Assisti Demônio de Neon (2016) de Nicolas Winding Refn no Telecine Play. Esse filme está em cult, confesso que não acho que chegue a tanto. Mas é um filme interessante! Bem andrógeno. Ellen Flanning mais linda que nunca chega em uma cidade, órfã e menor de idade ingressa na carreira de modelo.
Linda, ela tem uma mágica que fazem todos a adorarem ou a invejarem. Ela interpreta a perfeição da beleza. Achei um pouco clichê o segmento da moda e um pouco forçado ela representar a beleza natural, sem interferências.
Mas é um filme curioso. As outras belas atrizes do elenco são: Jena Malone, Bella Heathcote, Abbey Lee e Christina Hendricks. Keanu Reeves faz uma pequena participação. Alguns outros do elenco são: Desmond Harrington e Karl Glusmann.
Assisti no cinema Malasartes e o Duelo com a Morte (2017) de Paulo Morelli no Projeta Brasil do Cinemark. Anualmente eu espero ansiosamente esse projeto que passa filmes brasileiros desse ano por R$ 4,00. Nos últimos dois anos não consegui ir. Eu queria ver Três Irmãs que não consegui, porque infelizmente não entrou na programação. Aí das opções escolhi essa porque estava perto de casa. Pena que as pessoas da região não aproveitaram para ir ao cinema.
Quando esse filme estreou não estava muito animada apesar de adorar o Jesuíta Barbosa. A chamada me lembrava um pouco Meus Dois Amoresque comentei aqui. É realmente um filme rural, mas tem diferenças. Malasartes é um personagem clássico da cultura popular. Enrola e engana todo mundo com sua astúcia, mesmo parecendo parvo. Nunca tinha visto Jesuíta Barbosa em um personagem cômico por tanto tempo. Ele está genial. As expressões dele estão incríveis. Ele ama Áurea, mas o irmão dela não quer um trapalhão e vagabundo para casar com a filha. Uma graça a personagem da Ísis Valverde e amei os figurinos. Delicados e cheios de detalhes. O irmão é interpretado pelo Milhem Cortaz.
Eu só comecei a ficar interessada em ver quando vi matérias falando da alta tecnologia de Malasartes e o Duelo com a Morte. Júlio Andrade é a morte e está genial. O elenco todo é incrível. Ele quer um substituto e escolhe, claro, Malasartes. E óbvio, Malasartes dá uma tremenda volta na morte. Adorei as cenas das velas, os cenários no mundo da morte e os efeitos desses núcleos.
O final e a abertura estão em animação, quando contam a história. E é na abertura que vemos as três bruxas que tecem os fios da vida. Mas a morte roubou o trabalho delas, agora a morte que decide quem morre, elas se tornam funcionárias dele. Há uma luta de poder então entre as bruxas e a morte. Vera Holtz encabeça as bruxas, as outras são interpretadas por Luciana Paes e Julia Ianina. O assistente da morte, um grande bobão que é o tempo todo manobrado por todos, é interpretado por Leandro Hassum.
Que delícia o personagem do Augusto Madeira. Ele interpreta Zé Candinho Voltaire, inspirado no Cândido do Voltaire que sempre está de bem com a vida. Coitado. Todos os personagens aprontam com ele na trama, dá dó. Adorei quando o fio da vida dele fica solto e ele fica sem rumo. O ator está excelente. Adorei também as locações, as fazendas, as casinhas rústicas, os objetos das casas. Li que foi filmado em fazendas de Campinas e Pedreiras.
Assisti a peçaMitos e Lendas de São Sebastiãodo O Castelo das Artes na inauguração da Sede CTI. Esse grupo é de São Sebastião e conta histórias de caiçaras que são passados por gerações pela oralidade. Um dos atores contou que atualmente poucos contam essas histórias e o grupo tenta resgatar e dar continuar a essa tradição. As histórias trazem muita religiosidade e tragédias. São histórias cheias de amor e dramas. Sem falar nas deliciosas histórias de pescadores. O linguajar também é muito peculiar, o jeito rápido de falar, com uma entoação própria. No elenco:Henrique Cardim, Jessyca Biazini, Vick Araújo, André Nunes e Mário Farias. Muito bacana o cenário. É um pano que eles prendem no varal. E um emborrachado no chão. Alguns objetos de pescadores. E fica perfeito. Gostei demais!
