Assisti a ópera Turandot de Giacomo Puccini no Theatro Municipal de São Paulo. Que bela e suntuosa montagem! Roberto Minczuk está a frente da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. A regência foi de André-Heller Lopes. O Coral Lírico e o Coral Paulistano se dividiram no palco e em uns belos andaimes, ficando o tempo todo em cena. A cenografia é de Renato Theobaldo e os figurinos de Sofia Di Nunzio.
E que elenco: Elizabeth Blancke-Biggs interpretou Turandot, David Pomeroy, Calaf, Gabriella Pace, Liu, Luiz-Ottavio Faria, Timur. Todos excelentes! O interesse por essa ópera foi tanto que muito antes da estreia todos os ingressos já estavam lotados, tanto que tiveram que agendar uma nova récita. As récitas vão até dia 25, mas não sei se ainda tem ingresso.
Assisti no cinema Paraíso Perdido (2017) de Monique Gardenberg. Foi no 19ª Projeta Brasil Cinemark que vou com uma certa regularidade. Uma vez por ano, em geral em novembro, o Cinemark faz um dia dedicado ao cinema brasileiro com ingressos a R$ 4,00. Em outubro eu já fico procurando quais filmes vão entrar. Esse queria muito ver, não consegui ver quando esteve em cartaz e é impressionante! Está entre os melhores filmes que vi no ano!
Eu queria muito ver pelas matérias que vi mas principalmente porque o Erasmo Carlos está no elenco e eu sou fã dele. Ai, tudo é lindo demais nesse filme. Paraíso Perdido é um bar, uma família o mantém, a maioria canta. Erasmo Carlos interpreta o dono e todos os outros são seus parentes, filhos, netos, amigos. O personagem do Erasmo Carlos diz que lá é o Paraíso Perdido. O filme fala de amor, é uma poesia só, com as vidas difíceis.
O elenco é maravilhoso: Júlio Andrade, Hermila Guedes, Lee Taylor, Marjorie Estiano, Felipe Adib e Julia Konrad. As músicas são lindas: Reginaldo Rossi, Roberto e Erasmo Carlos, Seu Jorge, que inclusive está no elenco. Nicole Puzzi faz uma participação especial.
Todos os personagens são complexos, muito bem delineados. Fiquei muito impactada com todos. Incrível como abordaram o personagem do Humberto Carrão, sutil, delicado, inteligente. Contracena com ele Jaloo, e como canta. A trama da Malu Galli então, de cortar o coração.
Assisti a ópera Sonho de Uma Noite de Verão de Benjamin Britten no Theatro São Pedro. Com texto de William Shakespeare. Tradução de Irineu Franco Perpétuo. Que ópera linda! Que montagem impecável! Cada detalhe, cada beleza, que elenco, inesquecível. A direção elegante foi de Jorge Takla, belíssimos cenários de Nicolás Boni, linda iluminação de Caetano Vilela, figurinos inteligentes de Fábio Namatame. Foi com a Orquestra do Theatro São Pedro com a regência do ótimoClaudio Cruz.A música é linda e instigante. Tudo uma perfeição.
No elenco grandes intérpretes: Rosana Lamosa, Luciana Bueno, Manuela Freua, Homero Velho, Daniel Umbelino, Rodrigo Lopez, Johnny França, Kismara Pessati, Saulo Javan, entre outros.
Essa trama é muito mágica e toda a montagem só aumentou o encanto. A ópera Sonho de Uma Noite de Verão fica em cartaz até 18 de novembro.
Assisti Pantera Negra (2018) de Ryian Coogler no TelecinePlay. Sempre quis ver esse filme pelos elogios que recebeu. Não sou fã de filmes de super heróis, mas queria conhecer esse. Os elogios eram porque praticamente tudo, produção, elenco, direção foi realizado por negros. Nos Estados Unidos, onde a segregação racial é mais definida, os negros costumam ter produtos próprios. Já vi vários filmes realizados integralmente por negros. Mas talvez esse discurso em relação a esse filme se deve a ser um produto da Marvel, um filme de super heróis que atraem multidões e que não foram feitos especificamente para esse segmento.
E o roteiro de Stan Lee e Jack Kirby é muito bom. Gostei do país no continente africana, lindo o local, muito bem feitas as inserções de tecnologia. O elenco além de talentoso é lindíssimo. Chadwick Boseman é o Pantera Negra. Ele torna-se rei. Sua irmã é especialista em tecnologia, desenvolve produtos e é extremamente capacitada. Ela é interpretada por Letitia Wright. Adoro a Lupita Nyong. Todos os personagens tem visões próprias da humanidade. A personagem da Lupita acha que Wakanda deveria se abrir para o mundo e ajudar as pessoas. A regra de Wakanda é se proteger dos maus e não abrir os seus poderes e tecnologias pro mundo. Todos são cheios de opiniões e princípios. O filme questiona o tempo todo questões fundamentais como direitos humanos, proteção, respeito pelas próprias ideologias e regras desses povos.
O Pantera Negra descobre que seu pai, pelas regras de Wakanda, cometeu um grave erro com uma criança no passado, que dominada pelo ódio se tornou muito perversa. Michael B. Jordan interpreta esse garoto adulto. Todos são humanos e falíveis de erros. Há um discurso do Pantera Negra na ONU, no meio dos créditos que impressiona. Fala de todas as questões atuais de intolerância, egoísmo, da necessidade de solidariedade, união, comprometimento com o próximo. Pantera Negra é um filme muito político.
Só depois que fui ler sobre o filme é que lembrei que uma amiga disse que Danai Gurira estava irreconhecível. Ela é uma guerreira. A mãe do Pantera Negra é interpreta por outra atriz talentosa e belíssima, Angela Bassett.
O elenco é todo incrível: Forest Whitaker, Martin Freeman, Daniel Kuluuya, Winston Duke, Andy Serkis, Sterling K. Brown e