sexta-feira, 31 de outubro de 2025

A Substância

Assisti A Substância (2024) de Coralie Fargeat na HBOMax. Eu queria muito ver esse filme, mas sabia que tinha que ter coragem. Sim, é realmente muito, mas muito forte. Tanto que é classificado como terror.

O filme fala muito sobre envelhecimento, mas eu confesso que fica fácil ser contra o etarismo quando falamos da deslumbrante Demi Moore. Linda, talentosa, genética generosa e ainda teve recursos para todos os procedimentos para retardar o envelhecimento. Precisamos não ser etaristas com qualquer configuração da idade.
Demi Moore está maravilhosa! Ela tem um programa de exercícios da televisão, mas é informada que está velha, que já abriram inscrição para jovens. 

Quem diz isso é o personagem do Dennis Quaid. Ele parece muito mais velho que ela, o colocam bem escroto e acaba falando da autoestima do homem. Ele falando das jovenzinhas dá muito nojo. O que faz homens se acharem no direito de julgar mulheres e de se acharem melhor que elas.

Um jovem lindo entrega um pendrive para a atriz, ela resolve experimentar a substância. Tudo é muito secreto, cheio de regras e surge a jovem Margaret Qualley das costas da Elisabeth. Elas são uma só, a voz diz. Elisabeth é a matriz, uma não vive sem a outra. Sue como ela se nomeia, resolve se candidatar a vaga da sua matriz. O filme é genial. A jovem se deslumbra com a fama, com os compromissos, e passa a pular as etapas da substância e prejudicar seriamente sua matriz.
As poucas vezes que Sue permite que a matriz surja para ela se regenerar, Elisabeth está pior, com mais marcas do tempo. 


O filme é todo muito genial, a forma como é construído, como fala do tempo, da mídia, do deslumbramento, da eterna juventude, da busca pela eterna juventude. Em determinado momento fica absolutamente catártico. Eu ficava pensando onde iria dar, como ia terminar. E tudo é tão genial que fiquei estupefata. O filme não se intimida em ser nojento.


E é tão inteligente, que vai indo cada vez mais fundo na loucura, até terminar como começou. O filme começa com Elisabeth famosa e a criação de sua estrela. O final termina na estrela com uma genialidade impactante.


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Dia Nacional do Livro

A Liliane do Paulamar me enviou uma TAG para o Dia Nacional do Livro

1 Qual gênero você se mantém longe?

Eu leio menos comédias, não chego a ficar longe, só leio menos.

2 Qual livro tem vergonha de não ter lido?

Tem muitos, mas destaco Casa Grande & Senzala do Gilberto Freyre

3 Qual pior hábito enquanto leitor?

Meu pior hábito é não conseguir largar um livro. Mesmo que não esteja gostando eu vou até o final. Raramente larguei.

4 Qual livro foi mais desafiador?

Foi A Montanha Mágica de Thomas Mann que comecei a ler aos 17 anos e na época não tinha maturidade para a leitura, larguei e voltei várias vezes até entender, ler, amar e estar entre meus livros preferidos.

5 Qual autor tem a leitura mais envolvente?

São muitos, mas vou destacar Umberto Eco que amo e li vários de seus livros.

6 O que diferencia um bom livro de um livro inesquecível?

Acho que é muito pessoal, em geral os que falam com profundidade aos meus sentimentos e a minha história como Um Lugar Bem Longe Daqui da Delia Owens.

7 O que mais incomoda numa leitura?

Quando o livro toca em temas sensíveis como Ensaio sobre a Cegueira do Saramago que tive que parar várias vezes pra respirar e só depois retornar.

8 Você lê a sinopse antes de ler o livro?

Não leio quase nada, uma vez li a orelha do livro que contou o final, então evito detalhes.

9 Qual o livro mais caro de sua biblioteca?

Devo ter alguns livros muito raros por estar esgotado, mas não faço ideia de quais sejam.

