Assisti A Estrada 47 (2013) de Vicente Ferraz no TelecinePlay. Eu vi o cartaz desse filme, estava vendo muitos temas de guerra, não quis ver. Quando vi que ia passar no Canal Brasil que descobri que é brasileiro e me programei pra ver. É ficcional, baseado nos soldados brasileiros que foram lutar na Segunda Guerra Mundial, mais precisamente na Itália. A Estrada 47 é uma co-produção entre Brasil, Itália e Portugal e foi todo rodado na Itália. Senti falta de legendas quando os estrangeiros falavam. Não vi se no Canal Brasil tem legendas nesses momentos.
Eu tinha visto um documentário sobre o tema em 2008, O Fio Brasileiro que comentei aqui. O filme também conta no início o momento que o Brasil entra na Segunda Guerra Mundial após os alemães terem atacados navios brasileiros. No documentário, italianos contavam que foi a primeira vez que viram um negro. O filme coloca um negro no grupo de engenheiros. A Estrada 47 conta a história de engenheiros que seguem para a guerra para desarmar minas.
O elenco é muito bom: Daniel de Oliveira, Julio Andrade, Francisco Gaspar, Thogun Teixeira, Ivo Canelas, Sergio Rubini e Richard Samuel. A Estrada 47 ganhou Melhor Filme no Festival de Gramado.
Assisti Jurassic World (2015) de Colin Trevorrow no TelecinePlay. Eu queria um filme para distrair, tinha visto uns trechos desse zapeando, quis ver. Achava que era um remake do fantástico do Steven Spielberg de 1993, nesse ele está na produção. Só depois que vi que é o quarto da série. Nem sabia que os filmes tinham continuado. Acabei pulando tudo então.
Eu fiquei com a sensação que esse ganhou Framboesa de Ouro. Os animais são incríveis, a tecnologia fez muito bem a série, mas o elenco que escolheram é muito, mas muito sofrível. Não convencem. As crianças que me perdoem, são chatas. Mas mais chata é a protagonista com sua peruca ruiva e toda de branco e salto alto. Ela é interpretada por Bryce Dallas Howard. Ela é arrogante, a gerente do parque que recebe milhões. Estão com mais de mil 22 pessoas visitando. O parque quer sempre novidades e o laboratório criou um novo dinossauro. Só que a ganância cria um dinossauro sozinho, violento. Podem imaginar o que acontece. Ela de branco e salto alto, ainda diz que consegue, como se uma mulher elegante soubesse andar de salto bico fino na terra porque quem sabe andar consegue. Quem teve essa ideia nunca andou na terra, muito menos de salto. Não só não dá, muito menos correr. Então são inúmeros furos com momentos dela com sapato baixo e depois aparece de salto. A roupa branquinha até suja, rasga um pouco, mas é tão fake que dá vergonha alheia. Saltos altos, até mesmo quadrados, afundam na terra, ainda mais barrenta como a que eles andam.
E novamente me perdoem os meninos, como são chatos brigando o tempo todo. Os pais enviam os meninos ao parque para passear com a tia. A tia workaholik e mais chata que eles larga-os com uma assistente, novinha e irresponsável de tudo. Os chatinhos dão um perdido na moça e claro, se enfiam em muitas atrapalhadas. Os dois são mal interpretados por Ty Simpinks e Nick Robinson. O melhorzinho é o "herói" do filme interpretado por Chris Patt. As mulheres são desprezíveis nesse filme, então ele merecia um par romântico melhor. Não conseguimos lutar pelos personagens, só pelos dinossauros. Omar Sy está no elenco, Vincent D´Onofrio e Irrfan Khan também.
Jurrassic World faz várias alusões ao filme de 1993 e várias homenagens.
Assisti Nightcrawler (2014) de Dan Gilroy no HBO On Demand. Foi dificílimo ver esse filme, parei e voltei inúmeras vezes. A curiosidade de onde ia chegar e a importância da temática me fizeram seguir. Jake Gyllenhaal simplesmente arrasa. Ele é um desequilibrado frio e calculista. Psicopata talvez.
