sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Diana

Assisti ao monólogo Diana do Ágora Teatro na sede do grupo Refinaria Teatral. O texto e atuação é do grande Celso Frateschi, que interpretação. A direção é de Rudifram Pompeo. Um homem vai aos poucos contando a sua história, parece estar um pouco confuso. Professor de idiomas é casado há 25 anos com uma professora.

As fotos são de Edson Kumasaka

O personagem nos conta que ele resistiu as tentações por 25 anos, mas que sua esposa não. Ele vai morar no Largo do Arouche onde se apaixona por Diana, uma estátua dourada. Ele não sabe direito o que aconteceu e porque está naquele lugar minúsculo. Entendemos que o levaram pra interrogá-lo e o torturam violentamente. Triste história. Diana foi contemplado pela Lei Zé Renato e o projeto determina que a peça deva ir a outros espaços gratuitamente. Hoje ainda tem mais uma apresentação gratuita. Deve ir para outros espaços.

O vídeo é de outro espetáculo.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

O Homem do Prego

Assisti O Homem do Prego (1964) de Sidney Lumet no Telecine Cult. É baseado no livro de Edward Lewis Wallant. Que texto impressionante! Que atuação contundente de Rod Steiger! Que fotografia! Que locações!

Sim, nosso protagonista é o Homem do Prego. Começa em um parque, com uma fotografia majestosa. Uma linda família, avós, crianças e uma esposa deslumbrante, em um parque. Só música! E são lembranças do Homem do Prego. As lembranças chegam cortadas, trechos, então pouco sabemos o que aconteceu e vamos juntando o quebra-cabeça. Em que momento esse homem tornou-se esse ranzinza, grosseiro e insensível?

Há uma sucessão de personagens que vão empenhar os seus bens. Todos deprimentes. É um filme bem pessimista. Ficamos sabendo então que o Homem do Prego é judeu, esteve em um campo de concentração com toda a sua família e foi o único que sobreviveu. Muitos diálogos falam da culpa desse homem em ter sobrevivido aos seus.

Seu assistente (Jaime Sánchez) vivia no crime e quer ser honesto agora. Tem admiração pelo Homem do Prego e quer aprender tudo para ter o seu próprio negócio. Belíssima sua namorada (Thelma Oliver)!  O filme todo é muito ousado. Alguns outros do elenco são: Marketa Kimbrell, Geraldine Fitzgerald, Eusebia Cosme, Brock Peters, Charles Dierkop, Raymond ST. Jacques, Juano Hernandez e Linda Geiser. A trilha sonora é do genial Quincy Jones.

Beijos,
Pedrita

domingo, 27 de outubro de 2019

Hereditário

Assisti Hereditário (2018) de Ari Aster na HBOGo. Que filme complexo! Difícil! A parte psicológica é de muita profundidade. Sempre fico pensando se psicólogos assistem esses filmes que não são fáceis. Nem todo mundo tem estômago para filmes de terror, mas na questão psicológica eles são muito profundos, entram no obscuro das almas, das neuroses, celeiros para pensamentos controversos. Esse é impactante demais!

O filme já começa impressionante. Mostra uma casa, segue para outra casa em miniatura, que ganha vida e vira a casa do filme. É sobre uma família disfuncional. Tem toda a parte macabra, mas dá perfeitamente para abstrair do irreal e olhar o real, quanta perversidade dessa família. Começa na morte da avó. Ela vivia em um asilo já que tinha ficado sem memória. A filha faz miniaturas e está montando o quarto do hospital com a mãe miniatura na cama, o médico. Mórbido demais! 
A mãe diz que se arrepende de ter deixado a filha desde bebê aos cuidados da mãe dela. A menina tem sérios problemas de socialização. 

Ela tem outro filho mais velho, adolescente. Essa mãe desatinada insiste que ele leve a irmã menor em uma festa de adolescentes que ele quer ir. Total falta de noção. Adolescentes em grupo não tem o grau de responsabilidade de um adulto. Deixar outra menina ir, expor a menina, é absurdo e pior, uma menina com tanta dificuldade de comunicação. Tudo dá muito, mas muito errado. A série de acontecimentos após isso beiram o insuportável, mas a família já era insuportável e muito desajustada antes.
Além do filme ter um roteiro de grande profundidade psicológica, tem um elenco que impressiona, com atuações contundentes. Toni Collette está insuportável como essa mãe desequilibrada e má, que mulher horrorosa, ninguém merece uma mãe como essa. O pai, Gabriel Byrne, irrita também pela passividade de ver todas as loucuras da mulher e ser incapaz de interagir ou ajudar seus filhos. As miniaturas da mãe são absurdas demais em desequilíbrio. A menina que faz a filha atua demais também e é interpretada por Milly Shapiro. O irmão, Alex Wolff, está impressionante também. Ainda no elenco: Ann Dowd e Mallory Bechtel.

Beijos,
Pedrita