sábado, 9 de janeiro de 2010

Dalva e Herivelto

Assisti Dalva e Herivelto (2010) de Maria Adelaide Amaral na TV Globo. A direção é de Dennis Carvalho. Queria muito ver essa mini-série, gosto muito de histórias de grandes artistas brasileiros e embora conhecesse muito as belíssimas canções do Herivelto Martins e algumas interpretações da Dalva de Oliveira, pouco conhecia a história.

Dalva de Oliveira era de origem humilde, quando conheceu Herivelto é que ingressou no Trio de Ouro e começaram a fazer sucesso. Também era uma época muito promissora para grandes cantores, a era do rádio, dos cassinos. A
reprodução de época da mini-série estava majestosa. Tinha estranhado que o Herivelto chamava a Dalva de neguinha e fui procurar fotos e levei um susto com a caracterização da Adriana Esteves, idêntica. Os trejeitos já me surpreendiam, havia um jeito de cantar, um jeito de interpretar muito da época e ela estava impecável. Fábio Assunção também está excelente. É muito triste a separação do casal, além de ser barulhenta como foi a relação, eles ainda se deixaram usar pela mídia e gravadoras que gostavam do embate musical que faziam. Herivelto é o que mais foi influenciado.
Ele descobriu na época da separação que a Dalva o traiu, embora ele tenha traído ela sistematicamente, até na casa deles, o rancor que ele adquiriu por descobrir que ela também traiu no final da relação beira o insuportável. A atitude dele só ajudou o talento de Dalva, que ganhou fãs e apoiadores. Ele passou a se incomodar profundamente com o sucesso que ela faz. Ele acreditava que ela não iria sobreviver musicalmente sem ele e sem o Trio de Ouro e fica com muita raiva que ela faz muito sucesso, inclusive internacional.

Concordo quando o Fábio Assunção diz que para entender o Herivelto precisamos entender o período. Ele era muito mulherengo, mas também devia ser muito assediado quando começou a fazer sucesso. Muitas cantoras que queriam o estrelato deviam assediá-lo. Nada justifica ele se envolver com a maioria, mas concordo que para um homem que ascendeu financeiramente, devia ser um deslumbramento ser procurado por tantas belas mulheres. E enquanto o Fábio Assunção é belíssimo, o Herivelto não era tão estonteante assim. A Dalva e o Herivelto tinham um relacionamento muito conturbado, cheio de ciúmes e brigas. Depois ele se apaixonou por uma aeromoça e foi viver com ela. Dalva desgostosa, se viciou em bebidas o que acabou matando-a muito jovem. Achei lindo o relacionamento que ela teve com um barman, seu último amor. Até brigaram bastante no começo, mas a maturidade trouxe a serenidade e parece que foram muito felizes.

O elenco é excelente, mas apesar dos negros terem papel de destaque, tanto nos créditos como no site seus nomes ficam em segundo plano e próximos dos que tiveram participações. O ator negro que interpreta o integrante do trio de ouro é Maurício Xavier. Adoro o ator que interpretou o Grande Otelo, Nando Cunha, eu já tinha adorado o trabalho dele em Desejo Proibido, apesar dele ser bastante alto, a caracterização e a interpretação foi idêntica. A atriz que interpreta a mãe da Dalva é Denise Weinberg. A Lurdes é interpretada pela Maria Fernanda Cândido. Os filhos da Dalva adultos são interpretados por Thiago Fragoso e Thiago Mendonça e a amiga por Leona Cavalli. O Ricky Valdez é interpretado por Pablo Belini. O barman Dorival por Leonardo Carvalho. Fernando Eiras faz Francisco Alves, Claúdia Netto faz Linda Batista, Soraya Ravenle, Emilinha Borba e Fafy Siqueira, Dercy Gonçalves. Outros do elenco são: Jackson Costa, Yaçanã Martins, Mayara Neiva, Jandir Ferrari, llen Roche, Emílio de Mello, Janaína Prado, Adriana Sales, Fernanda Curi, Luciana Fregolente e Susana Ribeiro.



