sábado, 8 de outubro de 2016

Anjos da Noite: A Evolução

Assisti Anjos da Noite: A Evolução (2006) de Len Wiseman no TelecinePlay. Eu tinha visto o primeiro, que comentei aqui, e tinha dificuldade de saber qual era a continuação. No Now vi esse, vim no computador e descobri que era o segundo. No começo até fiquei na dúvida, era uma luta com lobisomens em uma floresta com neve. O primeiro é bem urbano, nas áreas baixas de uma cidade.

Mas aos poucos vão mostrando flashes do passado e contando porque chegou daquele jeito e vi que era mesmo o segundo. Gostei! Adoro esse gênero. Mas esse eu achei muito mirabolante demais. Fica muito tempo em lutas exageradas, quase impossíveis, com desfechos meio impossíveis. Mas mesmo assim o roteiro é bom. O rapaz do casal protagonista misturou o vampirismo com o lobisomem e a protagonista não sabe o que virá depois.

No sangue há a informação. Quando alguém morde passam os dados. A protagonista tem uma informação passada na infância e só ela sabe o segredo. Enfim, é uma trama cheia de segredos. Os casal protagonista é interpretado por Kate Beckinsale e Scott Speedman. Há vários atores conhecidos no elenco: Bill Night, Brian Steele, Derek Jacob, Shane Brooly, Steven Mackintosh, Tony Curran e Michael Sheen.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Los Carpinteros - Objeto Vital

Fui a exposição Los Carpinteros - Objeto Vital no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A curadoria é de Rodolfo de Athayde. Eu sabia dessa exposição, mas só fui ver mesmo porque fui ao teatro no CCBB São Paulo. Ainda bem porque é incrível!

Em 1992 foi criado o coletivo Os Carpinteiros pelos cubanos Alexandre ArrecheaMarco Castillo e Dagoberto Rodriguez. São mais de 70 obras entre desenhos, aquarelas, esculturas, instalações, vídeo e obras site specific, fui pesquisar e esse termo significa que a obra foi feita para o espaço específico, feita no local. Há obras em tela, madeira, com lego, objetos variados.

Várias humorísticas. Só é possível perceber as ironias indo no espaço. Eu recentemente descobri o trabalho em madeira dos cubanos. É muito interessante ver intervenções em estilos clássicos e tradicionais cubanos envolto nas ironias, nas sutilezas. A mostra Los Carpinteros - Objeto Vital fica em cartaz até 12 de outubro e é grátis! Depois segue para Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

As Luzes do Ocaso

Assisti a peça As Luzes do Ocaso no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A direção é de Neyde Veneziano e o texto de Maurício Guilherme. Maravilhoso espetáculo! Tudo impecável. O dia que fui não foi com o Paulo Goulart Filho e sim com o Leo Stefanini.

Fotos de Priscila Prade
Magali Biff está simplesmente maravilhosa. Eu adoro essa atriz e que personagem rico que ela ganhou, quantas nuances. Excelente roteiro! É um suspense que fala um pouco das vedetes do teatro brasileiro. Nossa protagonista é uma vedete, ela se isolou na praia com um homem que chama de bebê. 

Surge então um rapaz interpretado brilhantemente por Giovani Tozi. Ele alugou uma casa que estava há anos vazia e passa e visitar a vedete. Ele a reconhece quando ela estava cuidando das roseiras. O personagem também é muito rico, cheio de surpresas. Sim, há o drama que estoura na trama, mas a peça acaba falando desse esquecimento dessas atrizes que foram deslumbrantes e continuam lindas, mas que não são mais jovens. Algumas para que o público que tanto as amaram não as vejam envelhecendo se isolam, desaparecem praticamente. Adorei o cenário de Cássio Brasil, que também assina os belíssimos figurinos. As portas de espelhos distorcidos, e que despojamento dos atores em atuar sem se incomodar com as imagens distorcidas. Esse recurso precisa de uma excelente iluminação de Wagner Antônio para o efeito ser completo e também não incomodar a plateia. Linda a cena que a protagonista tem um espelho em um álbum de fotos e a luz bate no espelho e ilumina o seu rosto. Há várias canções, algumas cantadas pela protagonista e uma por Carol Bezerra. Adorei o espetáculo! Lindo demais! Infelizmente fui na última semana. Ainda tem hoje e amanhã, ingressos 20 reais. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Effie Gray

Assisti Effie Gray (2014) de Richard Laxton no TelecinePlay. Não sabia desse filme, não conhecia essa história. Effie Gray (1828-1897) foi a esposa de um grande crítico de arte John Ruskin (1819-1900). O roteiro foi escrito por Emma Thompson, que inclusive está no elenco. Thompson é uma grande feminista.

Quando Effie era criança ainda, ele visitou a Escócia onde ela morava com a família, ficou encantado com a beleza dela, quando ela teve idade para casar, levou-a como esposa, mas nunca consumou o casamento. A crueldade com que ele a tratava é assustadora. Até porque era bem silenciosa. Inclusive pouco se sabe a fundo o que realmente aconteceu. Só se sabe que o casamento nunca foi consumado. Ele vive com os pais e ela nada pode fazer na casa. Apesar que isso é comum em pessoas abastadas como a família do marido era. Sua mãe tinha muitos filhos, a família era pobre. Eles tinham 9 anos de diferença.

