sexta-feira, 25 de março de 2016

Mr. Turner

Assisti Mr. Turner (2014) de Mike Leigh no Max. Uma vez zapeando vi que era um filme de época. Fiquei prestando atenção quando passaria de novo para gravar. Só depois assistindo é que descobri que é um filmes sobre o pintor William Turner. Que obra de arte o filme, as pinturas, a direção, as interpretações. Magnífico!

Timothy Spall está impressionante como William Turner. Esse pintor era muito, mas muito reservado. Vivia com o pai que era barbeiro e uma empregada. Fazia várias viagens, ficava tempos fora, analisando a natureza para as suas pinturas.

O capricho desse filme com a reconstituição de época é estarrecedora. Eu sou fã de filmes de época, fico imaginando a dificuldade de transformar lugares atuais, com tanta tecnologia em locais sem energia elétrica, sem calçamento. Os pintores se encontravam e expunham em uma academia. É fascinante ver esses encontros. Alguns pintores ainda trabalhando no local, suas conversas. Os pintores ficavam muito irritados quando algumas de suas obras iam para a ante-sala, onde eram enviadas obras que achavam menos expressivas. Alguns pintores foram interpretados por Tom Edden, Mark Stanley, Clive Francis, Robert Portal, Simon Chandler, Roger Ashton-Griffitts e James Fleet.

William Turner tinha muita dificuldade de demonstrar os seus sentimentos. Escondia que já tinha sido casado, que tinha filhas. Relatava pouco de suas viagens. Quando seu pai morre ele acaba viajando constantemente para se relacionar com uma dona de um pequeno hotel do porto. Ela se muda para uma casa na cidade que ele vivia e ele passa longos períodos lá. Mas não avisa ninguém. Reservado demais ele escondia inclusive quem era, dizia que era oficial de justiça e dava outro nome. William Turner morreu jovem, tinha problemas de coração. Ficou muito doente nessa casa que ninguém sabia onde era, sua empregada que acaba descobrindo a casa e o seu paradeiro, mas pelo filme mantém o sigilo. A empregada foi interpretada por Dorothy Atkinson. O pai por Paul Jeeson.

Muitos filmes de época atuais tentam limpar as cenas, escolher atrizes que hoje são consideradas bonitas, excessivamente magras. Gostei demais que em Mr. Turner tentaram ser o mais fidedigno a esse período. Pessoas com o que era belo na época, mais roliças, cabelos que hoje parecem enfeiar, e era o que definiam como bonito na época. A dona do hotel foi interpretada por Marion Bailey. A primeira esposa por Ruth SheenTimothy Spall ganhou Prêmio de Melhor Ator em Cannes e em outros vários festivais, realmente ele está incrível.

Obra The Fighting Temeraire (1839) de William Turner

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 24 de março de 2016

Recital com os vencedores do Concurso de Interpretação Pianística da Obra de Osvaldo Lacerda

Fui ao recital com os vencedores do Concurso de Interpretação Pianística da Obra de Osvaldo Lacerda do Centro de Música Brasileira no Centro Brasileiro Britânico. Foi um lindo recital com os três finalistas do concurso. Começou com a pianista da Paraíba Isabella Perazzo que ganhou terceiro lugar. Que leveza, que interpretação, que segurança, gostei demais.

Programa:

Osvaldo Lacerda - Brasiliana nº 7
- Samba
- Valsa
 - Pregão
- Arrasta-Pé

Estudo nº 7

J. A. Kaplan – Sonata:
- Allegro enérgico
- Scherzo - Presto
- Lento / Livremente, quase cadenza
- Alla Toccata

Depois tocou o pianista que ganhou segundo lugar, Lucas Thomazinho, belo repertório.

Programa:

Osvaldo  Lacerda - Ponteio nº 1
Ponteio nº 4
Variações sobre 'Mulher Rendeira'

Carlos Gomes - Grande Valsa de Bravura

Por último tocou Lucas Santos Gonçalves que ganhou primeiro lugar, excelente pianista, merecidíssimo.

Osvaldo Lacerda - Brasiliana nº1:
- Dobrado
- Modinha
- Mazurca
- Marcha Rancho

Valsa nº1

Brasiliana nº2:
- Romance
 - Chote
 - Moda
- Côco
Heitor Villa-Lobos - Choros nº 5 "Alma Brasileira"
Francisco Mignone - Serenata Humorística
Foi um belíssimo recital com excelentes pianistas e belo repertório. E melhor ainda, de graça.

