sábado, 11 de julho de 2009

A Noiva Síria

Assisti A Noiva Síria (2004) de Eran Riklis no Telecine Cult.Vi esse filme por um acaso. É uma co-produção entre Israel, França e Alemanha. Eu procurava algo pra ver, não tinha achado nada, vi esse nome, resolvi arriscar, com um certo receio, porque não sou fadada a filmes românticos. Mas A Noiva Síria não é um filme romântico, mas sim um drama e um filme bastante político. Começa com quatro moças andando em uma cidade. Jovens, bonitas, de jeans, alegres, falando de casamento. Parece um dia comum de umas jovens, onde uma vai se casar, e a correria nos últimos preparativos. O filme é ambientado nos dias de hoje.

Aos poucos vamos vendo que não é bem assim. A noiva vai casar com um ator de televisão que ela não conhece pessoal-mente, só o viu na televisão, interpretando o seu personagem. O noivo a conhece por uma foto. Ele não pode vir a cidade da sua noiva, porque é uma cidade que foi ocupada por Israel, mas o povo que lá vive não tem oficialmente nacionalidade alguma. Ela consegue a muito custo um passaporte para poder passar a fronteira de Israel e ir casar com seu marido na Síria, mas assim que fizer isso, será banida de Israel e nunca mais vai poder ir para ver a sua família. Começamos então ver outros problemas de nacionalidades. Os radicais religiosos que vão ao casamento na fronteira falam ao pai da noiva que se o filho que casou com a russa vier, eles não irão ao casamento. Também na cidade há uma manifestação política no mesmo dia do casamento. Com isso vemos inúmeras questões sociais e políticas daquela região são mostradas. Na hora do casamento que algumas vestem roupas mais austeras. No dia a dia vestem jeans. Só as blusas que apesar de modernas não são decotadas nem sem mangas. A Noiva Síria é um filme impressionante, me emocionou demais.
E como algumas questões burocráticas são muito parecidas com o Brasil. Como um carimbo pode gerar uma questão tão séria como qualquer conflito armado.

O elenco é excelente. Belíssimas as atrizes que fazem a noiva síria, Clara Khoury e sua irmã, Hiam Abbass, essa já vi em outros filmes. Achei inclusive que Clara Khoury é muito parecida com a Barbra Streisand. Alguns outros do elenco são: Makram J. Khoury, Ashraf Barhoum, Julie-Anne Roth , Eyad Sheety, Evelyn Kaplun, Adnan Tarabshi, Derar Sliman e Marlene Bajali.

A Noiva Síria ganhou o Prêmio do Público, no Festival de Locarno e do Ganhou o Grande Prêmio das Américas, o Prêmio Ecumênico do Júri, o Prêmio do Público e o Prêmio FIPRESCI, no Festivald de Montreal.


Youtube: the.syrian.bride.2004.part1











Beijos,


Pedrita

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O Cônsul Honorário

Terminei de ler O Cônsul Honorário (1973) de Graham Greene. Eu adoro esse autor e ele é fácil de achar em sebos. Eu comprei esse, exatamente dessa capa, por R$ 6,00. É uma edição do Círculo do Livro. É fácil achar em sebos virtuais e reais. Eu particularmente não gostei dessa capa, é de 1973 e é do Círculo do Livro, então eles podem ter exigido ao responsável que fizesse algo chamativo, apelativo mesmo. E ficou feia, desculpe a quem fez, sei que deve produzir capas melhores. Mas essa capa tem sim, tudo a ver. eu gosto muito do Graham Greene porque ele ambienta seus livros em geral em regiões degradas, com problemas políticos. Ele sempre me impressiona com o olhar que ele tem aos conflitos de liberdade em países. Dessa vez a trama é ambientada na Argentina, na época da ditadura.
Obra "Me quedo con Ustedes" (1979) de Raul Schurjin

