Assisti Hypnotic (2023) de Robert Rodriguez na HBO Max. Eu gosto muito do Ben Affleck e qual não foi a surpresa que ele divide o protagonismo com a ótima Alice Braga. E amei o filme!
Há um assalto, um homem, William Fitchner, parece dar comando pras pessoas e elas passam a trabalhar pra ele. O policial é aconselhado a procurar uma mulher que faz hipnose e é quando Alice Braga aparece.
Pra piorar, a filha do policial foi sequestrada. Ele vai tentando descobrir o que acontece, mas o homem hipnótico vive mudando a realidade. A mulher explica que ele tem que ter força, se concentrar, porque o hipnótico faz o que quer com a mente das pessoas.
O filme tem uma reviravolta interessantíssima, como gostei. São várias surpresas. E muito bem realizado esteticamente, as cenas que se embaralham são incríveis.
Assisti Fiéis (2022) de André van Duren na Netflix. Eu fui na busca procurar por filmes de países europeus e achei esse holandês. Faço isso de vez em quando, escolher um país pra ajudar o algoritmo a me indicar filmes diferentes. É um bom suspense, mas não maravilhoso. Dá pra ver!
Duas mulheres casadas viajam pra participar de uma palestra em outra cidade. As duas são Bracha van Doesburg e Elise Schaap. Uma delas tem uma belíssima casa a beira mar de uma tia, onde elas ficam. Assim que chegam na estação de trem, elas se separam. Uma deixa o celular com a amiga e diz que o marido colocou um rastreador, pra amiga postar como se fosse ela na palestra. E passa um número de um celular pré-pago pra elas se comunicarem. Eu logo já adivinhei o criminoso e não errei, mas como disse, dá pra ver o filme.
No começo aparece uma frase dizendo ser do Bernard Shaw, não chequei a veracidade: "A punição de um mentiroso não é de afinal ninguém acreditar nele, mas dele mesmo mesmo não poder acreditar em mais ninguém."
Se for mesmo dele, ele deve estar se revolvendo no túmulo por terem utilizado uma frase dele em uma trama tão rasa. Os textos pobres de coaching de um personagem do filme combinam mais.
O filme é sobre isso, as duas mentem tanto que elas não sabem mais em quem acreditar. A que vai pra palestra, leva o palestrante pra casa dela, aquela mansão maravilhosa. Ele está bem de vida, fazendo umas palestras cafonas recheadas de bobagens supostamente inspiradoras. Me deu preguiça.
Ao voltar do mar, há sangue na casa e a perícia descobre ser da amiga dela. Os maridos vão pra casa, são eles Narsdin Dchar e Gijs Naber. Ela começa então a perceber que ela não sabe mais quem engana quem há cada nova evidência, é interessante. Ela é bem tolinha, mas pra viajar pra ver palestra daquele picareta não podia ser uma mulher muito brilhante. Spoiler: ela sempre gostou de aventuras, descobrimos que ela viajava com frequência pra essa cidade e levava uma infinidade de homens pra essa casa. Ao final ela vai se encontrar com o coaching. Ela devia ter continuado livre, já que não gostava de compromisso. Não faz sentido ela enganar mais um, mas pode ser isso, ela tem prazer em enganar, mais do que nas aventuras.
Assisti Traição do Núcleo Teatro de Imersão no Polo Cultural Chácara do Jockey. Faz tempo que queria ver esse espetáculo, gosto muito da dinâmica. O público acompanha os atores por cômodos para ouvir a história.
Fotos de Hernani Rocha
O texto é baseado no de Harold Pinter, adaptado pela Adriana Câmara, que faz um dos personagens. Outros do elenco são Glau Gurgel e Carlos Rahal.
A peça começa em 1968 e vai voltando no tempo. Um casal se encontra depois de anos em um bar para conversar. E vamos acompanhando a história de trás pra frente. É uma trama inteligente sobre traições, cheia de textos subentendidos, como o do tênis. Um é editor de livros, falam de literatura, o texto é ótimo. O bom da peça é ir descobrindo aos poucos. O público era muito divertido também, nos divertimos muito. Começamos com algumas cadeiras vazias, mas pessoas que estavam no local vieram assistir também, inclusive muitas crianças. Foi muito engraçada a interação de todos, tinha tempo que não me divertia tanto.
