sábado, 20 de dezembro de 2008

O Piano de Gogô

Fui no show de lançamento do CD O Piano de Gogô na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. O show foi no Teatro Eva Herz só com feras da Música Popular Brasileira. Claro, o próprio Gogô, pianista que começou sua carreira tocando com Dick Farney, que ficou por 10 anos com ele. Nesse show o Gogô estava ao piano e cantaram as ótimas Alaíde Costa e Ana Maria Brandão e o incrível Zé Luiz Mazziotti. Havia ainda um contrabaixo e uma bateria. O repertório era belíssimo. Zé Luiz Mazziotti interpretou uma música que ficou muito conhecida na voz do Dick Farney, Copacabana de João de Barro e Alberto Ribeiro. Uma que gosto mais do CD é O que é Amar de Johnny Alf com a Ana Maria Brandão.

Alaíde Costa interpretou Se Eu Pudesse de Jair Amorim e José Maria de Abreu e Noturno (em tempo de samba) de Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy. Gogô ainda tocou duas músicas sozinho ao piano: Doce de Coco de Jacob do Bandolim e Chegaste, dele mesmo. Estava lotado o teatro e foi um belíssimo show! Gostei muito do CD que conta com 31 músicos. Outros que estão só no CD são: Proveta (Clarinete e Sax Alto), Guinga (Violão), Leandro Braga (Piano), Zeca Assumpção (Contrabaixo), Edu Ribeiro (Bateria), Alessandro Penezzi (Violão), Edson Alves (Violão), Edmilson Capelupi (Violão de 7 cordas), Toninho Carrasqueira (Flautas) e quarteto Ensemble SP (Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola e Robert Suetholz, violoncelo), pianista, compositor e arranjador Leandro Braga, o baterista Edu Ribeiro e o arranjador Rodrigo Morte.
Música do post: Sábado Em Copacabana_Copacabana
com Gal Costa


Beijos,

Pedrita

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Alvin e os Esquilos

Assisti Alvin e os Esquilos (2007) de Tim Hill no Telecine Premium. Essa animação é baseada na história de Jon Vitti e nos personagens criados por Ross Bagdasarian. Inclusive o Telecine fez matérias mostrando os originais na década de 50. Eu me lembrava desses esquilos que cantavam acelerados. O 007 lembrava de uns desenhos que viu na infância. Eu adorei, eles são fofos demais. Só não curti uma incoerência. Os esquilos são crianças e o homem que os adota não aceita que eles façam infinitas turnês. Eles acabam mudando de adotado e fazem infinitas turnês. Aí para agradar o público, nós que estamos assistindo, mostram a exaustão os shows dos esquilos. Eles criticam mas usam o recurso que criticam para agradar as crianças que assistem essa animação. Foi só isso que eu não gostei, porque o resto me emocionou demais.

Adorei a relação desses esquilos com nosso protagonista interpretado muito bem por Jason Lee. O carinho entre eles, o desejo dos esquilos pelo primeiro natal é emocionante. Como o 007 também amamos o esquilo que tem pesadelo e pede pra dormir com seu "pai", lindo demais. As músicas são muito fofas e o recurso antigo de acelerar as vozes ficam ótimas. Outros do elenco são: David Cross e Cameron Richardson.
Youtube: Alvin and the Chipmunks



Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Capitu

Assisti Capitu (2008) de Luiz Fernando Carvalho na TV Globo. Essa maravilhosa minissérie foi baseada na obra Dom Casmurro de Machado de Assis. Esse diretor está entre os meus preferidos, suas criações são verdadeiras obras de arte e com Capitu não foi diferente. Ele escolheu contar em um formato mais parecido ao teatro que a televisão. Também utilizou o narrador como o autor escreveu. Então tivemos todas aquelas frases surpreendentes de Machado de Assis, que fala com seu leitor e só nos desconcerta. Eu li Dom Casmurro há vários anos e é minha obra preferida de Machado de Assis.
Tudo foi impecável, figurinos, elenco, edição. Capitu jovem marcou a estréia da belíssima Letícia Persiles. Eu gosto muito do ator que fez o Bentinho jovem, o César Cardadeiro, eu já gostava dele em Malhação. E ele também esteve no elenco de o Sítio do Picapau Amarelo.
A Capitu adulta foi interpretada pela bela e talentosa Maria Fernanda Cândido e o Bentinho por Michel Melamed, que arrasou. O belo Escobar foi interpretado por Pierre Baitelli. Adorei os personagens que circundavam Bentinho interpretados por incríveis atores: Eliane Giardini, Antônio Karnewale, Izabella Bicalho, Rita Elmôr, Charles Fricks, Sandro Christopher, Bellatrix e Alan Scarpari. Gostei muito da música principal e da trilha sonora. Só em alguns momentos que utilizaram algumas músicas pop muito conhecidas, podiam ser igualmente originais com as principais. Os figurinos belíssimos foram concebidos por Beth Filipecki.

