sábado, 23 de maio de 2009

Estômago

Assisti Estômago (2007) de Marcos Jorge no Cinemax. Tentei ver esse filme no cinema e na tv a cabo mas sempre fugia de mim. No cinema só ia conseguir ver depois de um tempo que estreou, pelo menos esse filme ficou mais de uma semana em cartaz, mas no dia que pude ir mudou de horário e ficou inviável. Na tv a cabo marquei pra ver várias vezes, em uma delas me ligaram em cima da hora do filme e perdi. Eu tinha lido por alto os elogios, sabia que tinha gastronomia na história, que tinha um roteiro original e que ganhou vários prêmios. E é genial! O roteiro é baseado em um conto "Presos pelo Estômago", do livro "Pólvora, Gorgonzola e Alecrim", de Lusa Silvestre.


Há uma edição onde alternamos em dois momentos da vida do nosso prota-gonista: na prisão
e chegando da Paraíba em uma cidade grande.
Ele acaba em um bar onde não ganha salário, só comida e hospedagem. Ele sabe cozinhar, mas lá aprende a fazer pastel e coxinha. Como é muito bom na cozinha o boteco caído vira um boteco badalado. Assim ele é convidado para ir a um restaurante italiano familiar. João Miguel está excelente. Gostei demais também da atriz que contracena com ele, Fabiula Nascimento. Gosto muito do elenco: Babu Santana, Alexander Sil e Carlo Briani.

Estômago ganhou vários prêmios, seguem alguns: 4 troféus Oscarito no Grande Prêmio Cinema Brasil: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Babu Santana) e Melhor Roteiro Original. Melhor Filme e Melhor Ator (João Miguel), no Festival de Punta del Este.Prêmio de Melhor Filme no Festival do Uruguai. Melhor Filme e Melhor Ator (João Miguel), na Semana Internacional de Cinema de Valladolid. E troféu Redentor de Melhor Filme - Voto Popular, Melhor Diretor, Melhor Ator (João Miguel) e o Prêmio Especial do Júri (Babu Santana), no Festival do Rio 2007.





Youtube: TRAILER DO FILME Estomago (NACIONAL)






Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Casino Royale

Assisti Casino Royale (1967) de Val Guest, Ken Hughes, John Huston, Joseph McGrath e Robert Parrish no Telecine Cult. Genial! Me diverti muito! Fazia tempo que anotava pra conseguir ver. Agora entendi porque tanta genialidade diferente, são vários diretores. Começa com nosso 007 aposentado. É o ótimo David Niven. Uma coleção de agentes atrapalhados deseja que ele retome em uma missão. Ele declina o convite até que soldados destroem sua casa e outra onde ele tocava piano.

O elenco é de tirar o fôlego. Há vários 007s. Peter Sellers é um deles. Há até a Mata Bond, filha do James Bond com a Mata Hari. Vai ver que inconscien-temente esse blog homenageava esse filme. Filme perfeito para ilustrar esse blog. Mata Bond é interpretada pela Joanna Pettet. Deborah Kerr e Ursula Andress são as outras mulheres que lideram esse filme. Aparecem inúmeros atores incríveis: Orson Welles, Woody Allen, John Huston, William Holden, Jean-Paul Belmondo, Peter O´Toole, Charles Boyer, Jacqueline Bisset, Anjelica Huston e Robert Rowland.
Me diverti com tudo, tanto que quero rever pra localizar alguns atores, relembrar cenas e perceber outros detalhes. Amei a divisão entre Alemanha Ocidental e Oriental. Uma bege e outra com luz vermelha. Deliciosa a casa no estilo do expressionismo alemão. Adorei os corredores do cassino, o filme de cowboy que aparece com a guarda americana pra salvá-los. Tudo tem tanto detalhe, tanta divesão! Maravilhoso! A música é de Burt Bacarach com a linda canção: The Look of Love.

Música do post: THE LOOK OF LOVE

Youtube: Casino Royale (1967) Trailer


Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Complexo de Portnoy

Terminei de ler Complexo de Portnoy (1969) de Philip Roth. Eu comprei esse livro no ano passado por R$ 7,00 em um sebo, não é dessa linda edição da capa que coloquei aqui, é de uma edição do extinto Círculo do Livro. Inclusive nessa edição que li não tem o artigo O no título. O nome original é Portnoy´s Complaint. O novo custa entre R$ 38 e R$ 49. O estilo de Philip Roth é bastante complexo e Complexo de Portnoy é bem entrecortado. Começa com nosso protagonista criança, apaixonado pela sua mãe e assim vamos acompanhando o seu crescimento, mas a narrativa não é linear. Nosso protagonista tem uma fixação sexual. Ele vê o mundo sempre pelo lado sexual. Mesmo na infância. Philip Roth mostra bastante a evolução do olhar a cada fase da vida, com o amadurecimento e conhecimento nesse segmento. Não me identifiquei com a obra. Tinha gostado bem mais de quando li Fantasma Sai de Cena. Essa obsessão do personagem pelo sexo foi bastante cansativa na minha leitura.
Obra La Virge (1969) de Man Ray
Em 1969 é revolucionário falar tão abertamento de sexo, muitos usaram essa linguagem para quebrar tabus e mostrar a sexualidade e perversões da sociedade. Há muitos autores com linguagens similares nesse período como Nelson Rodrigues e José Celso Martinez Corrêa no teatro. Só que hoje esse tema banalizou. A abordagem do Philip Roth transcende, mas não consigo ver com os olhos de quem leu no período do lançamento.
Philip Roth aborda ainda uma família judia. Sempre a família pensa em doenças devastadoras a qualquer problema físico. As relações são sempre muito dramáticas. Esse aspecto existe igualmente na família católica, nesse caso mais voltado a culpa e ao pecado. O câncer em 1969 é o grande temor, acho que ainda é, mas outras doenças hoje surgiram para somar a esse temor ao trágico.

