Assisti The Doll (2016) de Rocky Soraya na Netflix. Sabem o quanto gosto desse gênero. Esse filme é da Indochina e vocês sabem também como os orientais são bons nesse gênero. No começo achei que esse não era bom, as interpretações estavam canastras, insisti mais um pouco e sim, os orientais são mesmo mestres nesse gênero, tanto que muitos filmes americanos se inspiraram neles.
The Doll não perde a coerência e vai em um crescente muito bem arquitetado. Sim, os orientais não tem medo de fazer filmes violentos, fica muito, mas muito violentos, mas são inteligentes, não perdem a lógica o que faz tudo ficar cada vez mais aterrador. Que roteiro bem arquitetado, cheio de surpresas.
Um casal muda-se para uma belíssima casa em um condomínio. O marido avisa a esposa que foi promovido e que o trabalho vai ajudar no financiamento da nova moradia. Ele insiste que os operários da obra que é chefe arranquem uma árvore onde há uma boneca. A boneca então passa a aparecer na casa dele para assombrá-lo. O casal é interpretado por Shandy Aulia e Denny Sumargo. As outras mulheres por Sara Wijayanto e Vita Maria Barrazza. Há uma continuação disponível na Netflix mas agora eu volto a não ter acesso a esse sistema por um tempo.
Assisti a série 3% (2016) de Pedro Aguilera na Netflix. Queria muito ver essa série e é incrível. Me assustou a atualidade do roteiro. A primeira temporada tem 8 episódios profundamente intensos. 3% é o número de escolhidos para viver em paz, com bons recursos médicos, dignidade. A maioria vive miseravelmente, sem remédios, sem atendimento médico, sem moradias dignas, com pouca água e falta de alimentos. Não é muito diferente do que vivemos hoje e não só no Brasil, mas se compararmos só aqui já vamos ver muitas semelhanças. Só um percentual muito baixo de pessoas de renda muito alta tem acesso aos melhores tratamentos e aos hospitais, a maioria fica em filas monstruosas, esperando tratamentos, procedimentos e remédios. Moradia então nem se fala.
O processo de escolha dos 3% é perverso e liderado pelo personagem do João Miguel. O roteiro é muito inteligente, enquanto os jovens passam por provas absurdas vamos conhecendo a liderança e as histórias de como o processo foi criado. O protagonista está sendo questionado por alguns conselheiros que o consideram muito violento, colocam uma mulher para investigar o processo e a ele. A história dele é triste demais!
O elenco todo é incrível, tinha tempo que eu não via um produto com um equilíbrio tão grande entre atores de várias origens. Bianca Comparato está impressionante, como gosto dessa atriz. Ela costuma ser chamada para fazer personagens que sofrem violências atrozes, o que não é diferente em 3%. No processo há integrantes infiltrados da causa. A causa quer informações do processo para destruí-lo. A personagem da Bianca é uma infiltrada da causa, outro é o personagem do Rodolfo Valente, gostei muito de reencontrar o trabalho desse ator. O personagem tem caráter muito duvidoso. A rebelde é interpretada por Vaneza Oliveira, que atriz, que personagem difícil. Adoro o ator que interpreta o cadeirante, Michel Gomes, é um rapaz sensível, filho de um fanático religioso do processo, que acredita no processo, mas vive de modo miserável do outro lado. Rafael Lozano é herdeiro de uma família que sempre foi bem nos processos, que sempre foram os escolhidos, é arrogante e se sente superior pelo histórico familiar, ótimo personagem também. Luana Tanaka é outra que participa do processo. O que não faltam são bons personagens.
Viviane Porto é outra que tem um personagem importante, ela entra na diretoria do processo para investigar os métodos do líder que acham que são muito violentos. O conselho então só tem feras: Zezé Motta e Carlos Mamberti. Sistemas perversos promovem uma infinidade de injustiças, liberam o que há de pior nos seres humanos.
Luciana Paes tem um personagem determinante na liderança do processo. Fiquei me perguntando o que a personagem teve que fazer para ganhar um cargo de liderança comparando o que foi solicitado a personagem da Vaneza Oliveira.
Que triste e difícil a personagem da Mel Fronckowiak. Ela só aparece na primeira temporada. Na Netflix já está disponível a primeira e a segunda temporada, estão gravando a terceira. Celso Frateschi interpreta o líder da Causa. A primeira temporada termina com o fim do processo.
Assisti Intimidade entre Estranhos (2018) de José Alvarenga Jr. no Canal Brasil. O 007 tinha comentado comigo sobre esse filme e nós dois queríamos ver, eu já consegui. Coloquei pra gravar no dia que estreou. Continua na programação do canal.
É um filme delicado! Começa com a protagonista chegando ao aeroporto no Rio de Janeiro. Vamos descobrindo que o marido é ator e recebeu um convite para atuar em uma minissérie bíblica. Os dois estão em times diferentes. Ele super empolgado porque conseguiu finalmente uma boa oportunidade profissional, e ela super desconfortável em se mudar para o Rio de Janeiro.
O filme é enxuto, praticamente todo em um pequeno prédio, muito interessante a locação. Aos poucos também ficamos sabendo a história do prédio. O garoto mora sozinho lá, mal sai às ruas. Ele vivia com a avó que morreu e é dono do prédio. O casal aluga um apartamento, o único alugado. E começa então a Intimidade entre Estranhos. Ela fica muito no apartamento sozinha porque o companheiro está nas gravações. Então os dois no prédio passam a se conhecer e a se apoiar. O filme é praticamente os dois. Adoro a Rafaela Mandelli. O rapaz é interpretado por Gabriel Contente. O companheiro por Milhem Cortaz. Muitos outros atores fazem pequenas participações: José Dumont, Giovanna Lancelotti, Jayme Periard, Karin Rodrigues, Laís Pinho e Brenda Sabryna.