sábado, 2 de julho de 2022

Dreamland

Assisti Dreamland (2019) de Miles Joris-Peyrafitte no HBO Go. O roteiro é de Nicolas Zwaart. Esse filme poderia durar 20 minutos ou menos, a trama é pequena e o filme arrastado.

Uma narradora conta a história de uma família e da cidade. O pai do rapaz desapareceu, o padrasto insiste em tramar mal quem ele chama de filho sem ser. Sua mãe (Kerry Condon) casou de novo e tem uma filha. Há ventanias desastrosas, então todos estão falidos, a cidade é falida, os fazendeiros falidos. Chega a notícia de uma ladra de bancos e assassina, tem recompensa e já adivinhamos o filme todo. A narração inicial pra mostrar a família e a destruição da região é rápida demais e depois o filme é arrastado demais.
Claro que o rapaz vai ajudar a linda moça.  A noite que ele vai procurar o processo que acusa a moça é uma enrolação mal feita que só. Furos não faltam. Os dois são lindos, Margot Robbie e Finn Cole. Insuportável a irmãzinha, Darb Camp. E o padrasto monstro (Travis Fimmel) que vai fazer justiça com as próprias mãos e por a mão na recompensa, mas a moça que é fora da lei.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 1 de julho de 2022

A Descoberta da Currywurst de Uwe Timm

Terminei de ler A Descoberta da Currywurst (1993) de Uwe Timm da Dublinense. Comprei esse livro na Feira de Livros da Unesp com 50% de desconto e completamente no escuro. Os que eu queria ler dessa editora não estava disponíveis, então escolhi alguns aleatoriamente sem olhar muito em detalhe do que se tratava. E que descoberta maravilhosa! Que preciosidade!

Marcador de livros de gatinho de Paris, presente de um amigo.

Jarrinha de porcelana de Peggy-Lou

Retrato da jornalista Sylvia Von Harden (1926) de Otto Dix

Eu tenho um amigo que ama livros com culinária e logo avisei pra ele. Currywurst é um prato que o protagonista amava desde criança e que comia em uma barraquinha na rua. Adulto, ele resolve investigar a origem do prato. Acaba encontrando a mulher que fazia o prato na barraquinha, ela vive em um asilo, está completamente cega e vai contando toda a sua história pra ele, que livro genial!

Obra Duas Crianças Ameaçadas por um Rouxinol (1924) de Max Ernst

A senhora conta que o marido estava na guerra e que ela conheceu um homem na rua. Um soldado alemão. Ele acaba deserdando e ficando escondido em sua casa. A trama passa-se então no fim da guerra, tempos de escassez, medo, vigilância. Incrível como a trama vai se costurando como o pulôver que a senhora tricota. E como ela era habilidosa na cozinha. Tinha que criar com o pouco que encontrava, pegava ou roubava pra conseguir comer mais ou menos. Inventa e conseguia fazer pratos saborosos com as improvisações da época. Fascinante!

Há um filme adaptado dessa obra que quero ver.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 28 de junho de 2022

Knives Out

Assissti Knives Out (2019) de Rian Johnson no TelecinePremium. Não fazia ideia da existência desse filme. Quando vi que era comédia piorou, mas o clima Agatha Christie me atraiu e fui ver. Enquadrar em filme policial teria muito mais a ver. Foi na Super Estreia, claro que ainda não apareceu no Now. Que delícia de filme!

Sim, é o James Bond (Daniel Craig), quer dizer, o detetive hahahaha. Não, não é o James Bond. Foi nesse filme que a atuação da deslumbrante Ana de Armas chamou a atenção, um pouco tardia, dessa ótima atriz, e escolheram ela ser uma das bond girls, pena que se equivocaram na caracterização da bond girl, a protagonista desse filme é muito, mas muito mais criativa.
O elenco é impressionante: Christopher Plummer, Toni Colette, Jamie Lee Curtis, Chris Evans, Michael Shannon, Don Johnson, LaKeith Stanfield, Katherine Langford, Jaeden Martell e K Callan.
Começa com a morte do patriarca. O detetive aparece com mais dois investigadores. Tinha sido aniversário do patriarca, de manhã ele é encontrado morto. Interessante que no meio do filme parece que entendemos tudo e achei que perderia a graça. Nada, é tão genial, mas tão genial. Sim, no começo ficamos absolutamente confusos, demoramos pra encaixar os quebra-cabeças. A casa é um personagem, linda e no clima, imagino que tenham cenários pra fazer a casa parecer mais mirabolante ainda.
O final é absolutamente genial.