Youtube:

Youtube: Dalva de Oliveira canta "Estrela do Mar" (1952)





Beijos,

Pedrita

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Como Fazer Um Filme de Amor

Assisti Como Fazer Um Filme de Amor (2004) de José Roberto Torero no Canal Brasil. Minha família comigo essa divertida comédia. Minha mãe já tinha visto várias vezes e já antecipava alguns momentos engraçados. Paulo José narra como é a confecção de uma comédia romântica de forma sarcástica e irônica. No final inclusive, ele diz que, apesar de nós já conhecermos os truques, vamos continuar correndo aos cinemas e assistindo a esse gênero. Denise Fraga é a nossa mocinha, o mocinho é o Cássio Gabus Mendes. Marisa Orth é a vilã amparada pelo seu servo apaixonado o hilário André Abjumra. Nos divertimos muito! Há muitas tiradas engraçadas.

O elenco todo é muito bom. A mãe da mocinha é interpretada pela excelente Ana Lúcia Torre que faz uma cega. O mordomo do mocinho é o ótimo Abrhão Farc. É hilário que alguns atores fazem vários personagens, o ótimo José Rubens Chachá faz um caixa de banco e taxista e o divertido Wagner Molina é outro que aparece em vários papéis.



Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Viva Maria!


Assisti Viva Maria! (1965) de Louis Malle no Telecine Cult. Quando vi que um filme do Malle ia passar na programação corri pra ver. E me surpreendi! Não é o Malle que conheço, mas um filme inventivo, diferente, onde Jeanne Moreau e Brigite Bardot contracenam e brilham. Começa com uma criança que será a personagem da Brigite Bardot adulta. Ela ajuda o pai em ataques terroristas contra os ingleses. Ela e o pai são irlandeses. Na vida adulta o pai é pego e ela foge, acaba se escondendo no circo onde a personagem de Jeanne Moreau trabalha e começam a fazer duplas. Viva Maria! é muito engraçado, sarcástico e as duas estão belíssimas!

Viva Maria! faz várias críticas a sistemas de governo, a igreja. Ainda está no elenco o belo George Hamilton.



Youtube: Viva Maria! 1965 Louis Malle trailer


Beijos,

Pedrita

domingo, 3 de janeiro de 2010

Mamma Mia!

Assisti Mamma Mia! (2008) de Phyllida Loyd no Telecine Premium. O 007 e a Marion insistiam muito que eu visse esse filme, nunca tive muita vontade de ver, um dos fatores porque não gosto das canções do ABBA que estão no filme todo e outra porque tinha adorado o filme que deu origem a esse roteiro e não queria me decepcionar. O roteiro veio do filme que vi Buona Sra. Mrs Campbell e foi transformado em musical. Fez muito sucesso nos palcos e adaptaram para o cinema. Morria de medo de detestar. Mas foi ao contrário, gostei. É uma comédia romântica leve, com ótimo desempenho da maravilhosa Meryl Streep. E o 007 tem razão, canta muito bem a menina que faz a filha da personagem da Meryl Streep, Amanda Seyfried. O que mais gostei é da leveza do filme, todos são alegres, vivem bem a vida, descomplicados. A fotografia de Haris Zambarloukos também é majestadosa, belíssimas as cenas na Grécia.

As duas têm duas amigas inse-paráveis. Pena que as duas amigas da filha mal apareçam. Todas vivem de forma alegre, de bem com vida, são bem sucedidas, batalhadoras e felizes. Gostei quando a mãe canta com as amigas e leva todas as mulheres pra dançar juntas, não importa como sejam, quebrando muitos tabus. Gosto dos atores que fazem o possível pai da moça: Colin Firth, Pierce Brosnan e Stellan Slarsgard. Adorei as atrizes que fazem as amigas da mãe: Julie Walters e Christine Barankis. Bonitinho o rapaz que faz o noivo da moça, Dominic Cooper. Pierce Brosnan é o único que canta bem mal, tanto que usaram o recurso de entrar o coral para disfarçar, ele está nitidamente desconfortável, mas ele faz um belo par romântico com a personagem da Meryl Streep. Todos os outros estão ótimos. Na hora dos letreiros é muito engraçado todos participando do show. Hilário!
Youtube: The New Mamma Mia! Trailer


Beijos,

Pedrita