sábado, 7 de fevereiro de 2009

Um Beijo Roubado

Assisti Um Beijo Roubado (2007) de Wong Kar-Wai no Telecine Premium. Eu fiquei fã desse diretor quando há muitos anos vi A Flor da Pele no cinema. Eu tinha lido ótimas críticas, fui ver e fiquei encantada. Mas só descobri que esse diretor era muito ativo quando o Telecine Cult resolveu fazer uma série com filmes dele e descobri um universo único, esplêndido e maravilhoso! Wong Kar-Wai está agora entre meus diretores preferidos. Um Beijo Roubado é o primeiro filme do diretor fora do seu país, a China, é uma co-produção entre China, Hong Kong e França. E eu gostei demais do nome original My Blueberry Nights, mas o que saiu no Brasil também é bacana!

Como sempre o diretor vai ao poucos construindo suas narrativas. Como são os encontros, pouco sabemos das pessoas que conhecemos. Ele também gosta da narrativa entre bares e restaurantes. O elenco é incrível e gostei muito como ele modifica atores que conhecemos tanto. Jude Law está sem aquele glamour exagerado, continua lindo, mas está um homem comum dono de um pequeno bar que serve boas refeições, já que ele tem ótima mão para cozinhar. Quem contracena com ele é a Norah Jones. Levei um susto de descobrir que ela é a protagonista e está muito bem.

Ela é uma moça que vai no bar descobrir se o homem que ama foi lá. Depois ela viaja e contracena com outros grandes atores em momentos difíceis também. Adoro o ator que faz o policial alcoolatra, David Strathairn. Desiludido com sua esposa interpretada pela belísisma Rachel Weisz e Natalie Portman, muito diferente, como uma jogadora compulsiva. Um Beijo Roubado é de uma delicadeza e profundidade enorme. Fiquei muito emocionada! As tomadas de câmera são sempre supreendentes, originais e lindas! A trilha sonora nos filmes de Wong Kar-Wai são sempre personagens e sempre maravilhosas. Vou tentar descobrir se tem o CD pra comprar. Vou querer rever trechos muitas vezes!

Youtube: My Blueberry Nights trailer


Música do post: 01-norah_jones_-_the_story


Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Mão na Luva

Assisti Mão na Luva (2009) de Isabella Lemos e Marcelo Pacífico no Viga Espaço Cênico. Eu tinha lido uma matéria no Estadão e me interessado muito em ver essa peça que tem sido muito elogiada. Aí eu fui no despachante, estacionei e quando vinha andando dei de cara com esse espaço e com o cartaz do Mão na Luva, aí vi o quanto seria fácil e confortável ir a esse teatro e me programei. Essa peça é tudo e mais do que dizem. Um belíssimo espetáculo! O texto maravilhoso é de Oduvaldo Vianna Filho publicado em 1966.

Um casal discute a separação. Com isso o texto viaja para momentos mágicos do casal e momentos tensos. Gostei demais dos dois atores Isabella Lemos e Marcelo Pacífico que são do Grupo Tapa. Além do texto difícil e da excelente interpretação, eles têm uma linguagem corporal incrível. Vários da platéia, inclusive eu, ficaram impressionados. É tudo tão ágil, inteligente e coordenado, que depois de vermos parte do espetáculo, sabemos quais são as recordações e quais os momentos de tensão, destacamos claramente no final as palavras que nos remetem a cada momento. A cada palavra lembramos claramente a que momento da peça nos reportou. No final eles misturam rapidamente as palavras chaves de cada momento da vida deles e do espetáculo e vemos igualmente rápido na nossa mente a cena daquela palavra como um quebra-cabeça, surpreendente! Mão na Luva tem curta temporada, espero que ampliem, termina dia 15 de fevereiro. Por sorte eles aceitam reserva pelo telefone e os ingressos são muito acessíveis. Eu paguei somente R$ 10,00. Há dias com esse valor e ainda dias com ingressos a R$ 20,00 e a R$ 30,00.
Música do post:Carlos Gomes - Quem Sabe (Francisco Petrônio)