Começa com o protagonista roubando metais para vender, cobres, aço, grades. Logo nesse início o tom do filme já é dado. Um homem compra os metais roubados, mas tem a coragem de dizer que não contrata pessoas desonestas, como se ele fosse honesto. O protagonista seguem então procurando algo para ganhar dinheiro. Ele vê um acidente, o câmera captando as imagens, a televisão mostrando e segue por esse caminho. Inteligente, utilizando a internet a seu favor, começa a captar imagens e vender. Por ser totalmente amoral, faz qualquer coisa. O problema não é ele e sim o mercado ávido no que ele pode negociar. TVs sensacionalistas que se utilizam de freelancers para poder culpá-los em qualquer deslize, como se as TVs não fossem cúmplices dessas aberrações sensacionalistas e não éticas. Pessoas desequilibradas, psicopatas, não éticas, amorais existem, me incomodam mais as que negociam com elas. Dão margem para as maldades delas multiplicarem.
Nosso protagonista encontra uma parceira ideal interpretada pela Rene Russo. Ela é chefe de jornalismo, compra as imagens. Alguns da equipe se incomodam, mas não procuram emprego em outro lugar. Enquanto os dois são ávidos pelas imagens exclusivas, os outros se calam, no típico exemplo de banalidade do mal. Essa é a grande força do filme e fundamental para estudantes de jornalismo, rádio e TV. A que ponto pessoas podem chegar pelo furo de reportagem, por imagens exclusivas. O protagonista é louco, mas ele não está sozinho, ele encontra quem paga e muito pelo o que ele vende, mesmo que ele tenha captado sem nenhum senso ético e que qualquer um percebe. O parceiro de filmagens dele é interpretado por Riz Ahmed. Alguns outros do elenco são: Bill Paxton, Marco Rodríguez, Eric Lange, Michael Hyatt e Leah Fredkin,
Terminei de ler Soldados de Salamina (2001) de Javier Cércas da Editora Globo. Não lembro porque comprei esse livro, já procurei em meus blogueiros amigos, em filmes, nas minhas listas. Em geral anoto livros que quero ler de diversos lugares e quando vou comprar acesso essas listas. Esse comprei em uma promoção, quem sabe quem me inspirou a comprar o livro se manifeste. Há um filme sobre o livro que quero ver.
No texto falo de vários detalhes do livro: É uma obra de ficção inspirado no falangista Rafael Sanches Maza. Um fato curioso mudou a trajetória na Guerra Civil Espanhola. Maza foi levado para ser fuzilado, ele e outro condenado consegue fugir, mas só Maza sobrevive. Um soldado o localiza, mas não o executa.
Obra de Lúcio Muñoz
O protagonista é um jornalista. Ele tem que voltar ao trabalho quando sua vida dá uma reviravolta. Com má vontade faz algumas matérias, sem apurar direito. Até que chega essa história de Rafael Sanches Maza e ele começa a investigar. Esse jornalista é escritor também. Ele fica curioso sobre esse homem que escapa de um fuzilamento e em seguida quer descobrir quem é o soldado que não entrega Maza. O livro é dividido em três partes. A primeira relata a pesquisa do jornalista sobre essa história e a busca por pessoas que conheceram esse falangista.
Imagem da Guerra Civil Espanhola.
A segunda parte é a narração do que encontrou, o que viria a ser o livro do jornalista com o que apurou.
Obra Quadro com Bacia de Uvas (1992) de Miquel Baceló
Na terceira parte o jornalista não está satisfeito com o livro. Volta ao jornal, é designado a entrevistas e Roberto Bolaño entra na trama. É bem engraçada a relação do jornalista com o Bolaño. O escritor gosta do jornalista, quer vê-lo outras vezes, mas o jornalista não gosta de Bolaño e arruma desculpas para não revê-lo. Mas em uma dessas tentativas e sem desculpas os dois se encontram novamente. E é nesse encontro que o jornalista acha que encontrou a peça para o final do seu livro. Pode ser que tenha encontrado o soldado que não atirou em Rafael Sanches Maza e o jornalista quer saber porquê. Soldados de Salamina é um livro muito interessante sob vários aspectos. O interesse de um jornalista sobre um falangista, sobre uma pessoa que apoiou um ditador espanhol. Sobre a construção da obra. Enfim, é um livro fantástico ganhador de vários prêmios: Prêmio Salambó de Narrativa, Independent Foreign Fiction Prize do Reino Unido em 2004, Prêmio Crisol, Prêmio da Crítica no Chile, entre muitos outros. Soldados de Salamina foi o primeiro livro ao autor a ser traduzido no Brasil.