Casada em uma união de judaísmo ortodoxo, nossa protagonista tenta a todo custo o divórcio. Ela casou-se aos 15 anos em uma relação arranjada. Ela logo diz na audiência que no dia seguinte ao casamento já viu que tinha sido um erro e que suportou 20 anos. São anos de reuniões infindáveis com uma sucessão insuportável de machismos. Há 3 anos ela pede o divórcio e são mais 4 anos para conseguir. 20 anos de casamento e 7 em infindáveis audiências. 27 anos, que trágico. Uma hora o rabino diz "ponha-se no seu lugar, mulher." E ela responde, eu sei bem o meu lugar. O primeiro pedido é que ela tente uma reconciliação e volte para casa. Ela estava vivendo em uma casa com uma parente, judias ortodoxas não podem morar sozinhas. Cabeleireira ela leva diariamente as refeições do filho e ao marido (Simon Abkarian). Nunca abandonou as suas obrigações. Vejam, mesmo ela separada, ela tem que alimentar a família.
Ela volta então a pedir o divórcio, o rabino pergunta se ela fez o que pediu, ela diz que sim, mas que o marido não dirigiu a palavra a ela enquanto esteve de volta a casa. O marido diz que vai eternamente se recusar a dar o divórcio. Eles não conseguem testemunhas. O local intima umas pessoas. O advogado do marido (Sasson Gabai) é um parente que se diz rabino. Há algo na cultura que todos rasgam elogios sobre todos. Se você perguntar como é fulano, como é a família de fulano, tudo é sempre lindo e maravilhoso, tudo é perfeito. Imagine para um rabino advogado parente do amigo. Só com muito esforço conseguem arrancar a verdade. O marido é um homem difícil que ninguém gostaria de estar casado. Ele implicou com um fiel no culto, porque o fiel cantou um tom acima do dele. Há anos o fiel implora o perdão, mas o marido continua sem falar com ele.
Há um medo assustador sobre o adultério, por sorte todos dizem que ela não tem ninguém. Mas um diz que viu a mulher em um café e pronto. Tudo se complica. Ela tinha ido falar com o advogado (Menashe Noy) que disse que era mais perto. Mulheres não podem frequentar um café. As violências à mulher são muito, mas muito assustadoras. Ela é linda e todos fingem não desejá-la, mas volte e meia há olhares. Um horror como essa religião trata as mulheres. O marido resolve não aparecer em algumas audiências e elas não podem acontecer. É o homem que pode liberar a mulher do casamento, ela é propriedade dele. Monstruoso.
Beijos,
Pedrita