sábado, 12 de junho de 2010

Flores Partidas

Assisti Flores Partidas (2005) de Jim Jamusch no Telecine Cult. Eu adoro esse diretor. O Telecine Cult colocou há um tempo vários dos filmes desse diretor na programação. Esse eu ainda não tinha visto e é sensacional! Bill Murray arrasa. Nunca sabemos o que ele sente. Ele não expressa nenhuma emoção no rosto, senta sempre do mesmo jeito, não sorri, não se empolga e o mais surpreendente é que foi e parece ainda ser um don juan. Começa com uma mulher lindíssima que mora com ele o abandonando. As mulheres que aparecem no filme são estonteantes. Essa é uma que adoro, a Julie Delpy.

Nesse dia ele recebe uma carta rosa, datilografada, sem rementente e não assinada dizendo que ele tem um filho concebido há 20 anos. Ele lê e abre essa carta na casa do seu incrível vizinho. Adorei esses dois amigos tão diferentes. Seu vizinho tem adorado brincar de detetive na internet e é interpretado pelo ótimo Jeffrey Wright. Ele é muito bem casado, tem 5 filhos e 3 empregos. Seu vizinho pede que ele faça uma lista das mulheres que se relacionou há 20 anos. Eu até que achei bem poucas e ele parecia saber detalhes, o que nem sempre acontece com Don Juans. Foram 4 mulheres, ele sabe nomes e sobrenomes, endereços e alguns nomes de parentes.

O amigo prepara tudo, um belo roteiro de viagem até mesmo com trilha sonora, que é incrível nesse filme. O nosso apático protagonista parece não querer, mas é muito disciplinado e segue todas as orientações: se vestir elegante (nosso protagonista só se veste com abrigos), levar rosas rosas e fazer perguntas sobre máquina de escrever e prestar atenção em objetos rosas. Começa então nossa incrível viagem. As mulheres são belíssimas, as atrizes são: Sharon Stone, Tilda Swinton belíssima e irreconhecível, Frances Conroy e Jessica Lange. Depois de 20 anos vocês podem imaginar como esses encontros são estranhos.

Eu sempre me surpreendo com a quantidade de incríveis atores que trabalham com esse diretor. O elenco estrelado continua. Há ainda outras belíssimas mulheres interpretadas por: Chlöe Sevgny, Meredith Patterson, Alexis Dziena, Jennifer Rapp e Nicola Abisinio. Alguns outros do elenco são: Ryan Donowho, Christopher McDonald, e Larry Fessenden.



From Mata Hari e 007
Beijos,









Pedrita

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A Cela 2

Assisti A Cela 2 (2009) de Tim Iacofano no HBO Plus. Eu gosto desse gênero de filme, esse é bem fraquinho. No início aparece a Jennifer Lopez, meio que pra desculpar, mas depois vem um bando de atores praticamente desconhecidos. Inclusive a protagonista, Tessie Santiago, e um policial do FBI, Bart Johnson, são bem ruinzinhos. Eu gosto da trama psicológica desses dois filmes, é o que é melhor arquitetado. A trama policial é bem fraquinha e com vários furos.

Da trama psicológica o que gostei é o debate sobre o envolvimento. A que lê a mente foi uma das vítimas do serial killer e por um mecanismo ficaram ligados. O serial killer então manipula e a faz de cúmplice. Muito bonito o ator que faz o policial da cidade, Chris Bruno. Os furos estão nas cenas policiais, quando resolvem ir proteger a moça, há um único carro policial, dois policiais, o próprio helicóptero é pilotado pelo próprio policial da FBI, inclusive todos os policiais, locais ou federais pilotam helicópteros. Há helicóptero, mas não há equipes que podem ser acionadas. Igualmente o serial killer é médico, entende muito do corpo humano, mas não percebe que sua vítima está viva. São vários furos, mas A Cela 2 dá pra assistir.


