Sergio Mendes tem gosto de nostalgia, de infância. Meus tios paternos costumavam colocar os LPs de Sergio Mendes nos almoços de família. Dois casais de tios, duas casas. Só lembro pequenos detalhes, eu era muito pequena, mas lembro do som das conversas com a música, da alegria da minha tia, do cheiro dos móveis. Depois um desses casais mudou-se para o Rio de Janeiro e foi quando conheci a Cidade Maravilhosa que virou outra minha paixão. Sergio Mendes me faz lembrar de tudo isso.
E pasmem, o carpinteiro do estúdio do Sergio Mendes na casa dele nos Estados Unidos foi construído por Harrison Ford. Pasmem! O documentário é muito bem realizado. Não economiza nas músicas. Tem playlist do documentário no Spotify, na verdade Sergio Mendes lançou um álbum com as canções do filme. Já estou ouvindo e colocando nas minhas playlists várias conforme o tema das minhas seleções. Sim, os figurinos são um delírio a parte.
Do primeiro casamento Sergio Mendes teve três filhos. Ele sofreu bastante quando se separou da esposa e ela veio embora com os filhos para o Brasil. Sergio Mendes então passou a se relacionar com a vocalista, a Gracinha e estão casados até hoje. Com Gracinha ele tem mais dois filhos. Os filhos do primeiro casamento ficaram indo e vindo por um tempo, mas depois voltaram aos Estados Unidos para viver com o pai. Tem umas músicas que sempre ouvi na minha família e nem tinha ideia de que eram dele.
Eu sempre tive a sensação que Sergio Mendes é um agregador, dessas pessoas que vão fazendo amizades musicais. O tempo todo ela ia se unindo ora um, ora com outro, ou modificando suas músicas, ou fazendo outras em conjunto. Só grandes músicos.
O documentário termina com o show de Sergio Mendes e Carlinhos Brown no Rock in Rio. A história da parceria dos dois é muito bacana, na verdade quase todos os fatos. Sergio Mendes tirava o telefone do gancho para dormir, mas naquela noite não. Ele se divertiu com a conversa ao telefone e com Carlinhos Brown e no dia seguinte viajou a Bahia.
Beijos,
Pedrita