Terminei de ler A Bastarda (1964) de Violette LeDuc da Portugalia. Em 2015 eu vi o filmeViolette sobre essa escritora e fui atrás de seus livros. Achei esse editado em Portugal no sebo e só li agora. Demorei bastante pra ler, uma porque a obra é extensa, outra porque a edição tem uma letra minúscula e tinha vezes que tinha preguiça de ler, já que não era uma leitura confortável ler letras tão pequenas e juntas. É o livro que mais vendeu da autora, quando ela finalmente pode viver da escrita.
O livro conta a história de Violette Leduc. A mãe casou-se, então colocou a filha em um colégio interno. Ela se apaixonou por uma jovem na igreja, mas era platônico. Depois teve um relacionamento longo com Hermine, viveram vários anos juntas. Quando veio a guerra foi viver no campo com um amigo e lá que começou a comercializar ilegalmente, na época da guerra, produtos das fazendas que conheceu. Às vezes o livro seguia para anos na frente. Violette Leduc tinha muita vergonha do seu nariz. É uma história pouco convencional na década de 20, até mesmo para os dias de hoje.
Assisti I See You (2019) de Adam Randall na Netflix. Nossa, impressionante! O bom é ver ser nenhuma informação como eu fiz, vou falar do filme abaixo, mas quem quiser ver evite ler. O excelente roteiro é de Devon Graye. No Brasil o nome é sempre péssimo, À Espreita do Mal.
Helen Hunt é mãe de uma família que vive confortavelmente em uma casa enorme que é praticamente um personagem. O casamento está em crise, ficamos sabendo que a mãe traiu o pai. O pai e o filho são muito machistas, duvido que seriam tão duros se a traição fosse do pai. O pai dorme na sala e o filho acha que pode julgar a mãe. Coisas estranhas começam a acontecer na casa.
Que lugar lindo! Li que foi filmado em Cleveland, Ohio. A floresta, o rio. Começa com tomadas da cidade, um rapaz de bicicleta entra na floresta e desaparece.
O marido dessa família protagonista é policial e está investigando o desaparecimento. Ele é interpretado por John Tenney, o filho por Judah Lewis. Alguns outros do elenco são Owen Teague, Libe Barer, Gregory Alan Williams e Erika Alexander.
É interessantíssimo como o filme é construído. Começa com as investigações e essa família com acontecimentos estranhos na casa. Aí o mistérios dos acontecimentos estranhos vão aparecendo e meio que o filme começa de novo, mas sob nova ótica. Achei que tinha sido resolvido o mistério, mas vai muito, muito mais além. Surpreendente!
Assisti ao BBB21 (2021) na TV Globo. Como eu gosto desse programa e fiquei muito feliz com a Juliette campeã. Desde o começo ela foi minha preferida. Forte, guerreira, suportou bravamente a exclusão e o pesado julgamento dos participantes. Sim, como todo mundo, imperfeita, quando ficava nervosa falava demais, explicava demais, mas de uma lealdade emocionante. Já estou com saudades e com crise de abstinência do programa.
Como Lucas, Juliette sofreu muita perseguição, mas suportou bravamente. Lucas já não aguentou os julgamentos insistentes e persecutórios sistemáticos e saiu do jogo. Que bom que o BBB mudou e vem sempre evoluindo. Antes um participante que desistia era tirado do site, proibido de participar de qualquer programa, parecia que nunca tinha existido. Sim, Lucas era imperfeito como todo ser humano, cansativo, mas os julgamentos foram pesados e quando ele deu o primeiro beijo gay do BBB e foi julgado, que era fingimento, para chamar a atenção, ele não aguentou. E foi julgado exatamente pelas pessoas que incansavelmente falavam sobre as injustiças sociais.
