terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Los Silêncios

Assisti Los Silencios (2018) de Beatriz Seigner no Canal Brasil. Eu vinha lendo matérias e muitos elogios sobre esse filme. Assim que vi que ia passar no canal, coloquei pra gravar. O filme vai passar na retrospectiva do ano no Cine Sesc. É uma co-produção entre Brasil, Colômbia e França. Que filme triste!

No escuro da noite, uma mãe (Marleyda Soto) e dois filhos chegam em um barquinho em um lugar. Uma parente espera com uma lanterna. Essa mãe conta que seu marido (Enrique Diaz) e sua filha  (Maria Paula Tabares Peña) estão desaparecidos. Ela começa a luta para conseguir sobreviver nesse lugarejo. Leva o filho (Adolfo Savinvino), documentos e histórico escolar para conseguir uma vaga na escola. O lugarejo tem recebido muitos refugiados, então não há merenda pra todos. São 600 merendas para 2500 crianças. O uniforme é muito caro e obrigatório, ela pega um modelo e faz as roupas. Uma hora vemos o marido nessa casa e como falam muito de fantasmas, que os desaparecidos tornam-se fantasmas, eu desconfiei que ele era um fantasma.

Ao final, o que eu não imaginei, é que a menininha era também uma fantasma. Que tristeza! No final a mãe recebe a carta com a confirmação das mortes do marido e da filha, que foram mortos abraçados. E o filme termina com a cerimônia de adeus aos mortos. Eu achava lindo que tudo o que a menina tem é fluorescente, achava que ela gostava. Só ao final vi que é o símbolo dos mortos.

Que dor ver que na verdade, é porque ela estava morta. Los Silencios ganhou Melhor Filme e Melhor Diretor no Festival de Brasília, Melhor Direção no Festival de Estocolmo e vários outros prêmios.



Beijos,
Pedrita

domingo, 8 de dezembro de 2019

A Favorita

Assisti A Favorita (2018) de Yorgos Lanthimos no TelecinePlay. Eu ansiava profundamente em ver esse filme premiadíssimo e elogiadíssimo. O roteiro é de Deborah Davis e Tony McNamara. Eu amei O Lagosta do mesmo diretor, que é grego, e tinha alta expectativa por esse. Amei! É tudo ou mais que dizem!

É livremente inspirado em um período da vida da rainha Ana da Grã-Bretanha e a relação com duas mulheres que tornaram-se braço direito dela. É fato que a personagem da Rachel Weisz (Duquesa de Maulborough) decidia, com os conselheiros as questões políticas do reinado. E que a rainha e ela tinham uma relação muito próxima que gerava rumores.

Aparece então uma criada (Emma Stone), uma ex-nobre que passa a ganhar a simpatia da rainha. Tentando retornar a corte, ela vai se fazendo necessária. Ela percebe a brecha do desgaste da outra relação e vai conquistando a rainha.

A rainha tinha se acostumado que a duquesa decidisse tudo, mas a criada vai intrigando a rainha com as decisões da outra. Como a relação da duquesa com a rainha estava desgastada, a afetividade da criada vai destruindo essa relação. Olivia Colman está incrível como a rainha.

Beijos,

Pedrita