A Sede CTI é da C.T.I. Cia. de Teatro da Investigação e fica na Vila Ré na Zona Leste. Foram muitos festejos de inauguração, com muitos eventos gratuitos. Bacana que o grupo convidou vários outros grupos para participar dos festejos e apresentarem a sua arte. E tudo de graça! Estava uma grande festa!
Assisti Estrelas Além do Tempo (2016) de Theodore Milfe no Telecine Premium. Ansiava muito pela estreia desse filme. Soube quando concorria ao Oscar. Três filmes com temática negra concorriam ao Oscar e me interessei. Esse foi o que mais queria ver já que fala de três mulheres negras que trabalhavam na NASA. O nome original é bem melhor Hidden Figures, Figuras Ocultas, que era o que realmente elas eram.
Começa com Katherine na infância, com 6 anos, resolvendo uma equação difícil no quadro negro, interpretada pela linda Lydia Jewett. Os professores conseguem dinheiro para os pais se mudarem com a menina para outra cidade, onde teria uma escola para negros, e ela poderia se estudar. Ela se torna uma grande matemática. A NASA tinha uma sala com computadores negros, assim que eram chamadas as mulheres negras que trabalhavam em uma sala na NASA. Não tinham nome, eram as computadores negras. É um momento critico. A URSS já lançou uma nave no espaço com um astronauta, antes dos Estados Unidos que lançaram com bonecos, mas que estava sempre dando erro. Uma delas, a Katherine, é chamada para ajudar. Eles dão tudo parcial para ela, só alguns cálculos, colocam uma garrafa de café separada e ela ainda tinha que fazer o café, o banheiro só tinha lá na sala das computadores negras. Ela atravessa prédios, estacionamentos só para ir ao banheiro. Elas também não podem assinar com seus nomes os relatórios, sempre tinham o nome de um branco. Mas é ela que corrige o erro. Assim que tudo dá certo ela é dispensada e volta para a sala da computadores negras. Anos depois colocaram uma sala em seu nome. Katherine G. Johnson é interpretada por Taraji B. Henson.
A líder das computadores negras, Dorothy Vaughan, vê a chegada do computador da IBM e percebe que logo elas não serão mais necessárias. Ela começa a estudar o equipamento nas horas de folga, inclusive resolve alguns problemas, e prepara todas as computadores negras para saberem mexer na máquina. Quando é chamada para trabalhar no equipamento, só aceita se todas forem. E todas garantem o seu emprego. Ela é interpretada brilhantemente por Octavia Spencer.
A terceira retratada é engenheira, Mary Johnson. Ela ajudava nas cápsulas que chegam na terra com o astronauta. Ela que percebe alguns problemas com parafusos e dá soluções. Mas ela não podia ser promovida porque tinha que ter estudado em uma escola só para brancos. Ela entra na justiça para conseguir a autorização e consegue estudar lá e se torna a primeira negra a estudar nessa escola e posteriormente a primeira engenheira negra da NASA. Mary é interpretada por Janelle Monáe.
O elenco é bem extenso: Kevin Costner, Kirsten Dunst, Jim Parsons, Mahershala Ali, Aldis Hodge e Kimberly Queen.
Assisti ao show de Maria Rita Stumpf na Casa de Francisca. A história dessa artista é incrível. Há anos ela fez muito sucesso com o LP Brasileira. Recentemente um DJ achou esse LP no Japão, que passou a ser tocado na Europa, Japão e na África do Sul. O sucesso retornou a ponto de relançarem o LP com muitos shows. Casa de Francisca estava lotada.
