quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Malasartes e o Duelo com a Morte

Assisti no cinema Malasartes e o Duelo com a Morte (2017) de Paulo Morelli no Projeta Brasil do Cinemark. Anualmente eu espero ansiosamente esse projeto que passa filmes brasileiros desse ano por R$ 4,00. Nos últimos dois anos não consegui ir. Eu queria ver Três Irmãs que não consegui, porque infelizmente não entrou na programação. Aí das opções escolhi essa porque estava perto de casa. Pena que as pessoas da região não aproveitaram para ir ao cinema.

Quando esse filme estreou não estava muito animada apesar de adorar o Jesuíta Barbosa. A chamada me lembrava um pouco Meus Dois Amores que comentei aqui. É realmente um filme rural, mas tem diferenças. Malasartes é um personagem clássico da cultura popular. Enrola e engana todo mundo com sua astúcia, mesmo parecendo parvo. Nunca tinha visto Jesuíta Barbosa em um personagem cômico por tanto tempo. Ele está genial. As expressões dele estão incríveis. Ele ama Áurea, mas o irmão dela não quer um trapalhão e vagabundo para casar com a filha. Uma graça a personagem da Ísis Valverde e amei os figurinos. Delicados e cheios de detalhes. O irmão é interpretado pelo Milhem Cortaz.

Eu só comecei a ficar interessada em ver quando vi matérias falando da alta tecnologia de Malasartes e o Duelo com a Morte. Júlio Andrade é a morte e está genial. O elenco todo é incrível. Ele quer um substituto e escolhe, claro, Malasartes. E óbvio, Malasartes dá uma tremenda volta na morte. Adorei as cenas das velas, os cenários no mundo da morte e os efeitos desses núcleos.

O final e a abertura estão em animação, quando contam a história. E é na abertura que vemos as três bruxas que tecem os fios da vida. Mas a morte roubou o trabalho delas, agora a morte que decide quem morre, elas se tornam funcionárias dele. Há uma luta de poder então entre as bruxas e a morte. Vera Holtz encabeça as bruxas, as outras são interpretadas por Luciana Paes e Julia Ianina. O assistente da morte, um grande bobão que é o tempo todo manobrado por todos, é interpretado por Leandro Hassum.
Que delícia o personagem do Augusto Madeira. Ele interpreta Zé Candinho Voltaire, inspirado no Cândido do Voltaire que sempre está de bem com a vida. Coitado. Todos os personagens aprontam com ele na trama, dá dó. Adorei quando o fio da vida dele fica solto e ele fica sem rumo. O ator está excelente. Adorei também as locações, as fazendas, as casinhas rústicas, os objetos das casas. Li que foi filmado em fazendas de Campinas e Pedreiras.



Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Olá Pedrita
    Tb espero ansiosamente por essa oportunidade, infelizmente ano passado nem esse deu pra ir :(
    Querooooo muito assistir esse filme, ainda mais agora dp da sua resenha, adoroooooo o JB, a Ísis, Milhem e principalmente sou fã de carteirinha do Júlio Andrade.
    A trama parece bastante interessante e envolvente, além claro de divertida.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, eu não consegui ir tb nos dois anos anteriores. eu adoro esse projeto. acho que vai gostar. é um bom filme.

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  2. Vou querer ver este filme. Quando jovem eu lia as estórias do Malasartes, que é um personagem que lembra muito outros como o Chicó e o João Grilo (ambos do Auto da Compadecida), para citar só estes dois, rsrs.

    Beijoca

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  3. Olá, Pedrita!
    Os filmes brasileiros melhoraram muito, antes eram mais depravados. Esse parece ser bom, vou querer assistir, amei a resenha!

    Beijinhos

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    1. andréa, teve um período que a ditadura militar censurava tudo e só permitia filmes da pornochanchada. e para sobreviver quem queria viver de cinema se sujeitou. mas a ditadura já acabou faz tempo. e desde a reabertura o cinema brasileiro voltou a ser uma expressão da arte sem censura.

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