Vou falar detalhes do livro: No começo é bastante confuso porque a ordem não é cronológica, mas depois engrena. Um homem é sequestrado por engano. O grupo político queria sequestrar o embaixador para pedir a libertação de presos políticos em troca, mas eles se confundem e sequestram não somente um consul, mas um Cônsul Honorário. E pior, que só dava problemas, era alcóolatra, casou com uma moça muito jovem e prostituta e já tinha tido desavenças com várias pessoas. Enfim, alguém que ninguém estava muito a fim de salvar, que dirá de trocar por presos políticos. Fiquei impressionada com os diálogos sobre revolução, ditadura, família e religião entre um médico, um ex-padre ou ainda padre, e um revolucionário. De uma profundidade avassaladora. Achei O Cônsul Honorário um livro muito triste.

Obra La Vitrorela de Carlos Torrallardona

Anotei só a frase inicial de O Cônsul Honorário de Graham Greene. O livro é tão emocio-nante que eu acabava não querendo parar para anotar. E os textos finais são bons para ler depois de conhecer toda a obra e na íntegra:

“O Dr. Edurado Plarr permaneceu de pé no pequeno porto do Paraná, entre os trilhos e guindastes amarelos, fixando a vista no ponto onde um penacho horizontal de fumaça alongava-se sobre o Chaco.”

Escolhi colocar as pinturas de autores onde foi ambientada a obra, na Argentina e o músico também é argentino.
Música: luis alberto spinetta - durazno sangrando

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Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Guerra dos Mundos


Assisti Guerra dos Mundos (1953) de Byron Haskin no Telecine Cult. Fazia muito tempo que eu não via dois filmes em seguida. Normalmente eu prefiro ver um filme e ficar ruminando um pouco depois. Mas eram dois filmes que queria tanto ver, que não resisti. Eu tinha visto o Guerra dos Mundos do Spielberg e queria muito ver esse. Gostei muito. Apesar de ser um filme de 1953 é muito bem realizado. Me surpreendeu a quantidade de figurantes. Talvez eles mudassem a caracterização para parecer mais, jogo de espelhos, mas mesmo assim eram muitos. O roteiro é muito bom. Barré Lyndon adaptou o livro de H.G. Wells. É igual ao do Spielberg, só que mais centralizado, já que os recursos, a tecnologia e a verba era bem diferente da atual. Então passa mais em uma única região, apesar deles relatarem vários países recebendo os meteoros.

É muito engra-çado o cabelo da prota-gonista sempre arruma-dinho. Ela e o estudioso ficam em uma igreja, com muito pó e destruição caindo na cabeça deles e quando eles vão lá fora ver o que ocorreu, ela não tem pó mais em nenhum lugar e nem um fio de cabelo fora do lugar. Era uma época que achavam que a mocinha tinha que estar sempre impecável, mesmo que não fosse realista. Hoje a opção é por estar mais próximo da realidade. Gostei da ideia do Spielberg usar uma criança para ser protegida pelo pai. Nesse Guerra dos Mundos é a mocinha indefesa que precisa ser protegida. Ela grita o tempo todo, é frágil. Realmente não convenceria nos dias de hoje uma mulher tão sem fibra e covarde. Uma criança parece realmente mais frágil. Os dois são interpretados por Gene Barry e Ann Robinson. Olha só, descobri agora que o Spielberg colocou os dois na versão dele em 2005. Agora quero rever para localizá-los, no IMDB dizem que eles interpretarem avós. Guerra dos Mundos ganhou Oscar de Melhores Efeitos Especiais. Merecidíssimo, eu mesma me surpreendi. É muito bem realizado levando-se em conta os poucos recursos da época. São poucos os momentos que parecem maquetes.


