sábado, 23 de setembro de 2023

Socrates em Formato Oratória

Assisti ao espetáculo Sócrates em Formato Oratória de Dinah Perry no CaixoteBar. Me emocionei muito! Livremente inspirado nas ideias de Sócrates, Dinah traz os textos pra a atualidade, com músicas, poemas, ideais próprias. Constrói a trama com muita poesia, energia e criatividade.

Foto de William Mazaar

Excelente dançarina e coreógrafa, os movimentos corporais sempre me impressionam, quanta precisão! Nos textos, Dinah falou de segregação, amor e terminou com uma ode à liberdade! Foi lindo! Domingo é a última apresentação!

Eu fiquei encantada com o teatro do CaixoteBar. Eles promovem karokês lá. Aconchegante, tem uma decoração inspiradora e bom som. Adorei! Eu queria muito mais peças por lá!

O vídeo é de outro espetáculo de Dinah Perry. O outro é uma música que ela coloca para o público em meio aos textos.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

M3gan

Assisti M3gan (2022) de Gerard Johnstone no TelecinePlay. Eu amo fantasminhas, mas tenho paixão por bonequinhas. A diferença é que os fantasminhas em geral são usados pra contar traumas da infância. Já as bonequinhas que ganham vida e ficam macabras me dão muito medo, porque não acho que sejam tão impossíveis de existir. Desde Hal de 2001 eu tenho bastante medo da tecnologia enclausurar os humanos e mandar neles.

Eu gostei bastante do roteiro de Akela Cooper e James Wan de M3gan. Uma criança sofre acidente com os pais e fica órfã. A tia assume a guarda. A tia é uma mega ultra cientista. Ela fez um bonequinho que a sobrinha amava e está desenvolvendo o protótipo da M3gan. Super ocupada, ela acha que o protótipo possa fazer companhia a sobrinha. O filme fala da maternidade forçada, de quem não quis ter filho e tem que lidar com uma criança. Sim, a tia de fato errou tentando acertar. E sim, ela queria mais tempo pras pesquisas e terceirizou parte dos cuidados com a sobrinha. Não deve ter sido fácil lidar com uma sobrinha em depressão pela morte dos pais, mudança de vida. Nenhuma das duas sabiam lidar com essas questões. Uma graça a Violet McGraw. A tia é interpretada por Allisson Williams. Emociona quando a tia vê uma fala gravada da sobrinha para a apresentação de M3gan no mercado e finalmente entende o que a garota precisa. Vai até ela, fica olho no olho e conversa de fato com a jovem, escuta, ouve, fala, é um momento muito bonito.
A boneca precisava ser emparelhada com a sua tutora. Então M3gan passa a adivinhar tudo o que a menina precisa e cria uma codependência muito perigosa. Incrível como esse filme fala de psicologia. M3gan é interpretada por bonequinhas, várias, efeitos e pela Amie Donald. Interessante que essa atriz é uma grande dançarina.
Claro que a bonequinha pra lá de fofa começa a ficar muito, mas muito perigosa. Eu tive até dificuldade de continuar a ver. Passei a ver picadinho. Por sorte não mostraram o cachorrinho sofrendo, tenho pavor de bichinho sofrendo. Tinha momentos de terror, mas até que não exageraram no que mostravam, mas era apavorante. E claro, pode ter continuação. Alguém duvidava?

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Quarteto Vida em Pauta

Fui ao concerto do Quarteto Vida em Pauta no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas. Foi no hall de entrada. Estava lotado. Tinha até pessoas pelas escadas, médicos, profissionais, pacientes. É um belo prédio antigo com mármores, pé direito alto. A acústica do local levava a música para vários andares, então as pessoas iam aparecendo, foi emocionante. 

Dentro da pesquisa realizada pelo projeto Vida em Pauta, eles tocaram obras de Mozart e Vivaldi que proporcionam calma e paz.

