terça-feira, 10 de maio de 2016

Nightcrawler

Assisti Nightcrawler (2014) de Dan Gilroy no HBO On Demand. Foi dificílimo ver esse filme, parei e voltei inúmeras vezes. A curiosidade de onde ia chegar e a importância da temática me fizeram seguir. Jake Gyllenhaal simplesmente arrasa. Ele é um desequilibrado frio e calculista. Psicopata talvez.

Começa com o protagonista roubando metais para vender, cobres, aço, grades. Logo nesse início o tom do filme já é dado. Um homem compra os metais roubados, mas tem a coragem de dizer que não contrata pessoas desonestas, como se ele fosse honesto. O protagonista seguem então procurando algo para ganhar dinheiro. Ele vê um acidente, o câmera captando as imagens, a televisão mostrando e segue por esse caminho. Inteligente, utilizando a internet a seu favor, começa a captar imagens e vender. Por ser totalmente amoral, faz qualquer coisa. O problema não é ele e sim o mercado ávido no que ele pode negociar. TVs sensacionalistas que se utilizam de freelancers para poder culpá-los em qualquer deslize, como se as TVs não fossem cúmplices dessas aberrações sensacionalistas e não éticas. Pessoas desequilibradas, psicopatas, não éticas, amorais existem, me incomodam mais as que negociam com elas. Dão margem para as maldades delas multiplicarem.

Nosso protagonista encontra uma parceira ideal interpretada pela Rene Russo. Ela é chefe de jornalismo, compra as imagens. Alguns da equipe se incomodam, mas não procuram emprego em outro lugar. Enquanto os dois são ávidos pelas imagens exclusivas, os outros se calam, no típico exemplo de banalidade do mal. Essa é a grande força do filme e fundamental para estudantes de jornalismo, rádio e TV. A que ponto pessoas podem chegar pelo furo de reportagem, por imagens exclusivas. O protagonista é louco, mas ele não está sozinho, ele encontra quem paga e muito pelo o que ele vende, mesmo que ele tenha captado sem nenhum senso ético e que qualquer um percebe. O parceiro de filmagens dele é interpretado por Riz Ahmed. Alguns outros do elenco são: Bill Paxton, Marco Rodríguez, Eric Lange, Michael Hyatt e Leah Fredkin

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Esse filme é do jeito que eu gosto, muito bom!

    Beijinhos ♥

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  2. É um ótimo filme, com um tema extremamente atual. A indústria da "tragédia" é lucrativo porque tem consumidores.

    A interpretação de Jake Gyllenhaal é sinistra.

    Bjos

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    Respostas
    1. hugo, realmente há um mercado ávido por furos anti-éticos. gyllenhaal está impressionante e revoltante no personagem.

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  3. Adoro esse ator. E deve ser bom esse filme, não conhecia e nem nunca ouvi falar.
    Bjs
    Adriana

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