Assisti ao documentário
Mulheres Africanas - A Rede Invisível (2012) de
Carlos Nascimbeni no
Canal Brasil. Vi no site que ia passar esse documentário e quis ver. O diretor é brasileiro, a narração é de
Zezé Motta, mas o filme é todo realizado no Continente Africano. A trilha sonora é do brasileiro
Celso Delneri. O documentário é do acervo do
É Tudo Verdade e foi apresentado por
Amir Labaki. Ele fala que uma das entrevistadas diz que não é possível ver a África como o Continente Africano, como uma unidade, como não é possível ver a Europa como o Continente Europeu. Eu nunca vi a África como uma unidade. Há muitas particularidades. Além da diferença das civilizações de cada país africano, há também a diferença dos colonizadores e as diferenças religiosas. Além dos inúmeros dialetos dos povos, há países que falam o português, outros o inglês, já que a colonização foi diferente. Há um tempo que eu já tento ler obras de autores de vários lugares do Continente Africano, além de filmes, e são visíveis as inúmeras diferenças.
O documentário mostra costumes de algumas regiões e entrevista várias líderes em vários segmentos do continente africano como Luísa Diogo, Ministra de Moçambique, Graça Machel, ativista de direitos humanos e esposa de Nelson Mandela, Mama Sara Masari, empresária da Tanzânia, Leymah Gbowee, da Libéria, vencedora do Prêmio Nobel da Paz; Luisa Diogo, ex-Primeira Ministra de Moçambique e Nadine Gordimer, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura.
O documentário fala de vários países. Eu conheço um pouco da África do Sul e de Moçambique de livros e filmes. Mas conheço pouco demais da Libéria, Gana e a Tanzânia. Alguns países tentam se reconstruir depois de anos de Guerra Civil. Os relatos das violências nas guerras é assustador. Leymah Gbowee conta que a cada ano eles desejavam ultrapassar os outros nas atrocidades, na forma de matar tirando mais dor.
Nadine Gordimer fala da colonização com a imposição das suas crenças e religiões. Que ignoravam que os nativos da terra eram uma civilização. Como aconteceu no Brasil com a chegada dos portugueses que ignoraram a cultura e civilização indígena existente e impuseram a religião católica e os costumes portugueses. A empresária Sara Masasi fala um pouco da Tanzânia que não conheço. Que tem um dos maiores portos do continente onde chegam as mercadorias. Em um país são as mulheres que cuidam das pequenas roças, vendem a mercadoria para outras mulheres, tudo no mercado informal, portanto as entrevistadas falam que a economia devia contabilizar esse intenso trabalho informal, ou formalizá-los. Excelente documentário!
Beijos,
Pedrita