sexta-feira, 11 de setembro de 2009

A Espiritualidade da Arte

Assisti a palestra A Espiritualidade da Arte com Jorge Coli no Café Filosófico da CPFL Cultura. Jorge Coli falou de arte, de manifestações artísticas, de Pop Art. Gostei muito do interesse dele em colocar exatamente a palavra, sempre preocupado em achar a palavra que expressasse exatamente o seu significado. Ele não concorda com o termo irracional, já que vem da racionalidade. Ele utiliza o não racional. Inicialmente foi lido um texto de Thomas Mann onde falava de música. E Jorge Coli falou do processo criativo, da subjetividade da crítica. Ele disse que é possível fazermos críticas daquilos que temos empatia, senão tudo fica muito complexo. Que quem tem experiência para avaliar uma arte consegue fazer paralelos, localizar que um determinado pintor bebeu na fonte de outro, seguiu pela escola de outro. Paralelos que a habilidade e o conhecimento permitem.

Obra O Vaso Azul de Paul Cézanne

Jorge Coli mencionou artistas como Paul Cézanne. Mencionou a importância da religião que tanto financiou artistas como Michelangelo e como esse financiamento gerou reflexões. Do Pop Art mencionou Roy Lichtenstein que fez obras de arte com pedaços de histórias em quadrinhos.



Beijos,

Pedrita

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Banda

Assisti A Banda (2008) de Eran Kolirin no Telecine Cult. Assim que vi o comercial desse filme no Telecine Cult quis ver. Depois vi os textos do Marcelo Janot e um pouco antes ele fala do filme no Telecine. É de uma delicadeza A Banda! Que filme lindo! Uma banda egípcia vai para Israel para fazer uma apresentação em um centro de cultura árabe. Essa banda é especializada em música tradicional árabe. Como os dois idiomas são diferentes e ninguém vai buscá-los, les tentam chegar na cidade falando em inglês, um sofrível inglês e sendo respondidos igualmente por outro sofrível inglês. Assim, por uma semelhança no nome de duas cidades eles vão parar em outra. Uma cidade no meio de um nada, perdida nesse mundo. Como não haverá mais um ônibus naquele dia, a cidade, que nem hotel tem divide, os integrantes em suas casas.
Começa então uma delicada relação entre essas pessoas. A Banda é sobre essa noite e nada mais. Um belo filme! Adorei os atores do elenco: Shlomi Avraham, Saleh Bakri, Ronit Elkabetz, Sasson Gabai, Uri Gavriel, Imad Jabarin, Ahuva Keren, François Khell, Hisham Khoury e Tarak Kopty. A Banda ganhou 40 prêmios, vários do Israel Film Academy, Festival de Cannes e European Film Awards. A trilha sonora é muito bonita, no vídeo do youtube você podem ver algumas imagens do filme e ouvir uma canção.

Youtube: The Bands Visit



Beijos,

Pedrita

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Arraial do Cabo

Assisti ao documentário Arraial do Cabo (1959) de Mário Carneiro e Paulo César Saraceni no festival É Tudo Verdade na Cinemateca Brasileira. Essa sessão finalizou com um debate com Paulo César Saraceni, Amir Labaki e Ricardo Miranda. Esse documentário, que faz 50 anos, ganhou inúmeros prêmios e mostra um pouco do trabalho dos pescadores dessa região e da chegada de uma indústria. A fotografia é maravilhosa. Paulo César Saraceni contou como surgiu a ideia e como apareceu o patrocínio. Adorei o olhar dos cineastas para esse povo, a forma como pescam, as mulheres passando roupas com aqueles ferros antigos de carvão. Obra de Arte! Paulo César Saraceni comentou o quanto esse filme está atual, agora que falamos tanto de meio ambiente e das intervenções do homem na natureza. Arraial do Cabo ganhou os prêmios: Miqueldi de bronze no Festival de Bilbao, 1960 - ES, Festival del Popolo, Florença, Itália, Festival de Santha Margueritha, Itália, Prêmio Giuventu Catolica di Roma, Itália, Festival de Bergamo, Itália, Festival del Campeone, Itália, Henri Langlois da Cinemateca Francesa, França, Prêmio da Crítica no Festival da Bahia e Prêmio Lulu de Barros do Governo da Guanabara.




Beijos,

Pedrita

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Teatro para Pássaros

Assisti Teatro para Pássaros de Roberto Lage na Sala Carlos Miranda na Funarte. O texto é do argentino Daniel Veronese. Gostei muito do espetáculo. É todo emaranhado e vamos nos dando conta de que não sabemos o que é encenação e o que é realidade, se é que existe uma realidade. Começa com um casal no palco com uma história muito mal contada. Apaga a luz e começa outra cena, com outras pessoas no palco. Há várias referências, ótimas músicas, uma boa direção cênica, ótima iluminação de Aline Santini, bom elenco. Quem assina a trilha sonora é Aline Meyer. Gostei bastante dos figurinos de Ed Mendes e Luiz Parisi.

Os atores são: Ana Fuser, Bete Correia, Daniel Gaggini, Diego Monteiro, Luciana Rossi e Mário Condor. Adorei o jeito do Daniel Gaggini dançar, também gostei muito da interpretação dele de um produtor famoso, onde é difícil sabermos onde é verdade ou falsidade. Esse personagem é muito bem desenvolvido. Gostei muito dos atores Luciana Rossi e Mário Condor. Seus personagens
também são complexos. E todo o elenco é muito talentoso e bonito. Ainda gostei de mostrar muito os dias de hoje. Apesar de um porteiro estar morto na portaria do prédio, a maioria só está preocupada com os seus problemas individuais, mesmo que mais superficiais e mesquinhos. O espetáculo começou a temporada e os ingressos custam somente R$ 10,00. Há um blog da peça.


Youtube: Ana Fuser - Teatro para pássaros no programa Em Cartaz



Beijos,

Pedrita