sábado, 10 de janeiro de 2015

Eu sou Malala

Terminei de ler Eu sou Malala (2013) de Malala Yousafzai da Companhia das Letras. O livro foi escrito com apoio de Christina Lamb e tem um subtítulo que o resume bem: "A história da garota que defendeu o direito a educação e foi baleada". Ela defendeu mais especificamente o direito a educação das meninas, já que no Paquistão as meninas não podem estudar e também nas religiões fanáticas muçulmanas. Muito antes da Malala ganhar o Prêmio Nobel da Paz eu já queria ler esse livro e intensificou a minha vontade após o post de novembro do ano passado da Marion. Conversando com um amigo ele disse que é difícil compreender a cultura desses países que temos pouco contato. Eu disse que é por esse motivo que prefiro ler livros escritos por pessoas que vivem nesses países. Malala conta como era o seu país, as tradições do seu país, de forma simples, ela conta como eram os costumes.

No livro fica compreensível porque Malala sempre achou importante estudar, filha de uma geração de professores, seu pai fundou escolas e sempre mostrou a importância do conhecimento. Apesar de no Brasil ter liberdade para o estudo, esse livro mostra o quanto estudar pode ser reformador e o quanto esse livro é necessário no Brasil para mostrar a importância de estudar e tentar mudar o mundo. Poucas profissões são almejadas por mulheres no Paquistão. A maioria das amigas de Malala queria ser médicas, mas Malala queria ser política.

Seu pai era gago na infância, então resolveu ser orador e se tornou um grande orador, fazendo vários discursos contra o Talibã que explodia escolas, matava crianças. Que foi o fanatismo do Talibã que exigiu as barbas longas, a burca, que perseguia e matava pessoas, inclusive crianças por pensarem diferente. Malala tinha o pai como ídolo e desde pequena discursava. Também no Paquistão, as meninas quando ficam mais adolescentes não podem mais se apresentar em público. Então aos 12 anos, quando ainda podia falar, foi estimulada a discursar a favor da educação. Passou assim a ser alvo dos fanáticos que um dia atiraram nela. Sempre fico pensando que religião é essa que estimula pessoas a atirarem em outras, matarem crianças, tudo em nome de um Deus. A própria Malala que é muçulmana, sempre pregou a sua fé, fala o tempo todo no livro da existência de um Deus, diz que no Corão não há nada que fala de matar o outro pela fé.



Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Gravidade

Assisti Gravidade (2013) de Alfonso Cuarón na HBO. Eu só soube desse filme quando falavam nos indicados ao Oscar. Gravidade ganhou muitos prêmios, inclusive vários Oscars. Eu gosto demais da Sandra Bullock, então quis ver. É muito bom, muito bem realizado.

Começa com três astronautas trabalhando flutuando no espaço. dois são interpretados por Sandra Bullock e George Clooney. Eles ouvem que um acidente está levando em alta velocidade fragmentos, mas que esses astronautas não estão na rota desses destroços. Até que começam a avisar que abortem a missão porque os destroços estão vindo. Os fragmentos os atingem. O personagem do George Clooney é o responsável por cuidar dos astronautas, Sandra Bullock é responsável pelos consertos.

Os dois partem então na tentativa de chegar em estações que os possam levar de volta a terra. O oxigênio da personagem da Sandra Bullock está acabando. É impressionante como Gravidade é bem realizado. E ela está realmente incrível. A voz que eles falam na terra é do Ed Harris. Mas eles falam pouco tempo, logo ficam incomunicáveis. Gravidade ganhou Oscar de Melhor Fotografia, Direção, Edição, Canção, Som, Mixagem e Efeitos Visuais. A lista de prêmios em vários festivais é enorme.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Esse Viver Ninguém Me Tira

Assisti ao documentário Esse Viver Ninguém Me Tira (2014) de Caco Ciocler no Arte 1. Eu soube sobre esse documentário no facebook, Meus amigos comentavam que logo mais começaria e quis ver, só que esse logo mais não aconteceu. O próprio Arte 1 noticiava em sua página, mas o documentário não começava. Por sorte mais de uma hora depois começou e consegui ver. O canal se desculpou na página deles e disse que avisará quando vai passar novamente.

O documentário conta um pouco a história de Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, principalmente antes de ser a segunda esposa de Guimarães Rosa. Mais uma dessas mulheres "anônimas" que tanto fizeram pela humanidade. Ela vivia no Nordeste, quando seu filho tinha 5 anos, se separou e resolveu ir para a Alemanha. Inicialmente ficou na casa de uma tia e foi procurar emprego. Acabou indo trabalhar no período da Segunda Guerra no Consulado e lá conseguiu silenciosamente ter assinaturas de vários vistos a brasileiros judeus para que saíssem do país. Só era mais fácil um mês do ano, quando Guimarães Rosa substituía o Consul, mas nos outros meses do ano ela e seu filho corriam sérios riscos de vida se fossem descobertos na manobra.

Caco Ciocler faz um belo documentário e um grande trabalho de pesquisa. Há em um instituto os diários de Aracy, algumas pessoas conheceram, não foi uma pesquisa fácil. Depois de um ano ele descobre que sua família a conhecia. Uma entrevistada conta que Aracy se arriscava pelas pessoas, que na ditadura, de volta ao Brasil, escondeu em sua casa Geraldo Vandré. Era uma mulher sem medo. Uma entrevistada disse que ouviu na praia umas pessoas dizendo que não tinham conseguido agradecer suficiente a Aracy. Ela foi então pesquisar, visitou duas vezes Israel para ver se Aracy fosse reconhecida. Conseguiu 7 depoimentos de pessoas que ela ajudou e o reconhecimento surgiu.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Tron

Assisti Tron (1982) de Steven Lisberger no Telecine Cult. Sempre quis ver esse filme, não sei se é mais um da série "Todo mundo viu menos eu". Gostei muito. Em uma época que os computadores tinham poucos recursos, criaram um filme muito bem feito e com um ótimo roteiro.

No início o filme trata de um tema muito atual. O protagonista  criou quatro jogos em uma empresa, o diretor registrou como dele e ficou rico. O rapaz foi afastado. Ele quer retornar a empresa para mudar o registro no computador e ter os direitos autorais corretamente.

Na empresa um deles é colocado dentro do sistema pelo próprio computador já com vida própria. Começam então cenas futuristas em sistemas bem antigos dos atuais. Muito bem feito. Jeff Bridges é um dos rapazes. Alguns outros do elenco são: Bruce Boxleitner, Cindy Morgan, Barnard Hughes e David Warner.
Beijos,
Pedrita