quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

As Sufragistas

Assisti no cinema As Sufragistas (2015) de Sarah Gravon. O roteiro é de Abi Mogan. Eu vi matérias falando da estreia desse filme e quis muito ver. Foi muito difícil achar um cinema que passasse esse filme. A senhora que sentou ao meu lado reclamou da mesma dificuldade. Sabia pouco das Sufragistas, mulheres que lutaram pelos direitos ao voto no início do século XX. O filme escolhe descrever a história de uma operária inglesa para mostrar esse movimento. É pelos olhos dessa operária que vemos as movimentações das sufragistas. Elas lutaram inicialmente pacificamente pelo direito ao voto, mas a forte repressão e a insucesso, fizeram elas chamarem a atenção de outras formas.

Em vários momentos elas acham que vão conseguir o direito ao voto. Em um momento as mulheres vão dar os depoimentos, as que tinham coragem, porque sofriam muitas discriminação ou mesmo represálias por se posicionaram. Quando vão todas juntas ouvir o resultado descobrem que não, que continuam impedidas de votar. E elas são brutalmente espancadas pelos policiais. Elas usavam condecorações de quantas vezes tinham sido presas. Nas prisões faziam greves de fome, mas como os oficiais não queriam mártires faziam absurdos para que elas aceitassem alimentos. 

A personagem da Carey Mulligan representou as operárias. Em seu depoimento ela relata essas mulheres que trabalhavam desde muito cedo lavando roupas. Aos 7 trabalhavam meio período, aos 12 passavam a trabalhar período integral. Pela insalubridade do serviço, sempre na umidade, essas operárias viviam muito pouco. O elenco é grande: Grace Stottor, Brendam Gleeson, Romola Garai, Ben Whishaw e Shelley Longworth. O filho da operária é interpretada pelo fofo Adam Michael Dodd

Helena Bonham-Carter interpreta uma farmacêutica, ela queria ser médica mas por ser mulher não conseguiu. Ela deu continuidade a botica do seu pai. Meryl Streep faz uma pequena participação interpretando uma líder sufragista Emmeline Pankhurst, que vivia na clandestinidade porque era perseguida pelos policiais para ser presa.

O filme relata um fato histórico muito determinante na causa. Uma sufragista, querendo chamar a atenção do rei, entra no meio de uma corrida de cavalos e é morta pisoteada. Só aí que as sufragistas conseguem destaques nos jornais. Até então a mídia raramente dava alguma nota. É quando acontece uma enorme passeata no cortejo fúnebre dessas sufragistas e é quando muitas outras mulheres aderem ao movimento e todas de branco com a faixa negra no braço. O filme termina nesse momento com imagens históricas. Logo depois as sufragistas inglesas conseguiram o direito ao voto. E vem uma lista dos anos que as mulheres puderam votar nos países. O Brasil veio antes da França. A maioria deu o direito ao voto nesse período quando mulheres do mundo todo lutavam pelo direito de votar. Fiquei chocada de descobrir que a Suíça só permitiu o voto da mulher na década de 70, perdi a vontade de conhecer esse país.

Beijos,
Pedrita

20 comentários:

  1. esse filme me interessa. e vou tentar assisti-lo. a suíça é o único país do mundo que faço questão de não colocar os meus pés nele.

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  2. Esse filme me interessa demais. Parece ser de uma qualidade imensa, sem falar que representa uma luta histórica.
    Sem dúvidas, uma ótima dica.

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  3. Quero muito ver este filme. Acho que todas as mulheres deveriam se interessar pelas lutas daquelas que nos antecederam e obtiveram as conquistas dos direitos dos quais desfrutamos hoje.

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    1. marly, é muito importante conhecer e resgatar a história.

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  4. Oi Pedrita,
    Deve ser bom esse filme, gosto da atuação da Helena Bonham Carter e ela é muito versátil, tanto quanto a minha amada Meryl Streep.
    Qto a pesquisa de público, convidei você pois quero saber o que posso melhorar no meu blog, mas se não se sente confortável em responder fica a vontade.
    Big Beijos
    Lulu
    www.luluonthesky.com

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  5. Oiiii, tudo bem??? Não conhecia o filme, acredita? Mas vou já dar um jeito de olhar. Acho que a gente precisa realmente conhecer a nossa história, para assim, podermos defender o feminismo. Beijooos
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  6. Ola Pedrita ,não conheço o filme,mas deve ser muito interessante......Bjs.

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  7. Como você diz, muito difícil de encontrar onde exiba o filme. Por onde habito desisti de procurar um cinema. Agora é esperar na TV ou DVD, masainda quero muito assistir.

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    1. ruby, muito triste não conseguir ver nos cinemas pelo monopólio.

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  8. Atualmente as salas de cinema abrem quase 100% do seu espaço para filmes de apelo comercial, deixando as demais obras de lado.

    É uma pena, por isso os cinéfilos são obrigados a procurar outras maneiras de assistir este tipo de filme.

    Bjos

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    1. hugo, permitir esse monopólio de filmes de um único país é praticamente um crime. isso já devia ter mudado faz tempo.

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  9. Assisti no Natal, foi um ótimo filme para encerrar o ano e refletir sobre as lutas e conquistas.

    Tenho sorte de ter um cinema bem perto de casa e 3 em bairros bem próximos.

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    1. bruxa, realmente filme incrível para fechar o ano e conhecer um pouco de nossa história. aqui os cinemas que passam filmes mais alternativos é longe.

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  10. Para cinema só vou no Shopping. Porque é menos inseguro.
    Cinema de arte, passo longe porque fica longe de onde vivo.

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    1. liliane, shopping é bem mais funcional. devia ter uma lei que exigisse que passassem filmes mais alternativos em alguns horários.

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