sábado, 2 de dezembro de 2017

Os Esquecidos

Assisti Os Esquecidos (2004) de Joseph Ruben na ClaroTV. Já tinha ouvido falar vagamente nesse filme há muito tempo, nem tinha certeza se já tinha visto. Fiquei na dúvida se deveria esquecer esse filme e não comentar aqui, mas amo a Julianne Moore, ela está maravilhosa!

Começa com Julianne Moore tentando superar a morte do filho. Ela fala com o terapeuta e se dá bem com o marido, mas vive com as coisas do filho, no quarto do filho. Julianne Moore arrasa como essa mãe atormentada. O psicólogo diz que ela inventou tudo, que nunca teve um filho, que isso acontece. Juro que nunca vi isso. Já soube de pessoas que inventam histórias e acreditam nelas, mas cada vez algo diferente, mudando sempre as histórias, sem enumerar detalhes, iguais sempre, com datas, fiquei curiosa pra saber sobre essas invenções. De repente todas as lembranças do filho somem e ela fica irada, foge de casa. Começam a acontecer coisas estranhas. É presa porque invadiu uma casa, mas o FBI reivindica a presa. Por que o FBI estaria interessado em uma pessoa que invadiu um apartamento?

Ela consegue fazer um pai lembrar de uma filha que desapareceu junto com o filho dela. A parte da abdução é uma bobagem. Mas o filme é bem eletrizante, prende, as cenas de ação e investigação são boas. Dominic West é o pai da outra criança. O marido é interpretado por Anthony Edwards e o psicólogo por Gary Senise. A investigador por Alfre Woodard.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O Leitor

Terminei de ler O Leitor (1995) de Bernhard Schlink da Record Editora. Eu quis muito ler esse livro depois que vi o maravilhoso filme de 2009. O filme foi muito fiel ao livro que é igualmente maravilhoso. Eu comprei em um sebo com um ótimo preço e tinham vários lá ainda. Parece que não é um livro difícil de achar. Não é a primeira vez que um filme me estimula a leitura de um livro.

O livro é muito bem construído. Um garoto passa mal, uma mulher cuida dele e eles passam a viver um relacionamento secreto. Ele tem somente 15 anos. Ela é uma mulher mais velha. Mas um não sabe praticamente nada do outro. Nós sabemos mais do rapaz que é narrador, mas nada sabemos dela. Então vemos uma mulher doce, que gosta que leiam pra ela. Sim, uma mulher forte, com alguns rompantes, mas uma mulher limpa, asseada, que cuida da casa, trabalha de cobradora de bonde.


O tempo passa e ele a revê em um tribunal. Ela foi uma agente da SS na Segunda Guerra Mundial. O jovem agora estuda direito e eles iam ver os julgamentos. É muito interessante como o autor coloca. Apesar do rapaz fingir indiferença a mulher, ele não consegue ficar longe dos dias incansáveis de julgamentos. Os alunos viam duas sessões por semana, ele passa a ver todas. Então ele percebe o que antes não percebia quando via espaçado. Quando via de vez em quando, tinha interesse, mas quando começa a ver diariamente, ele percebe que todos, até os juízes, passam a ficar indiferentes, entediados mesmo. Muito interessante o autor mostrar como algo repetido a exaustão passa a causar indiferença. Que os envolvimentos passam a ficar entediados, mesmo com um caso tão grave. Mas ela acaba assumindo a autoria de uma carta que nunca escreveu, por não admitir que é analfabeta. Mas será que o motivo seria tão simples? Que ela não queria que o segredo de ser analfabeta fosse revelado? Apesar de um livro curto, todas as dúvidas estão lá, daqueles que trabalharam para os alemães e para nós. Se é que igualmente não ficamos indiferentes. O livro acaba incomodando os cidadãos alemães que não participaram diretamente na guerra, mas que podem ter sido indiferentes, se fingindo de indiferentes as atrocidades para não se comprometer, ou fingir que não sabe para fingir que não sofre. O filme é mais emotivo. Os dois protagonistas praticamente não demonstram emoções no livro.

O rapaz não consegue falar com ela sobre saber que ela é analfabeta, nem com o juiz. Ela então é condenada a mais tempo que as outras. Ele passa então a gravar fitas com as leituras de livros. É tudo muito bonito, um livro difícil, triste, e muito, mas muito bem escrito. Boa parte do livro nos deixa desconfortáveis sobre o nosso papel em situações graves. Sobre nossos posicionamentos ou mesmo sobre nossas omissões.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Rogue One

Assisti Rogue One (2016) de Gared Edwards na Super Estreia do Telecine Premium. Queria muito ver esse filme. Li que seria entre o 3 e o 4. A trama é muito bem construída. Adoro a Felicity Jones. Gostei muito!

Começa com a infância da protagonista. Ela vive com o pai e a mãe. O esconderijo é descoberto. O pai estava prestes a finalizar um invento que ia provocar muita destruição. Ele consegue fugir. Prestes a ser capturado, os 3 se separam. O pai é um ator que adoro, o Mads Mikkelsen.

Linda demais a menina que faz a protagonista na infância, Beau Gadsdon.

Ela cresce, chega uma mensagem do pai que está em poder dos maus e avisa que criou uma falha que destrói seu invento e quer que os revolucionários destruam o seu invento. O elenco todo é ótimo. Adorei o robô que acompanha o resgate. E gostei muito de ser o Diego Luna que ajuda a protagonista na missão.