Bejios,

Pedrita

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cold Mountain

Assisti Cold Mountain (2003) de Anthony Minghella em DVD. Detestei! Absurdamente melodramático! Tudo é óbvio, exagerado e artificial! Eu comprei esse DVD em um sebo e o adquiri porque achei que era uma história desses três personagens em uma fazenda na montanha. No início mostrou uma Guerra Civil Americana. Achei que ou ia mostrar a vida daquele soldado antes, ou depois, mas não, a guerra se arrasta no filme todo. Cold Mountain se arrasta em uma sucessão de equívocos e exageros melodramáticos. Volte e meia eu pensava, mas isso não se encaixa, percebia furos. E o casal principal, Jude Law e Nicole Kidman, não está bem. Toda vez que começa uma cena, pode esperar sempre o mais trágico dela. Até nas cenas extras do DVD haviam exageros monumentais. Como a da personagem da Natalie Portman, que soou muito artificial. E é muito difícil que naquela época um soldado carente, solitário, evite uma mulher sozinha só porque ama outra mulher. Ainda mais se essa mulher pedir que ele durma com ela e ele aceitar. Surreal!


Cold Moutain é muito arrastado e muito longo. Devem inclusive terem diminuído muitas cenas, bem a mais do a que as que estão nos extras, então tem muitas lacunas. Renée Zellweger é a que está melhorzinha, tanto que ganhou Oscar, Globo de Ouro e Bafta de Melhor Atriz Coadjuvante. O elenco é muito bom, mas estranhamente vários grandes atores estão muito caricatos como: Philip Seymour Hoffman , Kathy Baker e Donald Sutherland. E eu fiz bem de só ler o resumo na caixinha depois de ver o filme que como sempre conta o final.

Música do post: Cold Mountain- Andrey Cechelero




Beijos,

Pedrita

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Bee Movie

Assisti Bee Movie (2007) de Steve Hickner e Simon J. Smith no Telecine Premium. Assim que eu vi que ia passar no Telecine me animei pra ver. Minha mãe também, ela inclusive até anotou os dias que ia passar. Gostei bastante! Nossa abelhinha é muito fofa. Na verdade é um "abelhinho". Ele acabou de se formar, precisa escolher onde vai trabalhar pelo resto da vida. Em que parte da fabricação do mel. Mas ele quer conhecer o mundo, se encanta com os disseminadores de pólen, mas ele não tem o perfil. Mesmo assim ele vai em uma viagem, se perde do grupo, e conhece uma florista por quem se apaixona.

Bee Movie passa então a falar da cadeia alimentar. Dos humanos se acharem melhor e superiores que os outros seres. Da exploração das abelhas em fazendas de mel. É interessante, mas não fica bem amarrado. Como quiseram que a animação seguisse o curso da fórmula de bolo do cinema americano, perde um pouco nos questionamentos e exagera em umas questões, como se só as abelhas que mantivessem as flores. Esquecem dos pássaros. E é em ruinzinho quando as abelhas pousam um avião, como se abelhas suportassem estar tão alto no céu, isso sem falar no peso do avião. Do meio pro fim se torna um bonitinho filme de animação.

Música do post: Here Comes the Sun - The Beatles

Youtube: Bee Movie



Beijos,


Pedrita

domingo, 1 de fevereiro de 2009

20:30:40

Assisti 20:30:40 (2004) de Sylvia Chang no Cinemax. Eu procurava um filme pra ver, com poucas opções fui investigando os nomes e me deparei com esse filme. Na busca vi que esteve no Brasil na Mostra Internacional de Cinema. 20:30:40 é uma co-produção entre Taiwan, Hong Kong e Japão. Sylvia Chang assina também o roteiro e é uma das atrizes, a da foto do poster com os 40 anos. É a história de três mulheres em três faixas etárias. 20:30:40 é um filme delicado, com um olhar feminino muito perceptivo. As outras duas atrizes são Rene Liu e Angelica Lee. Todas lindas e talentosas.

Cada uma está em um momento de sua vida. A mais jovem viaja para fazer par como gêmea de outra moça como cantoras. Tudo bastante precário. A de 30 anos é aeromoça e tem dois namorados, um solteiro intempestivo e um casado. E a de 40 é dona de uma floricultura, já está estabelecida financeiramente na vida e é casada. Gostei que o filme é bastante realista, sem soluções simplistas. Mostra um período da vida de cada uma, sem solucionar no final. Gostei muito também da trilha sonora e dos músicos que aparecem no filme.


Música do post: 超級星光大道 李宣榕-味道


Beijos,

Pedrita