10 Você compra livros usados?  

Eu comprava mais, mas o sebo aqui perto fechou e não passo mais em um sebo no centro. Como a Festa da USP uma vez por ano dá 50% nos livros, e tem Black Friday na Amazon, eu passei a comprar livros novos nos últimos anos. Compro nessas duas datas uma vez por ano o que vou ler no ano todo. De vez em quando ganho também livros usados de amigas que circulam livros.

Eu adoraria que amigos blogueiros participassem. Entendo se declinarem o convite. Sugiro Pandora e Geocrusoé.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Uma Mulher Sem Filtro

Assisti Uma Mulher Sem Filtro (2025) de Arthur Fontes na Netflix. Eu queria muito ver esse filme. Adoro a Fabíula Nascimento e me interessei pela temática mesmo não gostando de comédias. Gostei bastante! O roteiro é baseado no filme Sem Filtro do chileno Nicolás López, adaptado por Tati Bernardi. Fiquei com vontade de ver o chileno para identificar as diferenças culturais.


 

Fabíula é uma dessas mulheres que não sabe dizer não, como tantas por aí. Ela é uma jornalista respeitada, mas seu chefe nunca deu aumento em 10 anos e pior, contrata uma influencer para ser a supervisora dela, da ótima Camila Queiroz.

A supervisora pede que Bia vá entrevistar a Deusa Xana, da excelente Polly Marinho que só massageia a jornalista e fala que ela precisa se soltar, que está com toda a raiva represada. Funciona bem esse recurso na comédia já que uma terapia é eficaz, mas leva mais tempo.

E claro, Bia sai sem filtro. Sim, ela passa do ponto algumas vezes, mas finalmente se coloca e como é filme, boa parte das vezes ela consegue o entendimento do outro depois do não. Ela consegue finalmente mandar o marido pra fora de casa, do ótimo Emílio Dantas que também adoro. Os dois atores são casados e tem dois filhos lindos. No filme ele é um encostado. Se diz artista bloqueado e com isso não faz nada, não trabalha, não é um adulto funcional e pior, o filho adolescente vive no apartamento e é igual, só suja, faz o que quer. Os dois são postos pra fora. Samuel de Assis é o colega de trabalho da Bia. Júlia Rabello a irmã. Luana Martau a vizinha folgada. Ainda no elenco estão Louise D´Tuani e Caito Manier.
Depois de passar do ponto algumas vezes, ela volta pra pedir desculpas, mas se posicionando. Que bom que o filme é diferente da vida real. Em geral assim que alguém se posiciona, as relações costumam não ter volta, porque o que gosta da obediência do outro, vai procurar alguém pra ocupar aquele lugar. E que bom que esse filme existe em tempos de retrocesso, em que muitas mulheres vem dando curso de obediência para outras mulheres.


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Lobos

Assisti Lobos (2024) de Jon Watts na AppleTV+. Não curto muito esse gênero, ação e comédia, mas por ser com George Clooney e Brad Pitt resolvi ver. É mais ou menos, mais pra menos. Dá pra ver.

Os personagens são muito, mas muito chatos. Uma mulher se vê em uma enrascada em um quarto de hotel de luxo. Um jovem, Austin Abrams, cai em cima de uma mesa de vidro e morre. Ela lembra de um contato de um homem, George Clooney, que resolve essas questões. O hotel vê pela câmera e também chama um resolve isso, Brad Pitt. Os dois são um espelho do outro, mas se odeiam já que os dois trabalham sozinhos e da mesma forma. Começa uma briga chatíssima de egos. Fiquei pensando se os atores também se digladiavam no ego.
O garoto não estava morto e eles continuam precisando resolver o problema. Passam a noite fugindo com o garoto, é bem chato. Mais um filme que a cidade dorme, não tem ninguém nas ruas, exceto uns carros. Surreal! O final melhora. Achei legal que quando termina as câmeras de segurança do hotel mostram o que realmente aconteceu entre a mulher e o jovem.

Beijos,
Pedrita