não embarquei na história. Eu achei que é um filme de aventura que resolveram transformar em um filme cabeça, pedante e muito, mas muito chato. O elenco é inacreditável. Dev Patel é o protagonista, ele é sobrinho do Rei Arthur e entra em um jogo macabro no Natal. O homem verde o desafia a um jogo. Ele deverá cortar a cabeça do homem verde e um ano depois seguir para ter a sua cabeça cortada. O rei entrega sua espada. Nessa longa viagem muitos fatos fantásticos acontecem em uma lentidão insuportável.
Alicia Vikander faz duas personagens, Uma prostituta e uma nobre. Mesmo a prostituta sendo mais presente, só há fotos dela como nobre.
Rei Arthur é Sean Harris e a rainha, Kate Dickie. Outros atores famosos aparecem: Joel Edgerton e Sarita Choudhury.


 

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Regra 34

Assisti Regra 34 (2022) de Júlia Murat no Canal Brasil. Que filme incrível, mas profundamente desconfortável!

Gostei muito que o filme aborda temas tabus, que ficam muitas vezes só no nicho de quem gosta do tema, e sem aprofundamento filosófico. A protagonista gosta de práticas sexuais arriscadas, se colocando em risco. Também é com lives de sexo que ela consegue pagar a faculdade e entrar para a defensoria pública. Isso, ela é advogada. Sol Miranda está inacreditável! Que atriz! Porque as cenas são muito, mas muito difíceis. O grupo de amigos e parceiros que ela convive também são ótimos: Lucas Andrade, Lorena Comparato e Isabella Mariotto.
Ela vai trabalhar com mulheres vítimas de violência. Nas reuniões preparatórias pra função, há debates sobre a violência estrutural, patriarcado, prostituição. Esse tema inclusive dá um acalorado debate já que a personagem da Dani Ornellas acredita que as mulheres só vão para esse trabalho por falta de opção. E a protagonista questiona essa visão. E nós sabemos que ela tem prazer na sua outra profissão, a que realmente lhe dá situação financeira confortável. As abordagens são sutis, entrecortadas com a vida pessoal da protagonista. Só fazendo paralelos com o mundo real e o intelectual. Muito interessante! No núcleo da defensoria estão Marcos Damigo, Simone Mazzer e Babu Santana.
O filme aborda temas desconfortáveis. Seria possível controlar as perversões, sem conseguir colocar sua vida em risco? No momento da excitação seria possível perceber que passou-se do ponto e parar a tempo? A protagonista tem uma relação pervertida mas controlada com quem ama, uma se recusa e não participa. Esse casal se preocupa um com o outro, acolhe, conversa. Por que a protagonista teve desejo com alguém que seria muito perigoso? O que faz uma pessoa ter um prazer incontrolável pelo perigo?
Gostei muito também dos diálogos sobre violência. A protagonista na defensoria fala muito sobre a violência estrutural, pessoas que viveram sempre em meio a violência. Na área privada ela lê texto sobre violência consentida. Ela também questiona o fracasso em uma tentativa de ajuda a uma mulher vítima de agressão verbal. É um filme complexo, profundo, sem moralismos, só com os pensamentos dos personagens, fiquei muito reflexiva.


Beijos,
Pedrita

domingo, 28 de maio de 2023

His Dark Materials - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada de His Dark Materials (2022) de Jack Thorne na HBOGo. A segunda tinha acabado dizendo que agora seria a guerra e eu fiquei pensando se seria cansativa. Mas é a temporada mais linda, me emocionei o tempo todo, é bem triste!

Lyra cresceu, Will também. Dafnee Keen e Ami Wilson estão mais lindos que nunca. E que personagens difíceis. Eles estão ótimos. É tudo muito triste. A mãe de Lyra a mantém dopada para protegê-la da autoridade. Pratica violência como proteção.

Tudo é muito tenso e difícil de assistir. As cenas na Terra dos Mortos é dilacerante. A separação do daemon, como eu sofro com os bichinhos. Os mortos no esquecimento. Foi difícil assistir.

Com os pais que Lyra tem ninguém precisa de inimigos. Estão excelentes Ruth Wilson e James McAvoy que nessa temporada aparece bastante. Eles são maus, muito maus. A redenção deles é muito triste e emocionante, e é uma redenção que Lyra desconhece. Muito triste. Não ficou sabendo que seus pais se sacrificaram por ela.

Agora surge uma nova personagem, uma física, ela estuda o pó. O pó é o centro de toda a série. O que seria? Lyra lê no aliômetro que precisa procurar a física e Simone Kirby entra na trama lindamente.

Há uma profecia. Na primeira temporada eu achava que a religião seria o cerne, é sim, mas é uma série urgente porque questiona exatamente os dogmas de culpa, medo e proibição das religiões. Estou inclusive com vontade de ver a primeira de novo. A profecia diz que Lyra é Eva.


Há uma religião autoritária que tortura, mata, conspira, chantageia por algo maior. As bruxas já são as protetoras. His Dark Materials é muito revolucionária. Will Keen consegue ser o líder matando seu oponente. Jamie Ward é o ambicioso que faz qualquer coisa pra ganhar poder. A autoridade quer matar Eva para não ter o pecado original. 

As autoridades querem fazer acreditar que eles são os seres supremos, mas tem os anjos. Lindo o casal Kobna Holdbrook-Smith e Simon Harrison. Triste demais a história deles.

A física é a serpente. Lindo demais o texto quando ela conta como descobriu o amor e deixou de ser freira. Lindo demais a abordagem sobre a beleza do desejo. Não a forma pecadora e sim como a expressão do amor.

Com o amor de Lyra e Will, estimulados após a fala da serpente, o pó passa a não desaparecer tão rápido e os mundos estão salvos. Sim, o amor é o pó, o amor que vem do desejo estimulado da serpente. Muito revolucionário! Série urgente! Possivelmente inspirado em histórias de heróis ou no amor romântico, os amados infelizmente não ficam juntos. Me acabei de chorar! Na verdade chorei na série inteira. É muito intensa todas as cenas, textos, que série!

Beijos,
Pedrita