Gostei muito da trama do cego, mesmo que com alguns exageros. Ele consegue desenvolver os sentidos e ser um grande lutador. A dupla é ótima: Donnie Yen e Wen Jian.

Forest Whitaker também está no elenco. Adoro esse ator.  E ainda Riz Ahmed, Ben Mendelsohn,  Guy Henry, Jimmy Smits e Alistair Petri. Muito bacana ligarem o final com o Star Wars 4 e aparecer virtualmente e Princesa Léa jovem. Lindo!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Dostoiévski-Trip

Assisti a peça Dostoiévski-Trip de Vladímir Sorókin no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A direção é de Cibele Forjaz. O espetáculo reúne duas companhias: Livre e Mundana. No início já fiquei muito instigada. Pessoas vão chegando isoladamente, percebemos que marcaram um encontro, são viciadas e amei, viciadas em livros. São inúmeras citações de grandes autores e seus efeitos colaterais.

O traficante traz um livro que revelará uma grande experiência, altamente perigoso, é O Idiota de Dostoiévski. O grupo passa a desfrutar da leitura e a peça segue com trechos de O Idiota que li e comentei aqui. No final há uma catarse com os efeitos colaterais da leitura. O elenco todo é ótimo: Aury Porto, Edgar Castro, Guilherme Calzavara, Luah Guimarãez, Lúcia Romano, Marcos Damigo, Sergio Siviero e Vanderlei Bernardino.
Gostei muito dos figurinos que são bonitos, funcionais e vão se transformando durante o espetáculo sem percebermos. Dostoiévski-Trip fica em cartaz no CCBB São Paulo até 18 de dezembro. Os ingressos custam somente 20 reais e meia entrada, menos que um ingresso de cinema. Depois a peça viaja no ano que vem para os CCBBs de Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Dessa diretora eu vi o maravilhoso Galileu Galilei que comentei aqui.

As fotos são de Cacá Bernardes

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Amelia Toledo: Lembrei que Esqueci

Fui a exposição Amelia Toledo: Lembrei que Esqueci no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A curadoria é de Marcus de Lontra Costa. Que exposição maravilhosa! Que obras! Fiquei encantada!

Eu tinha visto essas imagens das rochas do CCBB São Paulo na internet e ficado fascinada, queria muito ver ao vivo e é muito emocionante, inesquecível! Eu sou fascinada por rochas, tenho um quartzo rosa aqui pequeno, já vi uma rocha grande verde, mas nada se comparava a essas peças enormes. Que sensação!

E foram essas imagens das rochas que me atraíram a exposição e me fizeram conhecer vários outros trabalhos de Amélia Toledo. Ela utiliza muitos materiais diferentes, aço, óleo, corantes. É muito interessante ver em cada obra o material que ela usou. Várias obras são interativas.

Eu tinha visto imagens da Amelia Toledo na abertura da exposição e foi só a Fátima Pombo que me disse que a artista faleceu um pouco depois. Fiquei muito triste. Concordo com a Fátima que o trabalho do artista fica com as suas obras, perpetuado em seu trabalho, mas fiquei triste. A exposição Amelia Toledo: Lembrei que Esqueci fica no CCBB São Paulo até 8 de janeiro. Grátis!

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Valentín

Assisti Valentín (2002) de Alejandro Agresti no Canal Brasil. Eu tinha visto um trailer desse filme no canal e fiquei com muita vontade de ver. Valentín queria ser astronauta, então ele cria tudo o que pode de objetos espaciais, até uma roupa de astronauta. É fofo demais! Que filme lindo! Mas muito triste!

Valentín vive com a avó que é interpretada pela maravilhosa Carmem Maura. A avó ficou recentemente viúva. Os dois vivem com bastante dificuldade. O pai raramente visita. O próprio diretor interpreta o pai. Um tio aparece mas some também e é realizado pelo João Pierre Noher. É de cortar o coração a solidão desses dois. A avó começa a não se sentir bem mas não quer ir ao médico. O Valentín procura um médico e convence-o de um plano para encontrar a avó e fingir que é casual, é lindo demais. O pai sabe depois, briga com o garoto, mas volta a desaparecer.

É um vizinho que ajuda Valentín nos momentos difíceis e é interpretado por Mex Urtizberea. A avó nunca gostou da proximidade porque o vizinho bebe muito. Ele é pianista, ensina um pouco Valentín tocar e é esse vizinho que ouve Valentín, que o ajuda na longa espera na noite que a avó está no hospital. Muito dolorido após a morte da avó. O pai coloca a casa a venda e deixa o garoto na casa de um amigo da escola. A mãe nunca aparece, vem um amigo da mãe dizer que a mãe pensa sempre no menino, mas mesmo vendo a situação de abandono e desamparo do garoto, nem vai visitá-lo.
O pai teve uma namorada que visita Valentín no começo do filme. Depois ela acaba o relacionamento com o pai de Valentín, mas os dois continuam amigos. Ela é interpretada pela bela Julieta Cardinali. Impressionante como são pessoas estranhas que mais ajudam Valentín e a avó. Valentín é interpretado brilhantemente por Rodrigo Noya.



Beijos,
Pedrita