Ao final Adriana contou que o grupo sempre faz teatro de imersão. Nossa, quero ver outros espetáculos, adoro essa experiência. E que no início era em quartos de um hotel. Uma pessoa do público disse que era o San Raphael no centro. Eu adoraria ver em uma mansão, ou mesmo em algum hotel. Agora o cenário tem divisórias de cada ambiente. Nós ficamos embaixo de uma lona linda demais. Cada espaço já tem as cadeiras para o público e a produção nos encaminha para cada mudança de cena. O simpático cenário é do Hernani Rocha e da própria Adriana. O grupo é muito inteligente. Ao final ganhamos o programa com um QR, onde colocamos nome, email e telefone, assim receberíamos em casa uma cena extra, de personagens que ouvimos falar o tempo todo, mas nunca apareciam. Ótima jogada de marketing, porque podem nos avisar dos próximos espetáculos. Eu amei o extra com a jovem faceira da produção, Amanda Policarpo como Judite e Nando Barbosa, como Camargo.
Outra surpresa foi o Polo Cultural Chácara do Jockey. Tem um tempo que esse espaço passou a ser da prefeitura, depois foi tombado e agora abriga uma escola com atividades culturais.
Tem uma biblioteca para se emprestar livros. Tinha inclusive uma criança pegando emprestado um livro quando eu passava.
Uma galeria de arte, com trabalhos das crianças. Reparem na baia de água para cavalos ao fundo. Eu fiz contato com vários que assistiram a peça e uma me contou que lá em cima, que seria mais perto da av. Francisco Morato, é mais cheio, porque lá tem jogos com bolas, futebol, basquete, pista de skate, então fica cheio de garotada. Onde foi a peça estava mais tranquilo. Mas é um ótimo lugar para caminhar, fazer piquenique. Foi uma tarde muito especial.
Assisti a 1ª Temporada da série Paradise (2025) de Dan Folgeman da Hulu na Disney+. Eu assisti parcialmente o Emmy, essa série concorreu em várias categorias e era muito elogiada pelos comentaristas. Logo fui ver e não queria parar mais. Absolutamente genial! Ansiosa pela segunda temporada.
Sterling K. Brown está maravilhoso! Ele acorda em uma bela casa, vai correr, depois vai para o trabalho. Ele é o segurança do presidente de James Marsden. Lá ele vê o presidente assassinado. Ele pede a equipe de segurança meia hora para olhar todos os detalhes e a equipe ajuda. Avisam, chamam, e esses 30 minutos são caros a ele que é afastado. Estranhamente o segurança que dormiu no período que o presidente é morto continua no cargo. Mas esses estranhamento é nada com o que vamos descobrindo.
Spoilers: Nós vamos descobrindo que essa cidade é construída, me lembrou O Show de Thurman, um dos filmes que mais amo. O mundo lá fora acabou, e alguns privilegiados, os milionários, claro, vão para essa cidade dentro da terra. A série começa a falar dos poderosos, que acham que podem tudo. Só eles se salvam, largam o barco, abandonam a população a sua própria sorte. E claro, carregam alguns funcionários, porque eles não fazem nenhum serviço básico. Julianne Nicholson é a líder, para manter o controle de tudo, ela faz qualquer coisa, inclusive mandar matar.
Há uma psicóloga de Sarah Shahi que foi contratada para criar ambientes de memória afetiva na cidade. Tudo é para parecer o melhor possível com o mundo aqui fora. E tudo é de luxo para milionários. Sim, um verdadeiro Paraíso.
O elenco todo é muito bom, com personagens muito bem construídos: Kris Marshall, Nicole Brydon Broom, John Beavers, Enuka Okuma, Ian Merrigan, Gerald MaRaney e Amy Pietz.
Os adolescentes são ótimos Aliyah Mastin e Charlie Evans.
Assisti ao concerto de Kate Liu no encerramento do Festival Chopin na Estação Motiva Cultural. Já estou com saudades e em crise de abstinência. E que pianista. Kate Liu é de Singapura e vive nos Estados Unidos. A pianista ficou em terceiro lugar no Concurso Chopin de Varsóvia.
Kate Liu interpretou divinamente Scriabin, César Frank e Chopin, no bis tocou Cantate BWV 106 - "Gottes Zeit ist die allerbeste Zeit": Actus de Bach.