Beijos,
Pedrita

domingo, 26 de junho de 2022

The First Lady

Assisti a série The First Lady (2022) de Aaron Cooley no Paramount+. A direção é de Susanne Bier. Eu só via elogios das minhas amigas a série. Corri pra ver e que grata surpresa. Uma das melhores séries que já vi na vida. Tudo brilhante, a começar pela abertura.

The First Lady conta a história de três primeiras damas dos Estados Unidos, Eleannor Roosevelt (1929-1932), Betty Ford (1973-1974) e Michelle Obama (2009-2017). Três primeiras damas revolucionárias e a frente do seu tempo. Todas as três atrizes estão impressionantes: Gillian Anderson, Michelle Pfeiffer e Viola Davis. Só a história da Michelle eu conhecia mais antes e depois de ler o livro dela.

A edição e os fatos escolhidos são impecáveis. As três histórias são contadas ao mesmo tempo, estranhamente tiveram fatos parecidos. No começo mais óbvio, o casamento, ser primeira dama. Mas tem os menos óbvios como os engajamentos, as tragédias. Todas as três igualmente foram desacreditadas em suas funções de primeira dama. Os assessores dos presidentes faziam de tudo para neutralizá-las e deixá-las restrita a ala doméstica da casa branca. Cada uma desacreditada por um preconceito diferente.
Eu não conhecia nada de Eleannor Roosevelt. Ela era muito estudiosa e diferente das jovens da sua idade, não queria casar. Acabou conhecendo Franklin e se tornando grandes parceiros intelectuais de vida. Ela sempre auxiliava ele nos discursos, nos posicionamentos, sempre que algo muito complexo acontecia, ele a procurava. Ela se uniu as sufragistas pelo direito ao voto. Peitou o marido ferrenhamente quando ele impediu que refugiados judeus desembarcassem nos Estados Unidos. Após a morte de Roosevelt, ela elaborou a Declaração Universal de Direitos Humanos e presidiu a ONU de 1946 a 1952.
Quando Eleanor é traída pelo marido, a sogra impede ela do divórcio, mas eles se afastam como marido e mulher. Ela então tem um romance bastante longo com uma jornalista sufragista. Os detetives da casa branca descobrem, avisam o marido que continuava tendo casos, só as mulheres são vigiadas. O marido, altamente compreensível, emprega a jornalista, ela passa a viajar muito, mas ter um quarto ao lado do da Primeira Dama que se acessava por uma porta secreta.

Ford assumiu quando Nixon foi acusado de corrupção. O casamento com Ford foi o segundo de Betty. Ela era divorciada, tanto que ficou afastada dele até assumi-la depois quando concorreu a cargos políticos. Antes de ser primeira dama ela já tinha sido dependente química. Nessa época tinha-se remédio pra tudo, pra ficar desperta, pra dormir, receitava-se sem o menor cuidado, que Betty misturava compulsivamente com bebida. Mas na casa branca, mesmo bebendo bastante, as atividades a mantiveram focada. Ela teve câncer de mama quando era primeira dama e apesar de todas as pressões pra esconder, ela falou abertamente com os americanos, impulsionou inúmeras mamografias. Que mulher forte. Quando Ford perdeu a eleição eles se aposentaram em uma casa no campo, mas Ford a largava o tempo todo em conferências, viagens, ela se afundou novamente nas pílulas e bebida. Orgulhosa, forte e determinada, recusou muito tempo que precisava de ajuda, mas quando aceitou, se tornou uma grande porta voz na causa. Criou e construiu na região onde morava uma clínica para dependentes.
Interessante que na série o pensamento das filhas de Michelle aparecem muito. O quanto a família sempre promovia novos olhares, cobranças e posicionamentos. Michelle corretamente poupou as filhas no livro, mas gostei muito de conhecer o pensamento delas pela série. Fiquei admirada. Sim, filhas de dois grandes estudiosos, advogados e estadistas, não poderiam ser diferente, mas foi lindo de ver.
São dez episódios e os dois últimos muito tristes. Há a Segunda Guerra no primeiro, a dependência química da Betty e a eleição de Trump. Mostraram claramente a luta de Michelle e Obama para que Hillary vencesse, mesmo que eles não gostassem dela, mas o atraso veio mesmo assim. 
O elenco enorme e incrível. Franklin (Kiefer Sutherland), Ford (Aaron Eckhart) e Obama (O-T Fagebenle). Alguns outros são: Dakota Fanning, Regina Taylor, Lily Rabe, Clea Duvall, Lexi Underwood, Jayme Lawson, Michael Potts e Ellen Burstyn
E sim, Betty Ford dançou na mesa oficial da casa branca.



Beijos,
Pedrita