sexta-feira, 25 de maio de 2018

Maudie

Assisti Maudie (2016) de Aishling Walsh no Max. Eu tinha visto no canal uma chamada desse filme, coloquei pra gravar. Que filme lindo! Conta a história da artista plástica Maud Lewis que vivia em uma casinha na Escócia com o seu marido. Que vida difícil a dela.

Sally Hawkins e Etham Hawke estão maravilhosos! Maud Lewis tinha uma severa artrose rematoide desde a juventude que só se agravava. O irmão não valia nada. O filme começa com ela morando na casa da tia austera. O irmão vende a casa deles, herdada da mãe. No Brasil hoje isso não é possível, a não ser que conseguisse alegar a incapacidade mental da pessoa. Mas acho que na época da juventude da Maud talvez nem no Brasil existisse essa proteção. Eram os homens que decidiam sobre a vida das mulheres. Maud descobre então que teria mesmo que viver com a tia que a tratava como inválida, não deixava Maud sair, era grosseira com a sobrinha o tempo todo, a escravizava nos serviços domésticos. Maud então vê a oportunidade em uma loja de ser doméstica de um homem rude e de poucos recursos. 
Apesar do jeito rude dele, ele era um homem bom. A casinha é minúscula. Uma graça como Maud vai dobrando o gênio intransigente dele e conseguindo o que quer. Em um momento no filme ele conta pra Maud que vivia em um orfanato. Uma graça que os dois acabam se casando. E ela vai pintando a casa até chamar a atenção e jornalistas irem fazer matérias com ela. Ele fica bem enciumado e bastante irritado com as filas de pessoas que vão na casa conhecer e comprar os quadros. Mas como ela que começa a ganhar mais dinheiro para a casa, ele passa a cuidar dos afazeres domésticos, cozinhar, para ela continuar pintando. É tudo lindo demais!
Eu achei fotos da Maud Lewis, muito fofa! E amei a casinha toda pintada e os quadros dela, vou colocar um aqui.

Apesar dela ter pintado gatinhos lindos, o marido tinha na verdade cachorros.



Maud Lewis, o marido em frente a casinha.

A casinha!

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Quaternaglia

Assisti ao concerto do Quaternaglia da Série Violão do Cultura Artística no MUBE - Museu Brasileiro de Cultura. O Quaternaglia é formado por Chrystian Dozza, Fabio Ramazzina, Thiago Abdalla e Sidney Molina. Que apresentação! Primeiro o grupo tocou uma obra Quatro para Tango do Piazzolla, escrita para quarteto de cordas e adaptada para o de violões por Fabio Ramazzina. Gostei muito, bem diferente do que conheço do compositor. Fiquei muito impactada com a adaptação das Danças Sinfônicas de Leonard Bernstein de West Side Story. Que preciosidade, que arranjo de Thiago Tavares. Eu gosto demais da Suíte nº 3 de Ronaldo Miranda, não canso de ouvir, adoro esse compositor. Fiquei encantada com Um Anjo do Egberto Gismonti, que foi feita para o filme Quarup do Ruy Guerra, só li o livro há anos que amei. Quero muito ver o filme, mas é raro passar, mesmo no Canal Brasil. O quarteto terminou o concerto com a incrível Sobre um tema de Gismonti do Chrystian Dozza, outra obra que não canso de ouvir. No bis tocaram a deliciosa Frevo e Fuga do Paulo Bellinatti. Que concerto!
Foto de Gal Oppido
 
Beijos,
Pedrita

domingo, 20 de maio de 2018

The Handmaid´s Tale

Assisti a primeira temporada da série Handmaid´s Tale (2017) na Paramount. A direção é de Bruce Miller. Como queria ver esse produto. Tinha amado o livro da Margaret Atwood, essa série vem angariando inúmeros prêmios e comentada como a melhor série do ano, não queria perder. Demorou um ano para algum canal passar no Brasil. E a Paramount não colocou essa série em streaming. Só dava pra ver mesmo no canal. Como posso gravar, consegui ver quando quis se perdia.

Como em Alias Grace, Margaret Atwood deu consultoria pra série, mas diferente da outra, essa tem ampliações e modificações, e terá mais ainda na segunda temporada que está sendo gravada, como li em uma matéria. A série é tão maravilhosa como o livro. Um problema de infecção torna a maioria dos humanos inférteis. Um grupo cria um sistema perverso onde as poucas mulheres férteis se tornam aias para procriarem para famílias. A protagonista vai em uma família onde o casal foi o que escreveu parte das regras absurdas. Ela já teve uma filha que foi arrancada dela e está lá  na família para ter outra criança para ficar com o casal. Assim que o filho desmamar, se ainda for possível engravidar, a aia segue para outra família. Se não, ela irá para outra função nessa sociedade pavorosa, que pode ser infinitamente pior que essa, que pode ser cuidar de lixo tóxico. Para conseguir o controle elas não tem amigos, não podem conversar, são vigiadas constantemente e torturadas sempre que se rebelam. Ainda ganham outros nomes, o final do nome sempre é o da família que está inserida, quando muda de família o final do nome muda. Os que subvertem o sistema são enforcados e ficam em um muro como exemplo. A opressão a um povo é muito atual.
Interessante que em uma entrevista Margaret Atwood disse que o eixo era a religião, que o fanatismo tinha levado a essas atitudes extremas. Sei que foi ela que criou o livro e a estrutura, mas eu penso diferente, eu acho que o grupo utiliza os sistemas, inclusive a religião, para ter uma desculpa para a ditadura e o poder ao outro. Para torturar, tudo em nome de uma causa maior, nesse caso, a perpetuação da espécie.

Elisabeth Moss está incrível. Gosto muito do Joseph Fiennes e do Max Minghella. Insuportável a personagem da Ann Dowd que está incrível. Que triste a personagem da Madeline Brewer e que interpretação difícil, são os piores momentos da série. Muito irritante a personagem da bela Yvonne Strahovski. Há vários outros ótimos atores e bons personagens: Amanda Brugel, Samira Wiley, Alexis Bledel, O-T Fagbenle,  Nina Kiri, Jordana Blake e Ever Carrendane. Todos estão ótimos e gostei muito que o elenco traz várias etnias e descendências.
Entre os inúmeros prêmios de melhor série do ano estão Globo de Ouro de Melhor Série e Melhor Performance em Série Drama para Elisabeth Moss.


Beijos,
Pedrita