Adorei os novos layouts do blogger-blogspot, os designers, ainda não me decidi se vou mudar mais vezes ou deixar algum por um tempo. Gostei também da facilidade de mudar e da modernidade dos layouts.



From Mata Hari e 007

Beijos,










Pedrita

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Expresso Transiberiano


Assisti Expresso Transiberiano (2008) de Brad Anderson no Telecine Premium. Vi no site, li a sinopse, fiquei curiosa, mas receosa. Não achei o 007 pra perguntar o que ele sabia desse filme, resolvi ver porque a curisiodade era maior que o receio. Uma pena, porque é bem sofrível. Primeiro o filme demora pra engatar. Um jovem casal, ela bem mais jovem que ele, resolvem viajar da China para a Rússia no Expresso Transiberiano. Ele é um religioso. Acabam ficando na cabine com um casal muito estranho. O marido religioso da moça parece um desinformado, não entendo como não fica com receio de deixar os seus pertences na cabine dividindo com um casal tão estranho.

De uma hora pra outra começa uma violência desmedida e forçada. Muito estranho a moça aceitar pegar um ônibus em uma estrada cheia de neve pra ver um lugar histórico praticamente destruído. Ela tinha pouco tempo, estava sem o marido, a maioria não falava o seu idioma. Nada a ver. E depois um grupo conseguir desmembrar o trem sem o casal perceber, e ainda andar e voltar no trilho como se ninguém fosse passar. Tudo muito mal feito. Também a trama é mal amarrada. Um aparente detetive quer descobrir o que foi roubado num lugar secreto. Eu consegui unir os pontos, mas fica bem mal explicado e mal editado. O elenco é bom: Ben Kingsley, Woody Harrelson, Emily Mortimer, Kate Mara, Eduardo Noriega e Thomas Kretschmann.



From Mata Hari e 007

Beijos,









Pedrita

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Reino do Dragão de Ouro

Terminei de ler O Reino do Dragão de Ouro (2003) de Isabel Allende da Bertrand Brasil. Comprei esse livro em um sebo porque adoro essa autora. No início vi que é o segundo de uma trilogia. Como achei que era uma trilogia sobre o Tibete, o Himalaia, não senti necessidade de ler os outros. Mas no segundo capítulo levei um susto e descobri que se tratava de um delicioso livro de aventura e que o primeiro se passa na Amazônia, quero ler agora os outros dois. Devorei, não queria mais fazer outra coisa. No grupo que segue para o Tibete está a avó que escreve na National Geographic, dois fotógrafos, seu neto e uma amiga do seu neto, uma índia que vive na Amazônia.

Obra Camino a Zorritos de Lucy Angulo Lafosse

Trechos de O Reino do Dragão de Ouro de Isabel Allende:









“Tensing, o monge budista, e seu discípulo, o príncipe Dil Bahadur, tinham passado vários dias escalando os altos montes a norte do Himalaia, região de gelos eternos, na qual, em séculos de história, somente algumas lamas haviam posto os pés.”


“Em 1950”, o monge acrescentou, “o Tibete foi invadido pelos chineses, que destruíram mais de seis mil mosteiros e fecharam os restantes. Em sua maioria, os lamas partiram para o exílio em outros países, como a Índia e o Nepal, espalhando por toda parte os ensinamentos de Buda. Em vez de acabarem com o budismo, como pretendiam, os invasores conseguiram exatamente o contrário: disseminá-lo pelo mundo. Apesar de tudo, estão desaparecendo muitos dos conhecimentos da medicina dos lamas, bem como alguns de seus tratamentos psíquicos.”
“Os visitantes notaram que também se vendiam latas vazias, garrafas, bolsas de plástico e sacos de papel já usados. Todas as coisas tinham valor, mesmo as mais insignificantes, porque ali nada havia em excesso. Nada se perdia, tudo se usava ou se reciclava. Um frasco de vidro ou uma bolsa plástica podiam ser considerados verdadeiros tesouros.”

Tanto o pintor como o compositor são peruanos.



