Assisti Traição do Núcleo Teatro de Imersão no Polo Cultural Chácara do Jockey. Faz tempo que queria ver esse espetáculo, gosto muito da dinâmica. O público acompanha os atores por cômodos para ouvir a história.
Fotos de Hernani Rocha
O texto é baseado no de Harold Pinter, adaptado pela Adriana Câmara, que faz um dos personagens. Outros do elenco são Glau Gurgel e Carlos Rahal.
A peça começa em 1968 e vai voltando no tempo. Um casal se encontra depois de anos em um bar para conversar. E vamos acompanhando a história de trás pra frente. É uma trama inteligente sobre traições, cheia de textos subentendidos, como o do tênis. Um é editor de livros, falam de literatura, o texto é ótimo. O bom da peça é ir descobrindo aos poucos. O público era muito divertido também, nos divertimos muito. Começamos com algumas cadeiras vazias, mas pessoas que estavam no local vieram assistir também, inclusive muitas crianças. Foi muito engraçada a interação de todos, tinha tempo que não me divertia tanto.
Ao final Adriana contou que o grupo sempre faz teatro de imersão. Nossa, quero ver outros espetáculos, adoro essa experiência. E que no início era em quartos de um hotel. Uma pessoa do público disse que era o San Raphael no centro. Eu adoraria ver em uma mansão, ou mesmo em algum hotel. Agora o cenário tem divisórias de cada ambiente. Nós ficamos embaixo de uma lona linda demais. Cada espaço já tem as cadeiras para o público e a produção nos encaminha para cada mudança de cena. O simpático cenário é do Hernani Rocha e da própria Adriana. O grupo é muito inteligente. Ao final ganhamos o programa com um QR, onde colocamos nome, email e telefone, assim receberíamos em casa uma cena extra, de personagens que ouvimos falar o tempo todo, mas nunca apareciam. Ótima jogada de marketing, porque podem nos avisar dos próximos espetáculos. Eu amei o extra com a jovem faceira da produção, Amanda Policarpo como Judite e Nando Barbosa, como Camargo.
Outra surpresa foi o Polo Cultural Chácara do Jockey. Tem um tempo que esse espaço passou a ser da prefeitura, depois foi tombado e agora abriga uma escola com atividades culturais.
Tem uma biblioteca para se emprestar livros. Tinha inclusive uma criança pegando emprestado um livro quando eu passava.
Uma galeria de arte, com trabalhos das crianças. Reparem na baia de água para cavalos ao fundo. Eu fiz contato com vários que assistiram a peça e uma me contou que lá em cima, que seria mais perto da av. Francisco Morato, é mais cheio, porque lá tem jogos com bolas, futebol, basquete, pista de skate, então fica cheio de garotada. Onde foi a peça estava mais tranquilo. Mas é um ótimo lugar para caminhar, fazer piquenique. Foi uma tarde muito especial.
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