Não achei vídeo com a Isabella Perazzo.


Beijos,
Pedrita

terça-feira, 22 de março de 2016

Teorema Zero

Assisti Teorema Zero (2013) de Terry Gilliam no TelecinePlay. Um dia desses eu vi uma chamada desse filme no Telecine e alucinei, quando vi que era do Terry Gilliam com o maravilhoso Christoph Waltz, enlouqueci novamente. E finalmente vi o filme disponível no TelecinePlay. O roteiro é de Path Rushin. E que deleite e que genialidade, quanta loucura. Gênio!

E para o que serve tanta loucura? Por que gostei tanto se o final é incompreensível? Essa é a genialidade do filme. No surreal, no fantástico, escancarar nossas loucuras, os dias de hoje. Todos querem ter, querem possuir. Trabalham em seus cubículos, em games, sem se comunicarem. Vão a festas, mas não interagem, cada um com seu fone de ouvido, seu celular em mundos paralelos. E possuir pra que se nada é real? A moça que ele conhece é interpretada por Melánie Thierry.

O protagonista quer autorização para trabalhar em casa porque aguarda um telefonema. Esse é um dos segredos do filme e esse é revelado. Ele consegue a autorização e a casa dele ganha inúmeras câmeras para ser vigiado incessantemente. Tudo é vigiado, o tempo todo querem que eles comprem algo. Os cenários são fantásticos nos dois sentidos da palavra. Em um determinado momento as paisagens lembraram muito a artificialidade do extinto Second Life.

David Thewlis está no elenco. Tilda Swinton é a psicóloga virtual. O garoto é interpretado por Lucas Hedges. Ainda no elenco: Gwendoline Christie, Ben Whishaw, Peter Stormare, Lily Cole e Sanjeev Bhaskar.


Matt Damon faz uma pequena participação, é o dono da empresa, patrão do protagonista. Teorema Zero ganhou prêmio especial no Festival de Veneza para filmes futuristas.


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sobrenatural: A Origem

Assisti Sobrenatural: A Origem (2015) de Leigh Whannell na HBO On Demand. A HBO me pregou uma peça ontem, vendo os pouquíssimos filmes disponíveis, achei esse. Concordam? A Origem é o primeiro, mas não, eu vi o Insidious: Capítulo 3. Pode? Coisa de Brasil. Agora quero ver os outros, mas fiquei com muita raiva que vi o terceiro desavisadamente. E o HBO On Demand tem seleção de preguiçoso, só 51 filmes disponíveis, raramente mudam. O TelecinePlay é fantástico, não só muitos filmes como divididos por categorias.

De qualquer forma eu adorei Insidious: Chapter 3. O diretor é australiano. Adoro o gênero. Uma menina começa procurando uma mulher que fala com mortos, essa  mulher não aceita, não faz mais, mas conversa vai, conversa vem, aceita e avisa a menina que se ela fizer contato com os espíritos outros podem falar com ela. Depois achei que o filme ia enrolar, ela está sentada na calçada com a amiga e levei um susto, segundos depois acontece um assustador acidente e tudo passa a ser assustador. A menina é interpretada pela lindinha Stefanie Scott.

E a senhora por Lin Shaye, gosto desse atriz. O ritmo do filme é ótimo, bem tenso, assustei várias vezes, o roteiro é bem editado, gostei muito. O pai chato da menina é interpretado por Dermoty Mulroney. Gostei que os fatos sobrenaturais realmente alteram onde as pessoas estão. Ela acorda no quarto do andar de cima, no corredor em outro andar. E é real. Aumenta muito a tensão perceber que os sobrenaturais conseguem alterar os movimentos das pessoas. Muito bacana a senhora que ajuda a menina interpretada por Phyllis Applegate. Ela mora no mesmo prédio que a menina, está com demência, mas com a menina fala, e fala muito orientando-a. O marido é interpretado por Jeris Poindexter. Lindo casal, linda a história de amor deles. Adoro esse gênero de filmes que coloca pessoas que estão aparentemente fora do ar por alguma doença, mas que são sensitivas e se comunicam em outro plano. É muito esperançoso.


Beijos,
Pedrita