Nas Mãos de Quem me Leva

Assisti Nas Mãos de Quem me Leva (2021) de João Côrtes no TelecinePlay. Que delicadeza! Que grata surpresa! Na verdade muitas surpresas! Primeiro João Côrtes dirigindo, que talento! Eu não fazia ideia que ele estava dirigindo, muito menos desse filme, escolhi porque amo filmes com nomes grandes. Finalmente o Telecine entendeu que tem muito filme brasileiro bacana que pode ser incluído pra ampliar o conteúdo do canal. Tem vários que quero ver.

Outra surpresa, é que como Bergman, a família toda está na produção e elenco. Me emocionei de ver o compositor Edmundo Villani-Côrtes com sua esposa, que é uma belíssima soprano, em uma pequena participação. Eu comento sempre das obras dele aqui no blog, o link. O roteiro é do direitor e de outro parente, Gabriel Côrtes. Eu adoro a Neusa Maria Faro. Começa no passado, a jovem fica órfã e tem que viver com a avó exageradamente religiosa. Fernanda Marques está ótima como a neta.

Gosto muito da Daniela Galli também. Ela é a psicóloga da protagonista que está desmotivada. Ela trabalha em uma livraria e sem perspectivas.

Ela conhece então um homem mais velho e eles se apaixonam. Ele é interpretado pelo pai do diretor. Ed Côrtes. Ele é músico e fez a trilha sonora de um filme que amo Não Por Acaso.

O ótimo Bruno Suzano completa o elenco. Ele é o maior amigo da protagonista.

Beijos,

Pedrita

Uma Loira na Lua

Assisti a peça Uma Loira na Lua de Ana Paula Botelho e Marcelo Morato no Teatro Opus Frei Caneca. A encenação é de Luiz Antonio Rocha e a direção musical é de Tony Lucchesi. Eu queria muito ver esse espetáculo. Adoro a Alexandra Richter, gostei muito de umas entrevistas que vi com ela e ela arrasou em Além da Ilusão. Eu amei o espetáculo!
 

Alexandra chega de Mulher Maravilha no espetáculo mostrando que não tá fácil pra ninguém, nem pra ela. É muito divertido! Ela tá tendo que se virar com vários trabalhos porque tudo ficou muito difícil, como me identifiquei, como nos identificamos.

Fotos de Dalton Valerio

É muito divertido como o espetáculo é construído. Alexandra troca várias vezes de roupa no palco, fizeram um camarim atrás de uma roda, enquanto ela se arruma com a ajuda de uma camareira, nós acompanhamos vídeos dela. Divertidíssimo ela na lua! Mas a peça é inteligente, muda bastante. Fiquei agradavelmente surpresa de saber que a Alexandra canta lindamente. E a trilha é ótima, foi um encantamento! Uma Loira na Lua vai até 25 de setembro.

Beijos,

Pedrita

A Casa no Bayou

Assisti A Casa no Bayou (2021) de Alex McCauly no TelecinePlay. Eu amo esses filmes e gostei muito desse. Parece óbvio, mas foi bem surpreendente!

Eu adoro a Angela Sarafyan. Começa com o marido (Paul Schneider) chegando em casa, é de dia, ela mostra fotos dele com outra jovem, a esposa diz que é com uma aluna dele (Lauren Richards). Ela diz que não quer o divórcio, que não vai desistir da família que tanto ama, mas que tem condições. Diz pra eles irem pra uma casa afastada de tudo e de todos, a filha iria junto, para eles reconstruírem o casamento. 

Ela é corretora de imóveis, deixaram ela usar uma casa por um tempo antes do inquilino novo chegar. A casa é um deslumbre. Até a filha (Lia McHugh) pergunta qual a necessidade de ser tão grande.

O pai e a filha vão em uma venda pavorosa. Cheia de animais empalhados de enfeite, lotada de tranqueiras e sujeira. A jovem conhece o neto do dono (Jacob Lofland) que se encanta com ela. O neto e o avô (Doug Van Liew) vão fazer um jantar pra família na mansão. Mostra bem como a persuasão e manipulação acontecem. O tempo todo eles tentam agradecer e recusar, mas o jovem o tempo todo dá a entender que eles estavam sendo deselegantes, que eles só queriam fazer um jantar e vão ficando, ficando. A policial (Rhoda Johnson Dents)  no final tem um papel fundamental na trama. Ela que acaba explicando tudo. Gostei muito!

Beijos,

Pedrita

Cortejo Encantado - Processo Aberto

Assisti ao documentário Cortejo Encantado - Processo Aberto do grupo Refinaria Teatral. Aquele lindo espetáculo que vi e comentei aqui, virou documentário. 

O grupo fez imagens das apresentações, entrevistas, trechos dos ensaios. Eu amo saber como as artes são pensadas e construídas. Chris Cruz contou que ficou bem receosa com o convite, mas percebeu como os processos eram cuidadosos em meio a pandemia. O espetáculo foi construído junto com indígenas Kariri-Xocó. Não paro de cantar as músicas.

Foto de Cristiana Xavier

Foi emocionante ver as imagens em cada bairro, em cada rua da cidade de São Paulo, mais especificamente na Zona Norte. A cada trecho na rua vinha o nome do bairro, emocionante ver tantos lugares que o cortejo passou por esses meses. Terminado o documentário passaram a gravação da última apresentação realizada na Vila Aurora em frente a Refinaria Teatral. Fiquei muito emocionada e pelos comentários, muitos estavam também. Do mesmo modo que me emocionei ao vivo, aconteceu no documentário e na apresentação seguinte. Vida longa ao teatro!

 

Beijos,

Pedrita