No escuro da noite, uma mãe (Marleyda Soto) e dois filhos chegam em um barquinho em um lugar. Uma parente espera com uma lanterna. Essa mãe conta que seu marido (Enrique Diaz) e sua filha (Maria Paula Tabares Peña) estão desaparecidos. Ela começa a luta para conseguir sobreviver nesse lugarejo. Leva o filho (Adolfo Savinvino), documentos e histórico escolar para conseguir uma vaga na escola. O lugarejo tem recebido muitos refugiados, então não há merenda pra todos. São 600 merendas para 2500 crianças. O uniforme é muito caro e obrigatório, ela pega um modelo e faz as roupas. Uma hora vemos o marido nessa casa e como falam muito de fantasmas, que os desaparecidos tornam-se fantasmas, eu desconfiei que ele era um fantasma.
Ao final, o que eu não imaginei, é que a menininha era também uma fantasma. Que tristeza! No final a mãe recebe a carta com a confirmação das mortes do marido e da filha, que foram mortos abraçados. E o filme termina com a cerimônia de adeus aos mortos. Eu achava lindo que tudo o que a menina tem é fluorescente, achava que ela gostava. Só ao final vi que é o símbolo dos mortos.
Que dor ver que na verdade, é porque ela estava morta. Los Silencios ganhou Melhor Filme e Melhor Diretor no Festival de Brasília, Melhor Direção no Festival de Estocolmo e vários outros prêmios.
Beijos,
Pedrita