O grupo todo é incrível, composições impressionantes e que timbre de voz de Maria Rita, fiquei encantada. No grupo o tecladista e
programador Danilo Andrade, o percussionista Paulo Santos
(fundador do grupo Uakti) e André Santos, contrabaixista e
violinista. Maria Rita compôs os cânticos e interpretou alguns, o que vem fazendo sucesso mundialmente é Cântico Brasileiro
Nº 3 (Kamaiurá), belíssimo. Uma fusão de ritmos, sons, palavras, muito lindo. A cantora ainda interpretou Taiguara, Lupicínio Rodrigues, Raul Seixas. Foi um belíssimo show! Também fiquei encantada com a nova Casa de Francisca, vejam que fotos lindas. Agora a Casa de Francisca fica no centro de São Paulo, no belíssimo Palacete Teresa, prédio tombado. Um daqueles belíssimos casarões antigos do centro de São Paulo onde foi por muito tempo a Casa Bevilacqua que vendia partituras, instrumentos, uma das mais importantes do país. E a decoração interna, os ambientes, lindos. Maria Rita Stumpf continua as apresentações do lançamento do LP, o próximo será em Porto Alegre.
Assisti Negação (2016) de Mike Jackson na HBO On Demand. Eu queria muito ver esse filme. Rachel Weisz costuma participar de filmes com importantes discussões. Logo no começo vi que o filme é difícil, então só voltei a ver quando estava preparada a mergulhar nessa narrativa.
Rachel Weisz interpreta Deborah Lipstad, uma historiadora americana que é sistematicamente atacada por um outro escritor que diz que o Holocausto não existiu. Ele abre um acusação na Inglaterra contra ela que reluta em aceitar, mas pela gravidade das acusações dele e pelas sistemáticas negações ao Holocausto, ela aceita ia a justiça da Inglaterra. Deborah Lipstad não acha que a história deva ser defendida em um tribunal, mas o caso não pode se silenciar. Indicam uma equipe inglesa. Ela estranha as regras, não falar com a imprensa, não ter vítimas do Holocausto para dar depoimentos. Muito interessante que a equipe explica que se uma vítima for ser interrogada, será julgada se o que diz é verdade, o que as exporia ainda mais. Uma vítima do holocausto não pode ser julgada pela legitimidade dos horrores que passou. Esse homem não pode ter o direito de julgar essas pessoas.
Timothy Spall interpreta David Irving, um homem que passou a vida enaltecendo Hitler. Eu sempre achei que assim que a Segunda Guerra Mundial acabou e os campos de concentração foram descobertos, lá viram as câmaras de gás. Não sabia que os alemães destruíram os prédios antes. Também não sabia que os alemães proibiam fotos, então não há um único registro das câmaras de gás. David Irving se aproveita dessa brecha para dizer que as câmaras de gás que fizeram extermínio de judeus em massa não teriam existido. Para que fosse reconstruído historicamente os campos de concentração, um engenheiro da época que ajudou a construir as informações e aí foram feitos as maquetes. Mas em cima de depoimentos do engenheiro e de algumas pessoas que viram, principalmente sobreviventes. Irving tinha a capacidade de dizer que judeus tatuavam os números para dizer que estiveram lá.
O advogado diz ser importante ir a Auschwitz para colher dados para o julgamento. Muito triste as imagens, as pilhas de sapatos. Em câmaras de gás eram mortas crianças e velhos principalmente. Todos aqueles que poderiam trabalhar ou servir de experimento ficavam vivos, quase mortos-vivos para servirem de experimentos bárbaros. Por isso que não haviam crianças nos campos, eram todas mortas nuas nas câmaras de gás assim que chegavam, por isso as pilhas de roupas. Os alemães diziam que eram banhos, davam sabonetes, então velhos, mães e crianças entravam e lá eram exterminados com o gás que um homem criou. O advogado é interpretado por Tom Wilkinson. Ainda no elenco: Andrew Scott, Caren Pistorius e Harriet Walter. O filme discute várias questões, uma bem atual a da liberdade de expressão, também debate racismo, história, oportunismo, notícias mentirosas. Muitos temas são muito atuais.