Obra Periscope (1963) de Jasper Johns
Eu anotei alguns trechos de Complexo de Portnoy de Philip Roth

“Durante o meu primeiro ano de escola, minha mãe estava tão profundamente encravada em minha consciência que eu julgava que cada uma das minhas professoras era ela disfarçada.”

“Não, ele não gostava nem um pouco de ser olhado de cima. Trabalhava como um cão, para um futuro que não estava destinado a ter.”

“Profissionalmente estou encaminhado, está certo, mas na vida particular, o que tenho para mostrar? Crianças parecidas comigo deveriam estar brincando neste chão? E por que não estão? Por que qualquer idiota há de ter filhos e eu não?”

“Ah, ter vinte anos e desprezar a amante – o primeiro puro frêmito de sadismo em relação a uma mulher! E o sonho com as futuras mulheres.”

“Como vim a ser inimigo e tão severo crítico de mim mesmo? Tão sozinho! Oh, tão sozinho! Nada senão o eu!”

Os pintores são americanos como o autor e as obras foram finalizadas no período que o livro foi lançado. Isaac Hayes também é americano e viveu entre 1942 e 2008.

Música do post: Isaac Hayes - Hyperbolicsyllabicsesquedalymistic



Beijos

Pedrita

terça-feira, 19 de maio de 2009

As Crônicas de Spiderwick

Assisti As Crônicas de Spiderwick (2008) de Mark Waters no Telecine Premium. Eu queria ver esse filme porque é de fantasia e adoro esse gênero. Depois falei com o 007 e acho que ele resumiu bem o que é esse filme: "É razoavelmente ruim, um bom roteiro que não deu certo". Acho que é isso. Quando li o resumo, que fadas ajudam a família fiquei ansiosa pra ver as fadas. Mas é um filme de ogros. As lindas fadas, que devem ter gasto uma fortuna pra criá-las aparecem uns 3 minutos. Uma família precisa ir morar em uma antiga casa da família. A mãe separou do pai e leva seus três filhos pra lá. Um filho curioso descobre um livro que se o Ogro possuir destrói a todos.

Achei meio confusa a separação dos pais e um pouco moralista. Sim, o pai errou em não esclacerecer aos filhos que conheceu outra pessoa e que vai se separar da mãe pra assumir esse novo romance. O filme coloca como errado alguém querer se separar porque amou outra pessoa e mistura as relações de marido e de filhos. Pais amam seus filhos e se responsabilizam por eles. O amor homem e mulher pode acabar, o casal pode errar um com o outro, mas isso não significa que é desamor aos filhos. O filme tenta culpar o pai por ter amado outra pessoa. Isso não é critério para julgar um pai como mal pai, e sim como um esposo que se desentende.
Adorei o porco duende, é engraçado que com a cuspida dele eles veem os ogros. Gostei do protetor do livro e das florzinhas que levaram o cientista, também os seus rostos aparecem pouco.
O bonitinho Freddie Highmore interpreta dois irmãos, a irmã é interpretada por Sarah Bolger. Gosto dos atores do elenco: Mary-Louise Parker, David Strathairn, Joan Plowright e Nick Nolte.


Beijos,

Pedrita

domingo, 17 de maio de 2009

Caminhando nas Nuvens

Assisti Caminhando nas Nuvens (1995) de Alfonso Arau no Telecine Light. Assisti esse filme com minha mãe. É muito delicado e bonito. O que gostei mais foi de ver as tradições no plantio e na colheita das uvas. Lindas as cenas da família e funcionários aquecendo as uvas para evitar a geada. Igualmente lindas as cenas da colheita, as tradições de espremer as uvas com os pés e a Festa da Colheita.

O casal é lindo, Keanu Reeves mais mocinho que nunca e essa atriz que não conhecia, Aitana Sánchez-Gijón. Logo após a Segunda Guerra Mundial, eles se conhecem em uma estrada. Ela está desesperada porque precisa voltar a sua família, mas está grávida, engravidou de um professor. O rapaz vende chocolates e aceita se passar pelo marido da moça, eles combinam que no dia seguinte ele a larga e aí a situação dela fica um pouco melhor. Só não gostei do exagero no final, foi desnecessário e forçado o incêndio.

Há outros ótimos atores no elenco: Anthony Quinn, maravilhoso como nunca, Giancarlo Giannini um tanto caricato, Angélica Aragón, Evangelina Elizondo, Freddy Rodríguez e Debra Messing em uma pequena participação.


Beijos,

Pedrita