quinta-feira, 19 de março de 2020

Mary Shelley

Assisti Mary Shelley (2017) de Haifaa Al-Mansour na Netflix. Não conhecia a história da autora. Ela veio de uma família fora dos padrões da época. Sua mãe quis largar o marido para viver com um casal em ménage. Ela acaba ficando com a família e morre logo depois do parto da sua filha Mary.

Mary Goldwin nasceu de uma família de escritores. Seus pais eram escritores respeitados. Ele tinha uma livraria. O pai não gostava muito dos textos da filha, que sempre falavam de temas macabros. Ela ia muito ao cemitério e ao túmulo de sua mãe escrever. Mary Goldwin escrevia muito e o tempo todo. O pai casa-se de novo, tem outros filhos. Mary tem muitos desentendimentos com a madrasta conservadora.

Mary, aos 16 anos, vai a Escócia onde conhece o grande poeta Peter Shelley. Eles se apaixonam, mas ele é casado e tem uma filha. Ela foge com a irmã pra viver com ele. O filme insinua o tempo todo que o poeta teria vários relacionamentos além da esposa e com a irmã. A esposa desconfia. O filme vai mostrando como as ideias do livro Frankestein e o Monstro foram sendo construídas.

Em um determinado momento o trio conhece Lord Byron e vão passar um tempo na mansão dele. Lá é feito o desafio pra quem escrever a história mais macabra. Felizmente Mary Shelley volta, mas com a ideia que surgiu e escreve seu livro. O médico que fazia parte do grupo escreve na mansão do Lord Byron que publica o livro como sendo dele. Mary Goldwin, ainda não estava casada com Peter Shelley porque ele ainda era casado, não consegue publicar o seu livro. Assustador que vários editores duvidam que o livro seja dela, insinuam que ele escreveu por ela ou com ela. Para conseguir publicar, ela aceita que o livro saia anônimo com prefácio de Peter Shelley, então todos acham que o livro é dele. Vende horrores, ganha inúmeras críticas favoráveis. Peter fica viúvo, eles se casam, e o pai dela que publica o livro com o nome dela. O filme tem um olhar muito feminino, não é à toa que a diretora e roteirista é uma mulher. Fica claro o olhar sobre as agruras de ser mulher. Se já é difícil provar o talento agora, imagine no passado.
Ellen Fanning está muito bem como Mary Shelley, como o filme passa-se no período que ela tem 16 a 18 anos, ficou perfeito. E é uma grande atriz. Mary Goldwin sofreu muito, nunca teve uma fica fácil nem financeiramente. O que teve mesmo foi uma sólida formação e muita literatura. Sua irmã é interpretada por Bel Powley. Peter Shelley por Douglas Booth. William Goldwin por Stephen Dillane. Lord Byron por Tom Sturridge. Aparecem ainda no elenco: Maisie Williams, Joanne Froggatt, Ben Hardy e Chiara Charterris.
Retrato de Mary Shelley.


Beijos,
Pedrita

domingo, 15 de março de 2020

O Menino que Descobriu o Vento

Assisti O Menino que Descobriu o Vento (2019) de Chiwetel Ejiofor na Netflix. Eu queria muito ver esse filme elogiado. Chiwetel Ejiofor interpreta o pai do garoto e é produtor e diretor do filme. É sobre a história de William Kamkwamba de Malawi. A família sempre priorizou os estudos, mas vivem da agricultura.

O filme aborda muitas questões importantes e atuais. Compradores oferecem um bom dinheiro para as árvores. Em uma reunião, moradores tentam alertar sobre os riscos de alagamentos e secas pelo desmatamento, mas o dinheiro e a dificuldade financeira falam mais alto e muitos vendem as árvores de suas terras. O temido acontece. Primeiro as enchentes, depois a seca. Todos passam fome.

Outra dificuldade é conseguir estudar. O pai não consegue mais pagar a escola e o garoto é proibido de estudar. O menino consegue que alguns deixem ele escondido pesquisar livros na biblioteca e lá ele descobre que em outros países utilizam o vento como energia. Ele sempre pegava peças no lixo e criava objetos, consertava rádios, então ele vai aos poucos criando um sistema de vento que ligue a máquina e tire a água da terra. O garoto é interpretado brilhantemente por Maxwell Simba, na verdade todo o elenco está incrível. Alguns outros do elenco são Lily Banda e Aissa Maiga.

Com a invenção ele consegue uma bolsa de estudos para estudar em outros países. Até se formar como engenheiro. William Kamkwamba na foto e sua invenção ao fundo. 
Beijos,
Pedrita