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Beijos,









Pedrita

terça-feira, 8 de junho de 2010

Saraband

Assisti Saraband (2003) de Ingmar Bergman no Max. Esse é meu diretor favorito, sempre fico estarrecida com suas obras. Quando vi que o canal Max ia passar nem acreditei. Esse canal é novo, veio no lugar no maravilhoso Cinemax da HBO. Não sei se vou ter acesso constantemente, já que não tenho HD. Esse filme foi realizado para televisão uma co-produção entre Suíça, Itália, Alemanha, Filândia, Dinamarca e Áustria. Saraband parece inicialmente um filme tranquilo, como a maioria dos filmes do Bergman. Liv Ullmann está desbundante como sempre, sua personagem, em meio a fotos, resolve visitar seu ex-marido, eles se divorciaram a 30 anos e não se viram mais. Pelo que compreendi, ele teve com essa mulher duas filhas que igualmente não teve mais notícias.

Parece que vai ser um filme de pessoas que viveram 17 anos juntos e se reencon-tram já em outro estágio da vida. Ela diz sua idade no filme, 63 anos, ele parece mais velho. Ele mora em um casa isolada, em um lugar deslumbrante. Já estão mais serenos pelo tempo, parece que será sobre um filme de reencontro. Mas Bergman sempre surpreende. Perto da casa desse senhor mora seu filho que ficou viúvo há dois anos e sua neta. A relação entre o pai e o filho é conflitante. Há um ódio antigo, estranho não superarem. A agressividade dos dois incomoda. 

 A neta é a que mais sofre. Esse pai tem uma relação muito estranha com ela. Ele é possessivo e violento, como foi com a mãe dessa moça. Os dois são músicos, violoncelistas. Ele dá aulas na cidade e é o professor dela. Ele tenta fazer de tudo para que a neta não vá estudar em outro lugar até mesmo usar a violência. O marido é interpretado maravilhosamente por Erland Josephson. O filho é interpretado por Börje Ahstedt. Ele tem tantas facetas que nos assustamos quando muda rapidamente entre o doce e o possessivo. Linda e talentosa a neta interpretada por Julia Dufvenius. Obviamente que a trilha sonora é maravilhosa.




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Beijos,








Pedrita

domingo, 6 de junho de 2010

Deadline U.S.A.

Assisti Deadline -U.S.A. (1952) de Richard Brooks no Telecine Cult. No Brasil está como A Hora da Vingança e como esse título não tem nada a ver preferi colocar o estrangeiro já que é um termo usado no jornalismo. Eu não sabia do que se tratava, fui ver a sinopse e me deparei com o Humphrey Bogart no elenco e com o ano de 1952, então me programei pra ver. Sempre me surpreendo com a originalidade de temas desses filmes clássicos, temas que talvez hoje não conseguissem ser realizados sem grandes transformações. Humphrey Bogart é um editor de um importante jornal. Começa tão atual que me assustei. Um político dá uma entrevista coletiva dizendo que ele não deu dinheiro do seu mandato para a campanha política. Alguém acredita em um tema desse? Parecia que eu via um filme dos dias de hoje.

Esse jornalista acaba meio sem querer, por uma equipe muito experiente descobrindo fatos que vão se somando contra esse homem que não conseguem provas. Nesse meio tempo duas situações o atormentam. Uma situação é igualmente atual, os herdeiros desse grande jornal não se interessam pelo negócio da família, querem vender o jornal, mesmo sabendo que o comprador é o concorrente e esse tem a intenção de acabar com o jornal. A outra situação é que sua ex-mulher, que não aguenta as ausências do marido para o jornalismo, resolve se casar novamente e ele fica inconformado. O elenco é muito bom: Ethel Barrmore, Kim Hunter, Ed Begley e Martin Gable. Deadline U.S.A. é sensacional, além de ser uma aula de jornalismo!

O vídeo é aconselhável só pra quem viu o filme.



From Mata Hari e 007
Beijos,

From Mata Hari e 007
Pedrita