Assisti a peça Sexo, Etc e Tal - Falando de Sexo com Humor no Teatro Raposo - Sala Irene Ravache. A direção é de Gabriel Veiga Catellani. Adorei! Muito divertida a peça. Três atores falando de sexo sem pudores com o público. Os três estão ótimos. O projeto é do André Rangel que monta esse espetáculo há vários anos. Volte e meia ele redefine o grupo que contracena com ele. Dessa vez foi com dois outros atores muito, mas muito lindos: Márcio Marinello e Dan de Almeida. Tinha bastante gente na plateia. Tudo muito divertido. Quando entramos na plateia tinham três manequins prateados. Muito bacana a montagem. A peça fica em cartaz até 26 de maio.
Vou colocar um vídeo de outra montagem dessa peça com o André Rangel e outros atores.
Gostei demais do Teatro Raposo. Atualmente há uma determinação que todos os shoppings tenham um teatro. Esse foi inaugurado há mais ou menos um ano e nunca tinha ido.
A Sala Irene Ravache é muito bem distribuída e confortável, qualquer lugar é confortável. São 252 lugares. O teatro não é muito profundo, mas mesmo nas poltronas laterais se vê muito bem. Muito bonita as cores da sala, em tons bege e alaranjados. Amei que há vários quadros com a Irene Ravache e de peças que ela atuou.
Assisti Zelly e Eu (1988) de Tina Rathborne no Max. Eu vi que é com a Isabela Rossellini que adoro, então coloquei pra gravar. É um triste filme sobre uma menina que perdeu os pais e teve que morar com a avó má. Zelly é a babá. A avó, na roupagem de querer educar, abusa de todos os recursos sórdidos para mostrar poder, força contra a pobre da menina.
A avó manipula, distorce, só para subjugar a menina aos seus caprichos e abusos. Por sorte a menina tem a babá, mas a avó não gosta de que qualquer pessoa dê amor a menina, quer o mal da menina fingindo ser para educá-la. Perversa, vai aos poucos afastando todos a volta da menina para conseguir manipulá-la e maltratá-la. A menina é interpretada pela Alexandra Johnes.
A avó por Glynis Johns. Alguns outros do elenco por: Joe Morton, David Lynch e Kaiulani Lee.
Terminei de ler Solar (2010) de Ian McEwan da Companhia das Letras. Faz tempo que comprei esse livro em uma dessas promoções de 50% em datas específicas. A edição é exatamente dessa capa lindíssima. Além da beleza da imagem, a capa é texturizada. Nosso protagonista é um físico ganhador de Prêmio Nobel.
Obra de Leonora Carrington
Nosso protagonista é um ser desprezível. Quando jovem ele descobriu um grande feito baseado na teoria de Einstein, ganhou o Nobel e tornou-se um profissional burocrático e pouco ético. Passou a receber um salário para estar na lista de professores de uma universidade, para atrair alunos com a ideia que haveria um belo corpo de profissionais, mas ele nunca lecionou lá. Dava palestras, sempre com pouca preparação e muita, mas muita má vontade. O protagonista fala muito com o leitor sobre a hipocrisia do aquecimento solar. Que as pessoas reduzem um ou outro item, compram carro popular, mas não querem ir muito longe das restrições, de perder o conforto. Ele mesmo está incluído nesse círculo.
Obra Tempo e Maré (2004) de Simon Patterson
Solar começa com nosso protagonista em crise no seu casamento. Os dois estão separados, mas moram ainda na bela casa. Sua esposa está em um relacionamento com profissional hidráulico que fez a reforma em sua casa. Seu ex não entende como ela foi se apaixonar por um homem tão rude. Os dois encontram com quem se relacionam na própria casa. Ele fica sempre muito incomodado. Aos poucos ficamos sabendo que sua esposa traiu uma vez só, mas o marido inúmeras vezes, sete no mínimo.
Obra Mexilhões (2012) de Ansel Krut
Por que um urso polar na capa do livro? Nosso protagonista aceita então uma viagem com outros profissionais para analisarem o aquecimento global. Sim, o livro fala bastante do aquecimento da terra, do degelo. Todos acham incrível, mas ele só aceitou porque ficará em um navio com muito conforto, a viagem será curtíssima, com pouquíssimos passeios em campo. Ele finge para a classe científica que será uma grande viagem, muito importante, esconde a falsidade do evento. Na viagem, eles saem em carrinhos de andar no gelo, param pra olhar, quando ligam os motores o dele não liga, os outros seguem, ele fica, e o urso polar dá um tabefe nele.
Obra Metamorfoses (1966) de Bryan Organ
Nosso protagonista é desprezível demais e só piora. Ele faz algo medonho, comete um crime, mas consegue colocar a culpa em outro. Ian McEwan é sempre irônico. Na parte seguinte do livro, o físico é cruelmente perseguido baseado em uma armação e até ficamos com pena dele. O físico se prejudica por algo que não fez, mas consegue escapar de responder por algo muito mais grave que fez. Essa ironia constante do autor é que é sempre tão fascinante.
Assisti a Primeira Temporada da série Gran Hotel (2011) na MaisGlobosat. Vi no Now, em Séries. Algum amigo blogueiro falou muito bem dessa série, se avisar nos comentários darei os créditos. Aí quis ver. É muito bom mesmo. São 14 episódios e detestei o último. A questão de eu ter detestado é o fato de não ter sido o que eu desejava, mas continuou instigante. Ansiosa pelas duas outras temporadas que já estão disponíveis pelo controle remoto.
Um investigador fala o que eu vinha pensando, se alguém soubesse 10% o que acontecia no hotel não se hospedava lá. O Gran Hotel é um luxuoso hotel, com inúmeros funcionários e nenhum controle. Nem sei como funciona. Um funcionário sai e volta quando quer e ninguém percebe. Outros fazem o mesmo. Uma dada como morta aparece, trabalha e ninguém repara, é um descontrole total.
Mas fora essas licenças poéticas é muito. Belíssimo o local para as externas, incrível reconstituição de época, figurinos. Gente que não acaba mais. E uma edição ágil, instigante e eletrizante. Gostei muito. Um suspense e tanto. Não faltam segredos. A dona do hotel é interpretada por Adriana Ozores. A chefe dos serviços por Concha Velasco.
E que lindos os atores do casal protagonista, ela interpretada por Amaia Salamanca e ele por Yon Gonzáles. Ela é herdeira do Gran Hotel. Ele é um falso camareiro, foi visitar a irmã e começa a investigar sobre o que aconteceu com ela que desapareceu. Mas é um rapaz pobre. Ela sempre sonhou em estudar, seu pai sempre a incentivou. Mas o pai morre e ela é prometida em casamento com o diretor do hotel, interpretado por Pedro Alonso.
O elenco é enorme: Llorenç González, Marta Larralde, Manuel de Blas, Fele Martínez, Pep Anton Munõz, Antonio Reyez, Eloi Azorín, Luz Valdenebro, Paula Prendes e Ivan Moráles.