quinta-feira, 11 de julho de 2024

Agulha no Palheiro Temporal

Assisti Agulha no Palheiro Temporal (2021) de John Ridley no TelecinePlay. Que filme lindo! Fiquei muito emocionada! Adoro filmes de viagem no tempo!

O casal é lindo! Adoro Cynthia Erivo, ele é o principal, Leslie Bloom Jr., lindo e talentoso. Demoramos um pouco pra compreender o que acontece. Em uma reunião ele vê uma onda vindo, o nariz dele sangra. Logo ele liga pra esposa pra saber se ela ainda lembra dele. Achei que tinha a ver com as mudanças climáticas, que provocavam transformações, mas não.
O personagem do Orlando Bloom é um revoltado. Ele perdeu seu grande amor para o seu ex melhor amigo. Ele nega, mas percebemos que ele tem feito viagens no tempo pra mudar o passado e o futuro, o que é proibido. As viagens no tempo são caríssimas, nas regras nada pode ser mudado, e ele muito, mas muito rico, abusa desse privilégio. Acho difícil essa regra ser respeitada pra qualquer pessoa. Dois outros recorrentes no elenco são Freida Pinto e Jadyn Wong. A trilha sonora é linda.

Quando o protagonista volta pra casa percebemos que alguma mudança aconteceu. De manhã ele tinha um cachorro e passeou com ele, de noite ele chega em casa e é um gato com o mesmo nome. Ele estranha ter um gato porque nunca gostou de gatos, e ama cachorros, mas não lembra que tinha um cachorro de manhã. Só nós sabemos que algo mudou e o animal de estimação também. E ficamos pensando o que mais pode ter mudado nas outras vezes. É um filme bem triste, me emocionei bastante.
A maldade do que não se conforma de perder sua esposa incomoda muito. Sem escrúpulos algum ele não se importa em nada de tentar mudar o passado e o futuro. E ainda nega que o faça. Ele se aproveita, que em geral eles se esquecem do que viveram, pra mudar o passado. 
Eu fiquei me perguntando o que gostaria de mudar no meu passado, e fiquei bem confusa.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 9 de julho de 2024

Corpolítica

Assisti Corpolítica (2022) de Pedro Henrique França no Canal Brasil. No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ o canal programou o documentário e eu gravei.

Desde que saíram as primeiras fotos da produção eu queria ver. Fiquei acompanhando pelas redes sociais as gravações, os processos. Demorei demais pra assistir. Marco Pigossi assina a produção com o diretor.

Foto Liz Dórea

O filme acompanha políticos e candidatos. É a eleição de 2020, todos precisam fazer campanhas de máscaras. É a Erika Hilton na foto. E o documentário termina após as apurações. Erika foi a mulher mais votada no Brasil. Acompanhamos os candidatos vendo as apurações, me emocionei muito. Também contou um pouco da vida de alguns. Erika foi expulsa de casa aos 15 anos. Sua mãe ficou muito, mas muito religiosa, e achou que era o certo. Ela claramente se arrepende, porque ela na época não se preocupou como a adolescente ia se virar que precisou ir às ruas. Muito triste que uma religião pregue tanto desamor e violência contra os seus, só porque são diferentes. Venho acompanhando a gestão da Erika na Câmara e volte e meia ela está defendendo pautas que acredito, muito orgulho de seu trabalho.

Há anos eu voto preferencialmente em mulheres. Um país com maioria feminina e negra, não pode continuar a ter políticos majoritariamente homens, brancos e héteros. O documentário pega um segmento mais específico, o LGBTQIAPN+. Enquanto não tivermos políticos diversos, vamos continuar engolindo pautas elitistas e excludentes. E tem pouco tempo que votamos, precisamos muito, mas muito mesmo, debater política. Admiro muito projetos que conversem sobre os temas. Na foto Andrea Bak que não foi eleita nessa eleição.
Mônica Benício é outra candidata que acompanham. Ela foi eleita. Indo tomar posse ela estava muito emocionada e chorei também. Ela contou que em 2020 Marielle Franco concorreria a reeleição. Muito triste que uma parlamentar tão importante tenha sido morta por opiniões divergentes. Sobre como o brasileiro lida com as diferenças recomendo o filme O Nome da Morte que comentei aqui. Os projetos da Mônica eu acompanho pouco porque ela é do Rio de Janeiro.
Entre os já eleitos entrevistou Tammy Miranda, aquele que votou pela mudança das leis de aborto, que vulnerabilizam ainda mais crianças estupradas. Como a menina de 11 anos que na época dessa votação era levada pela família, já que é uma criança, de hospital em hospital, pra conseguir que a lei fosse respeitada e ela tivesse sua vida preservada, já que uma criança de 11 anos tem sérios riscos de não sobreviver a um parto, bem como a criança. Criança não é mãe e criança não pode gerar outra criança.
Jean Wyllys também participa. Ele acabou tendo que se exilar fora do país pelas ameaças de vida que recebeu. Erika Hilton anda com seguranças pelas inúmeras ameaças contra sua vida que recebe. Corpolítica é um documentário urgente e necessário e acaba de entrar na GloboPlay.

Beijos,

Pedrita

domingo, 7 de julho de 2024

O Menu

Assisti O Menu (2020) de Mark Myloid no Star+ na Disney. A Disney ainda não tem as opções policial e terror. Como era voltado mais ao público infantil, ainda não incluiu esses gêneros na lista. Está difícil achar os filmes que gosto. Esse eu já tinha me interessado antes, então consegui achar porque sábado é dia de fantasminhas. Esse não é de fantasminhas, mas é de terror. O ótimo roteiro é de Seth Reiss e Will Tracy.
 

Um grupo paga uma fortuna para uma experiência gastronômica com um dos chefs mais badalados do momento. Eles vão até uma ilha e passam a degustar as iguarias. É um grupo arrogante, com muito dinheiro ou que se endividou muito para estar ali. Praticamente todos são uns imbecis. Tem um ator famoso de cinema, John Leguizamo, investidores da bolsa, críticos de gastronomia, um casal que vai regularmente.
A personagem da Anya Taylor-Joy é a única que causa desconforto. Ela não estava programada no grupo. Ela foi substituir uma jovem que não foi. Inclusive o nome dela nem foi substituído, ainda está o da outra. Então todos só souberam que seria outra pessoa quando eles chegam na ilha. O chef do ótimo Ralph Fiennes fica intrigado com ela, já que ele sabe detalhes de cada um dos convidados, menos o dela. Ela acompanha o personagem do Nicholas Hout. Outro imbecil e grosseiro.

A equipe do restaurante assusta. Os cozinheiros parecem robôs. Há seguranças violentos e a maître de Hong Chau que apavora. Ela também sabe tudo dos convidados e os intimida o tempo todo. O filme tem inúmeras surpresas e é bom ir descobrindo aos poucos. Que delícia de filme! Mas aviso que é muito indigesto.

Beijos,
Pedrita