quarta-feira, 27 de junho de 2018

Westworld - 2ª Temporada

Assisti Westworld - 2ª Temporada (2018) de J. J. Abrams, Jonathan Nolam na HBO. Como ansiei por essa continuação que está mais sombria que nunca, só pelo pôster já é possível perceber. Muito interessante que a série levou dois anos pra ser retomada, foi uma difícil espera e já estou sentindo muita falta de tanto questionamento. O post da primeira temporada está aqui.

A primeira terminou de modo dramático. Os anfitriões mataram os visitantes e seus criadores. A matança continua na segunda. Há muitas perguntas que continuam, inúmeras que surgem e a falta de respostas é o melhor em Westworld. Muito triste a trama da Dolores. Descobrimos que ela é uma das mais antigas do parque, que ia no mundo externo em reuniões para atraírem investidores, então ela tem uma consciência maior do parque e do mundo exterior. Seu amado só viveu no seu script. Quando morria era reprogramado para o mesmo personagem, portanto ele tem dificuldade de acompanhar os raciocínios de Dolores. É muito triste a decepção dela e mais triste ainda o desfecho desse amor. Evan Rachel Wood e James Marsden estão incríveis.
Maeve não quer acompanhar Dolores na busca pela saída do parque. Ela quer ir buscar sua filha. Dolores quer seguir para o portão que leva eles embora do parque. Muito tristes as tramas de Maeve. Ela leva com eles os programadores. E descobre outras narrativas mas que se assemelhavam a sua triste história e de sua filha. Amo Thandie Newton e Rodrigo Santoro aparece bem mais nessa temporada.

Triste demais a história do índio. Há um episódio só com a história dele. Como Maeve, ele tinha uma bela história em uma tribo onde vivia em paz. Como os donos do parque quiseram mais aventuras, ele vira um perverso. Esse índio e Maeve começam a ter consciência e comunicação com os anfitriões sem precisar encontrá-los. Passam a dar comandos pelo cérebro. Zahn MacClarnon está impressionante também.
Mais maluco ainda o homem de preto que cria muitos problemas para todos, anfitriões e visitantes, com raciocínios confusos e muita maldade. Ed Harris continua arrasando. A trama da sua história,  sua esposa e sua filha é muito dolorida. Também incomoda demais o homem cobaia em cativeiro. Descobrimos que o parque não foi criado para divertir visitantes e sim para escanear os visitantes para recriá-los e promover a vida eterna da humanidade.

A trama mais confusa e não menos intrigante é a de Bernard. Há inúmeras idas e vindas no tempo, mas nada claro, nós que vamos tentando unir a ordem cronológica. Ford morreu, mas como ele previa que morreria, criou comandos nos anfitriões para continuar coordenando-os depois de morto, ou não, ou os anfitriões achariam que era Ford, mas seriam suas memórias e consciências. Anthony Hopkins tem então vários diálogos com os personagens. Logo no início descobrimos uma reviravolta, não foi Bernard que criou Dolores, mas sim Dolores que criou Bernard a semelhança de Arnold, um dos fundadores do parque com Ford que na primeira temporada ficamos sabendo que se matou porque não gostou dos rumos do parque e do que tinha criado. Dolores conheceu muito Arnold e preparou Bernard a sua semelhança. Vários Bernards foram descartados e aparecem nessa temporada. Jeffrey Wright está incrível.
Dolores e Bernard travam grandes embates filosóficos por divergências de consciência. Dolores acha que o portal é mais uma enganação dos criadores do parque. Os corpos morrem e só suas mentes seguem para viver em paz no portal e lá ficam presas. Dolores não acredita que isso seja algo bom e sim mais uma mentira do parque. E que essa solução não é o livre arbítrio.

O desfecho é muito interessante e a abertura para a nova temporada simplesmente genial. Ford diz que só um único anfitrião conseguiria viver no mundo lá fora. E é a Dolores, em uma nova forma que consegue. Com os comandos que recebeu ela localiza a casa que Ford preparou para eles, consegue levar as bolas de consciências de outros anfitriões e recria Bernard e Dolores, ficando duas Dolores, ou não. Dolores diz que agora sim há livre arbítrio. Que eles podem escolher como querem viver. Simplesmente genial! A nova Dolores é interpretada pela ótima Tessa Thompson. Mas a verdadeira Dolores também é recriada.


Beijos,
Pedrita

16 comentários:

  1. Oi Pedrita! Preciso mesmo tirar um tempo para assistir essa série, ela está na minha lista mas sempre esqueço rsrs

    Beijos,
    Pri
    www.vintagepri.com.br

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  2. Olá, querida Pedrita!
    Eu vi a chamada dessa série, ainda não assisti, apesar de gostar do gênero.

    Beijinhos

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  3. Eu vi o filme original dos anos setenta e achei apenas razoável.

    A série eu não tive vontade de acompanhar.

    Bjos

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    1. hugo, a série é muito diferente do filme. adoro o filme. mas são produtos completamente diferentes.

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  4. Não acompanho essa série Pedrita. Fiquei curiosa em saber o seu batom vermelho.
    Big Beijos
    www.luluonthesky.com

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  5. Não é meu estilo de filmes/séries.
    Estou vendo algumas séries mas ontem "maratonei" Dr. Foster.

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  6. Eu tenciono ver este série com calma, em tempo oportuno, rsrs.

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    1. marly, é incrível, mas em mesmo q ver com calma pq é complexa e densa.

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  7. Olá Pedrita
    Preciso assistir essa segunda temporada o mais rápido possível.
    Deve estar bem complexa e cheia de camadas instigantes tomara que eu não me perca no andamento da trama :)
    Sensacional sua resenha.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, assiste com calma q é puxado. a segunda temporada é bem triste.

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  8. Pedrita, não gostei do final. Na verdade, não gostei do rumo que o roteiro tomou. De uma temática que discutia a ética e o comportamento humano, nos colocava para refletir se era correto existir um lugar onde as pessoas podiam cometar as mais variadas atrocidades e voltar para as suas vidas como se nada de errado tivesse ocorrido. Em paralelo tínhamos também a o debate sobre os andróides, se eles poderiam ser considerados humanos ou não. E acabou virando um seriado sobre o mundo corporativo e suas corrupções e faltas de ética. Acho que o seriado se perdeu. Ah, o homem de preto é o William, que foi o grande amor da Dolores do passado e que ela depois descobriu que era o homem velho que a estuprava repetidamente e maltratava. Aliás, para mim este foi o grande choque da primeira temporada de West World. Quando Dolores descobriu que o homem velho era o William doce do passado. Nesta segunda temporada não houve nenhuma cena para mim com este impacto.

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    1. patry, eu fiquei muito impactada e amei exatamente por discutir o criador e criatura. o livre arbítrio. realmente foi muito impactante a trama do william na primeira temporada, mas fiquei muito chocada q o parque era para escanear os humanos para a vida eterna. vários momentos me impactaram. como o índio mal q foi tirado de sua tribo. dos dois falaram pelo pensamento com os outros androides. diferente de vc eu amei. mas ficou sombria demais realmente.

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