Youtube: War of the Worlds Trailer (1953)




Beijos,


Pedrita

terça-feira, 7 de julho de 2009

Testemunha de Acusação

Assisti Testemunha de Acusação (1957) de Billy Wilder no Telecine Cult. Vi no canal que iam homenagear Billy Wilder com a exibição de vários filmes dele. Consegui ver esse maravilhoso filme baseado no livro da Agatha Christie que li há muitos anos. A maravilhosa Marlene Dietrich engole todos nas cenas que contracena, está mais linda e talentosa que nunca. Mas o elenco é todo incrível: Tyrone Power, Charles Laughton e Elsa Lanchester. Charles Laughton está ótimo como o excelente advogado criminal que acaba de chegar do hospital porque teve um infarto. Ele é orientado que não aceite casos pesados, que descanse, mas ele não resiste a defender um homem que é acusado de matar uma mulher rica e mais velha.

Adorei que no final aparece escrito na tela para que nós, público, que acabamos de ver o filme, não contemos o segredo do filme para ninguém.
Testemunha de Acusação ganhou Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante (Elsa Lanchester).
Achei poucos vídeos no youtube do filme, coloquei esse, mas só vejam se já tiverem assistido ao filme.



Youtube: Mock Trial - Cross Examination



Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Procurando Nemo

Assisti Procurando Nemo (2003) de Andrew Stanton no canal Disney. Estava sem opções e descobri esse filme que tanto queria ver, tinha uma expectativa muito alta. Me decepcionei um pouco. É muito bonitinho, os peixinhos são lindos, as cenas são muito bem feitas, mas eu me surpreendi com um roteiro muito convencional, que é do próprio diretor. Procurando Nemo é a história de um peixinho que se perde da família, nesse caso do pai. Há décadas a Disney e outros que criam animações fazem histórias de alguém que se perde da família. Um deles que amo é Fievel, mas a coleção de histórias similares é imensa.
Isso não impede que Procurando Nemo seja ótimo, mas é que eu achei que o motivo de elogiarem tanto é que seria algo inovador e surpreendente. Eu amei a Doris, é o meu personagem favorito. Amei as tartaruguinhas também e os cascos desenhados das tartaruguinhas crianças. No aquário,
eu amei a estrela do mar. Procurando Nemo ganhou Oscar de Melhor Filme de Animação.

Youtube: Finding Nemo - Dori Speaking Whale



Beijos,

Pedrita

domingo, 5 de julho de 2009

Playlist



Ganhei esse selo do blog Leitura (mais que) Obri-gatória da Carla Martins. Como é um tema cultural e sobre música, aceitei participar:

01- A primeira música que lhe veio à cabeça agora
Coração Triste de Alberto Nepomuceno com poema de Machado de Assis

02- Uma música para curtir com a paquera,namorado(rido)(a)/amante/amigos com benefícios...
Una furtiva lacrima da ópera L´Elisir da Amore de Donizetti

03- Uma música muito romântica(o que se pode dizer de:'seu tema de amor'
Cecília - Chico Buarque

05- Uma música para tirar a roupa
Glory Box - Portishead

05- Uma música para uma boa transa
Bachiana nº 5 de Villa Lobos
06 - Uma música que marcou um grande amor
Anos Dourados de Tom Jobim e Chico Buarque

07- Um música
Un bel di vedremo da ópera Madame Butterfly de Puccini



08 - Uma música que saiu do lixo ou para jogar no lixão
Ih, não sei.

09-Uma música que você ama,mas o DJ insiste em não tocar na balada
Linger - Cranberries

10-Uma música da hora(música que está na moda e você adora)

Playground Love video do Air que está na trilha do filme Virgens Suicidas




11-A música que você mais gosta em todo mundo(que exagero!)
Cello concerto in B minor, opus 104, d eAntonín Dvorák
Pode ser interpretado pelo Antonio Meneses ou pela Jacqueline Du Pré
Vou indicar essa postagem pra Ana Maria, Marion, Saia Justa e Os Incansáveis. Fiquem a vontade se desejarem mudar alguns tópicos ou retirar alguns. Também fiquem a vontade pra declinar o convite.
Música: 01-Anos Dourados-MPB Compos

Youtube: Bidu Sayão - Bachiana nº 5 - Cantilena



Beijos,

Pedrita