Reis e Rainhas

Assisti Reis e Rainhas (2004) de Arnaud Desplechin no Telecine Cult. Nunca tinha visto um filme desse diretor, mas esse quis ver nos cinemas pelos elogios nos jornais impressos, mas não consegui. Fiquei feliz que está na programação do Telecine Cult. Novamente antes de começar tinha um vídeo esclarecedor do Marcelo Janot. Esse diretor fala muito da desintegração da família. Janot inclusive ressaltou que nesse a família já está desintegrada.

O filho está passando as férias com o avô, a mãe que trabalha em uma galeria vai visitá-los. Ela descobre que o pai está muito doente. A irmã parece mais preocupada com os seus problemas e não vem ajudar. Essa mulher independente tem uma relação afetiva conturbada. O pai do seu filho morreu antes dele nascer. Depois ela ficou uns 7 anos vivendo com outro homem e agora encontrou uma relação mais tranquila com um homem muito rico, mas ainda eles não foram morar juntos. Como muitas das relações de hoje cada um vive em um canto, vive no seu canto, tanto que apesar do pai sentir dores há meses essa filha, nem a outra, nunca souberam. O distanciamento dessas pessoas me assustou. 

Em paralelo há a história do ex-companheiro dessa mulher. No início ele é internado em um hospital psiquiátrico contrário a sua vontade. Ele parece ser o mais sã de todo o filme, o mais lúcido. O elenco é excelente: Emmanuelle Devos, Mathieu Amalric, Catherine Deneuve, Maurice Garrel, Nathalie Boutefeu e Jean-Paul Roussillon.

Beijos,

Pedrita

Antes do Baile Verde

Terminei de ler Antes do Baile Verde (1970) de Lygia Fagundes Telles da Companhia das Letras. Comprei esse livro há um tempinho na Livraria João Alexandre Barbosa na USP com 50% de desconto. Eu amei essa capa que é um projeto gráfico de warrakloureiro sobre detalhs de Menino com Tambor de Beatriz Milhazes (1992), inclusive vou sentir falta da capa decorando o meu blog no que Estou Lendo. Esse livro é fantástico! É de contos, intrigantes. Me lembrou a sensação que o livro A Casa das Sete Torres de Nathaniel Hawthorne me provocou.

Obra  de Alfredo Volpi

Os objetos nos textos da Lygia Fagundes Telles dão vida aos personagens. Com uma economia de fatos, mas muitos objetos e detalhes a autora nos leva ao clima que deseja para cada um de seus contos. Incrível que com pouca informação, muitas palavras, mas poucos fatos, vamos sentindo as animosidades, as diferenças, nos preparando para os acontecimentos. Incrível como ela consegue dar a tensão e incômodo em cada texto. Eu que adoro filmes de suspense me surpreendi como alguém consegue com as palavras e com a economia delas, me levar a toda a tensão que os filmes me levam. Também adoro a vida dos objetos, como eles são personagens e definem boa parte dos fatos. Irmãos diferentes, que se relacionam diferentes com os objetos e onde os objetos  causam discórdias e desentendimentos. Eu não queria fazer outra coisa a não ser ler esses contos, fiquei triste quando o livro terminou.

Primeira frase de Antes do Baile Verde de Lygia Fagundes Telles do conto Os Objetos

“Finalmente pousou o olhar no globo de vidro e estendeu a mão.”

Beijos,

Pedrita

Fúria de Titãs

Assisti Fúria de Titãs (2010) de Louis Leterrier na HBO. Quando vi o trailer nos cinemas fiquei curiosa, depois vieram as críticas acabando com o filme, não quis deixar o meu dinheiro na bilheteria dos cinemas. Aguardei chegar na tv a cabo. Realmente é bem sofrível, nem como passatempo. O texto é péssimo, se fosse no Brasil volte e meio os personagens iam dizer "tipo" já que faltava vocabulário. O texto é simplista, atual e não combina nada com o filme. Visualmente é muito bem realizado, mas é muito tolo nas soluções. Tem horas que pensei que estava assistindo uma comédia de filminho de ataque de aranhas. As piadas também são muitas e infames.

O protagonista Sam Worthington é lindo, mas ele não vai bem, parece que está o tempo todo segurando o riso. Zeus e Hades são interpretados por dois grandes atores Liam Neeson e Ralph Fiennes. Belas mulheres interpretadas por Gemma Artenton, Alexa Davalos e Izabella Miko. O pai adotivo do mocinho é interpretado por Pete Postlehwaite.  Atenção: Vou falar detalhes do final: E Zeus desse Fúria de Titãs é cafona e romântico, em vez dele devolver a família do protagonista, devolve uma moça que parece ter mil anos, mas cara de novinha.

Beijos,

Pedrita

O Gabinete do Dr. Arnaldo - Pedro Bial

Assisti ao programa O Gabinete do Dr. Arnaldo que entrevistou o Pedro Bial no Canal Brasil. Arnaldo Bloch tem esse programa, a direção é de Marco Altberg. Nesse ele entrevistou o jornalista Pedro Bial. O programa tem várias interferências, como uma cadeira que fala, uma senhora, interpretada por Cesar Valentim, que serve e interage com os entrevistados. Pedro Bial falou que gastou tudo o que tinha guardado no seu filme Outras Histórias que gostei muito. Que perdeu tudo e ainda ficou devendo. Que hoje ele tem uma relação melhor com o dinheiro e que finalmente está guardando mais. Falou claro do Big Brother Brasil. Adorei o momento que ele deu uma canja declamando um de seus poemas tomando uma canja.

Beijos,

Pedrita