A esposa de um grande galerista, Elizabeth Eastlake|que é também crítica de arte e autora tenta ajudar Effie. No início ela acha que é um sofrimento normal, como ela passou. Lady Eastlake conseguiu superar o início do casamento e se dá bem com o marido. Ela aconselha Effie e esta percebe que pode tê-la como amiga. Não muito próxima, porque Effie vivia enclausurada na belíssima casa da família do marido. Boa parte das esposas viviam assim. E nem todas eram infelizes com o seu destino. Lady Eastlake aparece no filme Mr. Turner também.
Conseguem arrumar uma viagem para o casal, para que a esposa fique longe dos sogros opressores, para ver se o casamento floresce. Mas o marido só quer escrever, Effie fica bem em Veneza, porque ele autoriza a esposa a sair com amigos, só que ela fica falada, já que na maioria das vezes está entre jovens rapazes. Ela era muito jovem também, o marido não tanto. Quando ela volta para a casa dos sogros fica doente, o médico indica uma viagem para a casa da família dela. Mas o marido leva a esposa e um pintor há uma minúscula casa em um lugar úmido e frio na Escócia. Effie fica melhor, porque tem os afazeres da casa, mas o marido a maltrata muito. É com esse jovem pintor que no futuro Effie casa após conseguir a anulação.
Effie Gray por Thomas Richmond

Imagino a dificuldade que deve ter sido para Effie provar que o casamento não tinha consumado. Ela precisa ir a médicos para comprovar a virgindade. Imagine a vergonha. Se já é desconfortável hoje, imagine antigamente. E depois pedir judicialmente. Tudo em silêncio pelos riscos que poderia correr. Ela sai de casa antes do marido ser intimado. Depois ela casa com o pintor John Everett Millais. Mas só subentendemos. Confesso que senti falta do restante da história. O primeiro casamento foi anulado, Effie casa com o pintor e tem 8 filhos. Não consigo imaginar o escândalo na época. Nas biografias que localizei na internet, John Ruskin tenta casar depois com uma outra ninfeta. Por sorte a família escreve para Effie para entender o que aconteceu e fazem a filha romper o noivado.

O filme é muito cuidadoso. Mas eu acho que o crítico amava as musas e queria que elas continuassem musas. Tinham fascínio pela pureza das adolescentes ou mesmo crianças. E creio que desejava que Effie fosse intocável para sempre. Quando Effie vai morar com ele e se torna humana, ele passa a odiá-la. Muito provavelmente faria isso com a pretendente futura. Effie é interpretada muito bem por Dakota Fanning. O primeiro marido por Greg Wise. O segundo por Tom Sturridge. Os sogros por Julie Walters e David Suchet. Claudia Cardinale faz uma pequena participação, preciso rever para encontrá-la. Alguns outros do elenco são: James Fox, Robbie Coltrane, Derek Jacob e Linda Basset.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Swept Under

Assisti Swept Under (2015) de Michel Poulette no TelecinePlay. No Brasil está como Rastros de um Assassino. Esse termo americano significa varrer para baixo do tapete, Muito melhor! Gostei! Eu queria um filme para distrair e gosto de filmes policiais para esse intento. Funciona, é bem realizado. Não chega a ser um grande filme, mas é bom.

Nossa protagonista trabalha como limpadora de cenas de crimes. Primeiro a polícia aparece, faz a perícia, aí a contrata para limpar. Começa ela limpando uma cena. Incrível os equipamentos que limpam, quem gosta de limpeza vai adorar. São várias técnicas. Ela trabalha por conta própria e conta na trama que descobriu que esse trabalho dava um bom dinheiro. Deve mesmo. Não sei se existe esse profissional no Brasil. E o filme surpreende. Por eu gostar do tema, acabo vendo e lendo, então costumo ter alguns palpites e um deles ser o desfecho. Esse não imaginei nada do real desfecho. Me pegou totalmente de surpresa. Ela é interpretada por Devin Kelley, o policial por Aaron Ashmore. Distrai.
Beijos,
Pedrita

domingo, 2 de outubro de 2016

Testemunho da Juventude

Assisti Testemunho da Juventude (2014) de James Kent no HBO On Demand. Faz tempo que vejo esse poster no Now, mas nunca me animei já que o nome no Brasil é péssimo, Juventudes Roubadas. Achava que seria um filme romântico meloso e sem profundidade. Que pena que demorei tanto para ver. Sim, focam no romance da protagonista, mas é muito mais do que isso.

É baseado no livro da escritora inglesa Vera Brittain que se tornou uma grande pacifista. Infelizmente não há um único livro dela traduzido no Brasil. Que triste! Essa foto ilustra bem, é antes da guerra, os quatro jovens e alegres, cheios de planos. Os homens seguirão para Oxford, ela quer ir, mas o pai não deixa. Finalmente ela consegue, estoura a guerra e só ela vai estudar. Ironicamente, só ela poderá estudar, eles irão lutar na guerra.

Ela acaba parando o curso e se inscrevendo como enfermeira voluntária. Depois de um tempo ela quer seguir para ser voluntária na França, onde seu irmão está lutando. Mas ela vai cuidar dos alemães feridos. Ela não quer, mas não aceitam a mudança. Foi fundamental esse convívio porque é quando ela vê que todos sofrem, família, por amor, por dor. Ela vê o quanto a guerra é cruel para todos. Deve ser o início das posições pacifistas da autora.

Alicia Vikander está incrível como Vera Brittain, um pouco jovem para o papel, já que o tempo passa, mas está ótima. O amor da vida dela é interpretado por Kit Harington. Gostei que colocaram todos os conflitos que ocorrem quando a guerra estoura. Os arroubos patrióticos, as insanidades em ir matar o outro pelo patriotismo. As dificuldades de lidar com o amor em tempos tão difíceis. O irmão é interpretado por Taron Egerton. A amigo por Colin Morgan. A mãe por Emily Watson. O pai por Dominic West. A professora por uma atriz que adoro, Miranda Richardson.

Beijos,

Pedrita