Youtube: Musica da Minissérie Capitu-1









From Mata Hari e 007



Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pais e Filhos

Terminei de ler Pais e Filhos (1862) de Ivan Turguêniev. Comprei esse livro em um sebo faz um tempinho por R$ 10,00 e não é com essa capa, é daquela coleção da capa vermelha da Editora Abril. Agora saiu com essa capa e falam que essa é traduzida diretamente do russo. A que li tem tradução de Ivan Emilianovitch. O autor escreve maravilhosamente e debate várias questões que fervilhavam na Rússia nesse período. Um filho se forma e volta a casa dos pais aristocratas, leva junto um amigo filho de camponeses que se formou em Medicina. Esse rapaz é pedante, cheio de idéias revolucionárias e contra a aristocracia. Mas parece gostar de viver no luxo e usufruir gratuitamente de qualquer hospedagem desde que os jantares sejam luxuosos regados a muita champagne cara. Seu amigo já é menos pretensioso e tranqüilo, mas deslumbrou pelo amigo que se transformou seu ídolo, então ele fica a sua volta. Esses dois rapazes passam então por três locais. Apesar do livro ser maravilhosamente escrito, não foi apaixonante pra mim.


Obra The Court Going out from the Grand Palace in Peterhof de Vasili Semenovich Sadovnikov (1800-1879)
Anotei alguns trechos de Pais e Filhos de Ivan Turguêniev:
“-Não veio ainda, Piotr? –indagava, em 20 de maio de 1859, um senhor que aparentava uns quarenta anos de idade, saindo sem chapéu à porta da hospedaria da estrada N."

“Páviel Pietróvitch, ao contrário, solteirão sempre, entrava naquela idade crespuscular e agitada, de insatisfação e esperanças mortas, idade em que se sente que a mocidade passou e a velhice não chegou ainda.”

“Mulheres assim são raras hoje. O que não sabemos é se isso é um bem!”

“Cada um, com suas próprias mãos, deve obter o sustento. Nada devemos esperar dos outros. É preciso trabalhar também.”

“Sei que o senhor está habituado ao luxo, aos prazeres. Mas os grandes deste mundo não desdenham de passar algumas horas sob o teto de uma cabana.”

Tanto o pintor como o compositor são russos e viveram no mesmo período que o autor dessa obra.


Música do post: Glinka - Nocturne in F minor, La separation



Beijos,

Pedrita

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Qualquer Coisa Conta História

Fui ao espetáculo Qualquer Coisa Conta História no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Adorei o espetáculo que é também da série Contos Clássicos, portanto há encenação e música. Dessa vez é baseada na história da Mamãe Ganso composta por Maurice Ravel. A Mamãe Ganso é uma famosa contadora de histórias, como a Carrochinha. Há dois atores no palco Antonio Karnewale e Sofia Portto e um piano a 4 mãos com os pianistas Nivaldo Tavares e Sylvia Theresa. Todos ótimos! Karnewale dirige o espetáculo. Eu gostei tanto, mas tanto, que no final queria um saco para começar a buscar minhas histórias pelo mundo.

Mamãe Ganso conta várias histórias, acompanhada do menino. Cada história é contada de uma forma, uma com panos, outra com letras, outra com desenhos, uma com dança. Para estimular a imaginação das crianças. Me encantei tanto! Depois os atores conversaram com as crianças quando acabou o espetáculo. E contaram que preferiram deixar as histórias como foram originalmente concebidas na época que Ravel compôs a música. As histórias são bem mais trágicas das que conhecemos, que dirá a do Pequeno Polegar. Eles comentaram que até atenuaram seu lado trágico. Também contaram que as histórias escolhidas foram as mesmas que inspiraram o compositor. Mamãe Ganso contou ainda a história da Bela Adormecida e A Bela e a Fera. Fiquei encantada!
Obrigada a todos pelos parabéns aos meus 7 anos de blog.

Música do post: Ravel - Gaspard de la Nuit - Le Gibet - Pablo Gusmão



e


Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Concerto do Festival Leo Brouwer

Fui ao Concerto do Festival Leo Brouwer no Sesc Pinheiros. O próprio Leo Brouwer que regeu e foi muita emoção. Ele esteve a frente da Orquestra de Câmara da USP, OCAM. Gostei demais da primeira peça, Los Negros Brujos se Diverten de 1985. Depois junto a orquestra esteve o ótimo Quarteto de violões Quaternaglia formado por João Luiz, Fabio Ramazzina, Paola Pecherzky e Sidney Molina e interpretaram a obra Gismontiana em homenagem ao Egberto Gismonti. Após o intervalo o magnífico Leo Brouwer regeu suas belíssimas composições: Vitrales de La Habana Vieja (2007) e Canción de gesta (1979).

É muito interessante que novamente o post de aniversário desse blog, um ano depois, também seja com uma apresentação de violão. Uma incrível e misteriosa coincidência, já que esse instrumento me acompanhou viceralmente por tantos anos. E também com meus ídolos desde os meus 15 anos. Agora Leo Brouwer e no ano passado Edelton Gloeden.

E sim, hoje o Mata Hari e 007 comemora 7 anos. Fico sempre muito emocionada a cada ano, de imaginar que em um espaço médio de 2 dias eu posto regularmente algo da minha vida cultural há 7 anos., me emociona construir algo por tanto tempo

Quero agradecer a todos os amigos que me visitam e dividem comigo as minhas impressões culturais, principalmente aqueles que me acompanham a tanto tempo. A cada ano aumentam o número de amigos portugueses e quero agradecer muito a vocês também o carinho e comentários que vêm dedicando a esse querido blog. Obrigada a todos vocês. E aos amigos recentes, que passaram a compartilhar as minhas idéias.


Música do post: Esteban Colucci toca Leo Brouwer



Youtube: Leo Brouwer Etudes Simples no. 6




Beijos,


Pedrita