Injustiça foi não termos Gil do Vigor na final, icônico, alegre, intempestivo, ele fez falta no pódio. Mas é fato que ele foi traiçoeiro com a Juliette, falou mal demais dela pelas costas. Se ele tivesse ido ao paredão na semana que insistentemente falava mal de Juliette pelas costas ia sair com alta rejeição. Mas quando seus aliados foram saindo, ele se reaproximou da Juliette e merecia ficar na final. Mas eu entendo quem votou pra ele não ficar, realmente ele foi muito maldoso e quem não viu o programa ou quem esqueceu, achou que ele não deveria ter saído.
Amei o paredão falso. Me diverti muito com a Carla Diaz, pena que ela não aproveitou muito o que viu, não se abriu com a Juliette, e acabou rejeitada em alguns paredões depois. O BBB vem brincando bem mais, o que é uma delícia. Nas redes sociais falaram muito dos Dummys e a edição fez uma roupa de Dummy para a Carla Diaz voltar do paredão falso. Boninho também entrou em uma festa de Dummy pra dançar e ver um show.
Foi a edição com o maior número de patrocinadores e maior ibope.
Eu gosto do Tiago Leifert apresentando. No começo nós tínhamos uma grande rejeição, mas por ele amar video game, ele passou a ser mais participativo nos jogos, nas brincadeiras e é muito divertido. Ele se emociona bastante também. Em entretenimento é bom um apresentador mais solto e divertido.
Adorei o Rafael Portugal, ele aparecia às terças, no dia das eliminações, sempre com ótimas piadas. Ele também sabia brincar com as falhas dos participantes. O quadro era o CAT BBB que recebia perguntas, sugestões e reclamações do programa. Algumas iam ao ar. E amava a flautinha desafinada do outro quadro.
Assisti Radioatividade (2019) de Marjane Satrapi na Netflix. Eu queria muito ver esse filme. A biografia da Madame Curie permeou a minha infância. O livro era da família e estranhamente não li. É muito bom ver filmes sobre cientistas e ciência. Madame Curie ganhou dois Prêmios Nobel, mas é menos lembrada que Einstein. Ela descobriu a radioatividade. Esse vidrinho do pôster ela carregava pra tudo quanto é lugar, levava na cama, pra ver no escuro o efeito, não se sabia ainda os riscos da radioatividade ainda.
O filme romanceia um pouco, eu achei uma matéria que esclarece o que foi de fato verdade e vou colocar aqui. Como acontece com muita mulher, Maria Salomea Skłodowska, seu nome de solteira, foi retirada de um laboratório que trabalhava. Ela começa a procurar outro laboratório pra trabalhar e assim que conhece Pierre Curie. Ele era físico também e infelizmente era uma época que a mulher precisava do apoio de um homem. Ele era muito brilhante também, e leva Maria para o seu laboratório e lá que ela descobre a radioatividade. O primeiro Nobel é Pierre que ganha, outro erro monumental, ela ganharia em conjunto com ele, mas a pesquisa era dela. Ela não quis patentear o produto, quis que toda a humanidade pudesse se beneficiar da radioatividade, o que facilitou outras pesquisas, mas não rendeu lucros a cientista. O filme mostra os benefícios da radiologia, mas bem mais os malefícios como a bomba atômica. Infelizmente focam mais no pior. Sim, muita evolução da ciência pode ser usada para o mal, mas são fundamentais para o avanço da medicina e de outras ciências. E péssima a cena da Curie em transe, vendo os mortos do futuro que iria causar, culpando-a da má utilização de suas descobertas, quando ela nem era mais viva.
Seu marido teve uma morte trágica. Ela continuou com as pesquisas. Eles tiveram duas filhas, a mais velha foi enfermeira e continuou com seu marido as pesquisas da mãe e ela e o marido também ganharam Prêmio Nobel. Curie montou com a filha umas ambulâncias com raio-X para tratar de doentes nos campos de batalha. Curie nunca aceitou que a radiologia fazia mal. Já iniciam pesquisas sobre os malefícios, mas ainda não eram conclusivas. Curie morreu de anemia dos efeitos da radiologia que acaba com elementos do sangue. Rosamunde Pike está muito bem. Seu marido é interpretado por Sam Riley. Sua filha quando está mais velha por Anya Taylor-Joy.