Programa

Antonio Vivaldi  

Concerto em Lá M RV 158 (Allegro Molto, Andante Molto e Allegro)

Concerto em Sol minore RV 156 (Allegro, Adagio e Allegro)

Concerto em Do M para cordas RV116  (Allegro, Affettuoso e Presto)

Wolfgang Amadeus Mozart – Ave Verum 

O vídeo é do Quinteto Vida em Pauta que comentei aqui. E o outro o institucional do projeto.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Musical Dominguinhos

Assisti ao musical Dominguinhos no Teatro Bravos. Queria muito ver esse espetáculo desde que vi notícias que estava em cartaz no Rio de Janeiro. Fiquei muito feliz que veio pra São Paulo. A direção é de Gabriel Fontes Paiva, direção musical de Myriam Taubkin e dramaturgia de Silvia Gomes.

A lembrança que eu tinha do Dominguinhos era essa mais recente. Sabia que ele tinha sido um grande compositor e intérprete, que tinha tocado com grandes artistas, mas tudo muito vago.

Na infância Dominguinhos conheceu Luiz Gonzaga que o ajudou financeiramente. No adolescência ele procurou Luiz Gonzaga e passou a tocar com ele. Gostei muito do musical, é música que não acaba mais com ótimos músicos, muitos instrumentos: Cosme Vieira, Hugo Linns, Jam da Silva, Fitti, Wilson Feitosa Zé Pitoco. Liv Moraes, que está no elenco, é filha de Dominguinhos com Guadalupe, outra cantora que fazia parceria com o músico.

Eu vi o excelente trabalho da Fitti naquela série musical maravilhosa Só Se For Por Amor. E fiquei surpresa que ela interpreta Anastácia que nunca tinha ouvido falar. 

Foto de Priscila Prade
Anastácia é o nome profissional de Lucinete Ferreira, hoje com 82 anos. Grande compositora que eu desconhecia por completo, compôs inúmeras obras, várias muito conhecidas e muitas com Dominguinhos, como a famosíssima De Volta para o meu Aconchego. Eles foram casados de 1967 a 1978. Viajaram tocando, cantando e compondo loucamente. Ela é letrista de mão cheia e ele fazia melodias lindas com suas letras. Tem vídeos no Youtube, a discografia dela no Spotify e várias obras cantadas por grandes intérpretes.
Inesquecível a interpretação de Fitti para a lindíssima canção Contrato de Separação de 1979. Dominguinhos tocou com Gilberto Gil, Elba Ramalho, Toquinho e inúmeros grandes artistas, além de sua carreira solo primorosa. Suas músicas foram eternizadas por vários intérpretes. Gostei muito de conhecer um pouco mais de Dominguinhos.




Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Chic Show

Assisti ao documentário Chic Show (2023) de Felipe Giuntini e Emilio Domingos na GloboPlay.  O roteiro é de Milena Manfredini. Eu tinha visto uma matéria sobre esse filme. Fui correndo quando estreou na GloboPlay. É sobre um dos bailes mais badalados de São Paulo. Que fascinante!


 

Luizão foi a um baile. Viu a mãe do organizador com uma caixa de papelão cheia de dinheiro, percebeu que o negócio dava dinheiro. Passou o baile vendo o que precisava, as caixas de som, a infraestrutura. Luizão é um grande homem de negócios. Alugou uma casa na Vila Madalena e passou a trabalhar com seus irmãos.

O documentário mostra toda a cadeia econômica dos eventos. As pessoas se preparavam antes, figurino, cabelo. Conversaram com cabeleireiros, DJs, músicos. Começou a lotar tanto que a Chic Show seguiu para o Palmeiras. Nos shows vieram Jorge Benjor, Sandra de Sá, Gilberto Gil, Tim Maia. Sandra de Sá contou que quando iam chegando no baile, estava um engarrafamento danado, e disseram que era o congestionamento da Chic Show.

O primeiro show internacional foi do maravilhoso James Brown, depois vieram outros como Earth Wind & FireKurtis Blow e Betty Wright . Chegaram a ter mais de 20 mil pessoas no local.
Fiquei impressionada com a quantidade de imagens, fotos, vídeos, quanto material. 

As filipetas dos eventos, os inúmeros cartazes pela cidade. Era uma produção e tanto!

Aos poucos o rap começou a dominar o lugar apesar da resistência. Os últimos grupos a participar dos bailes foram os grupos de pagode. E a marca Chic Show expandiu seus negócios para rádio e gravadora.


Beijos,

Pedrita