sábado, 18 de julho de 2020

O Mistério no Farol

Assisti O Mistério no Farol (2018) de Kristoffer Nyholm no Telecine Play. Eu adoro filmes que abordam a solidão de faroleiros, há vários. Eu achei que esse era o recente premiado, mas o 007 me alertou que não. É mais ou menos, tem um furo que não consegui chegar a uma conclusão. O filme é inglês, o diretor dinamarquês. Li que foi filmado em vários faróis e ilhas.

Três faroleiros seguem para o seu posto de trabalho. Vemos no porto que um tem família, filhos, uma linda esposa. O filme baseia-se no desaparecimento desses três faroleiros, e logo no início, no texto inicial, já sabemos que eles vão desaparecer. O rapaz é bem inexperiente, tudo precisa aprender. Eu não entendi como o filho de um deles aparece na ilha. Se foi com eles e ficou escondido muito tempo. O mais provável é que teria ido com os homens no barco. Então porque ficou escondido e deixou os homens atirar na ilha sabendo que o pai estava lá? Por que só apareceu pra dar pausa dramátic? Por que não foi antes, de dia e conversou com o pai? É um furo tão grande e tão forçado, não faz sentido alguma a aparição da criança, que piora o que já estava mais ou menos. Os três são interpretados por Peter Mullan, Gerard Butler e Connor Swindells.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 15 de julho de 2020

A Família Addams

Assisti A Família Addams (2019) de Greg Tiernan e Conrad Vernon no Telecine Play. Eu tinha um certo receio de ver essa animação, tinha amado tanto os filmes que tinha medo que tudo ficasse muito irreal, já que com o animação os personagens podem fazer muitas ações impossíveis, mas o filme é uma graça. Amei!
Começa com o casal tendo problemas na cidade que vivem. Eles resolvem procurar um lugar onde não sejam hostilizados pelos moradores. Eles acham então a mansão que tinha sido um hospício e encontram o Frankenstein. A trilha sonora é demais e tem no spotify. O Frankestein é pianista e toca muitas músicas incríveis.

O tempo passa, os filhos nascem, crescem e a filha continua o personagem mais interessante. Ela insiste e vai a escola. A cidade tem uma maluca que ama reformas, tudo cor de rosa e florido que quer reformar o casarão dos Addams. A filha dela é rebelde e a  nova amiguinha Addams ajuda a menina a escandalizar a mãe e vice-versa. É uma delícia a adolescente Addams chegando em casa toda de cor-de-rosa. Amei o gatinho da família.

Gostei muito como a trama é construída. A insuportável gerente da cidade percebe que o que ela fazia era muito ruim, ela pede perdão aos moradores da cidade sobre o que fazia, fica amiga de um Addams e aceita que os familiares dos Addams também tenham casas na cidade. Gostei muito da aula de tolerância.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 14 de julho de 2020

Paula

Assisti a série Paula (2017) de Alex Holmes na ClaroTV. O roteiro é de Conor McPherson. É uma produção da BBC, quase um filme grande, porque são só 3 episódios. Não chega a ser incrível, mas tem suas qualidades e é interessante. Logo no início ficamos sabendo que uma professora teve um caso com outro professor casado, e que ela está recusando as insistentes investidas dele. A Paula é interpretada pela Denise Gough. A série fala bastante sobre machismo também.

A casa dela está com ratos no porão, ela chama um exterminador e acaba se envolvendo com ele que é interpretado por Tom Hughes. Na verdade a Paula se envolve com todos os homens da série. Esse homem descobre o caso dela com o professor. Ele está com inúmeros problemas financeiros, então resolve faturar fazendo chantagem ao professor. A tentativa não dá certo e o professor morre e ele aparece em um local como se fosse suicídio, parte da polícia aceita a suspeita de suicídio e encerra o caso.

Um policial acha estranha a versão, acha que o caso foi mal investigado. Ee é interpretado por Owen McDonnell. Depois a própria professora o procura falando de ameaças que vem sofrendo. A série fala muito de relações e pessoas disfuncionais.
Beijos,
Pedrita

domingo, 12 de julho de 2020

Em Guerra

Assisti Em Guerra (2018) de Stéphane Brizé  no Festival Varilux de Cinema no Looke. Eu queria ver esse filme porque é o mesmo diretor de Uma Vida que comentei aqui. Eu tinha gostado muito do estilo do diretor e ficado inquieta com o modo de filmagem.

Em Guerra é mais inquietante ainda. Um grupo faz greve porque querem fechar uma indústria em uma cidade na França. Os funcionários estão revoltados porque há dois anos fizeram um acordo com a fábrica, que trabalhariam mais 5 horas para ajudar a empresa a se reequilibrar. A indústria dá lucro, leva bilhões, os funcionários só ficam com os ônus, mas os acionistas acham melhor fechar. Todos os debates vão para o livre mercado, o direito de uma indústria de ser fechada, redução de concorrência, práticas predatórias empresariais, sobre ética, desrespeito a acordos. Os mais fracos são os únicos prejudicados.
Não é um filme fácil de assistir porque praticamente o tempo todo eles estão em reuniões, manifestações e tentando que alguém faça uma reunião com eles. Essa é a parte mais irritante desses empresários e dirigentes, eles se recusam a sentar para conversar. Exploraram o quanto puderam enquanto foi conveniente em ter de cada funcionário mais 5 horas de produtividade, mas não deram o direito nem de ouvir os funcionários falarem suas reivindicações.
O filme é feito como se fosse um documentário, filmado como dá em meio a manifestações e reuniões. No estilo bem realista que já tinha encontrado no outro filme. Vincent Lindon está impressionante! No meio do elenco estão trabalhadores. É um filme muito trágico.

Beijos,
Pedrita