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Assisti
A Favorita (2008) de
João Emanuel Carneiro na
TV Globo. A
direção geral foi de
Ricardo Waddington. Eu evito ver novelas das 21hs porque me frustro muito, perco muitos capítulos. Sempre dou uma espiada em capítulos decisivos e
A Favorita já me frustrava logo no começo. Lembram do dia da revelação de quem seria a má? Eu perdi! Até pensei, ainda bem que não estou seguindo porque ficaria irritada. A internet até deixa ver uns pedaços, mas não é a mesma coisa. Só que a trama era tão inteligente. bem escrita, inovadora, que chegou uma hora estava seguindo. Então... Perdi quase todas as grandes revelações: que o
Halley era o filho sequestrado, que a
Lara não era a filha do
Marcelo. Era uma frustração atrás da outra.
João Emanuel Carneiro inovou em vários aspectos. Primeiro não nos contou quem era a "boazinha" e quem era a "vilã". Mesmo uma sendo má demais e a outra a injustiçada, elas eram humanas, ambíguas e complexas. A família de negros era corrupta. Um casal entre um branco e um negro não tiveram problemas de racismo e sim de alcoolismo e imaturidade de um personagem. A homossexualidade também teve muitas nuances, não foi feito debate social. Os personagens tinham a permissão de se confundirem a vontade em seus papéis.
A Favorita não perdeu o fôlego em nenhum momento. O autor não tinha medo de fazer revelações quando bem entendia. A imprensa questionava se ele conseguiria segurar o público e o público só aumentava. Só se ouvia falar de
A Favorita. O
elenco é maravilhoso, gostava de quase todos os núcleos:
Claudia Raia, Patrícia Pillar, Glória Menezes, Mauro Mendonça, Tarcísio Meira, Mariana Ximenes, Cauã Reymond, Carmo Della Vecchia, Murilo Benício, Genézio de Barros e Ary Fontoura. Foi muito divertido também a família do
Dodi que apareceu no meio da novela, interpretados por
Lúcio Mauro e Claudia Missura. Se juntavam a eles
Emmanuelle Araújo. Adorei os vilões patuscos:
Dodi e
Silverinha, gostei demais eles serem tão trabalhões e burros. O
Dodi aplicou na bolsa o que ganhou do sequestro da filha e perdeu tudo, depois conseguiu outra bolada e foi roubado pelo próprio pai, fora outras bobagens ao longo da trama.
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Eu adorava os núcleos da cidade de
Triunfo. Gostava demais das belas três atrizes que interpretaram as irmãs, já conhecia e adoro as atrizes
Lilia Cabral e Claudia Ohana. E descobri a bela e talentosa atriz
Gisele Fróes. a atriz que interpreta a mãe delas também é excelente,
Suzana Faini. A personagem era casada com o personagem do maravilhoso ator
Chico Diaz. Jackson Antunes também arrasou. O
elenco da cidade de
Triunfo é igualmente extenso e incrível. Adorei as revelações:
Miguel Rômulo e Clarrisse Falcão.
Gostei da complexidade da trama do triângulo amoroso entre os atores:
Leonardo Medeiros, Helena Ranaldi e Malvino Salvador. Foi bastante complexo, mostrou atração e amor, dois segmentos tão distantes. O desfecho é que foi machista e simplista. Ando meio cansada em novelas de personagens que descobrem de uma hora pra outra doenças incuráveis. Foi divertido o personagem da
Giula Gam e do
José Mayer. Gostei do fato dela não dizer quem era o pai do garoto, ele ter dois pais, e nunca a paternidade ser revelada.
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Gostei da complexidade da família negra.
Milton Gonçalves arrasou, bem como
Taís Araújo e
Fabrício Boliveira. Completavam esse núcleo:
Selma Egrei, Christine Fernandes, Hanna Romanazzi e Angela Vieira. Fiquei feliz de um novo autor entrar para o time das novelas em horário nobre. A diversificação é sempre melhor para a arte. Adorei o núcleo do personagem
Orlandino e os atores estavam muito bem:
Iran Malfitano, Débora Secco e Suely Franco. Era muitos atores que gostava:
Elizângela, Roberta Gualda, Paula Burlamaqui, Rosi Campos, Bel Kutner, Mário Gomes, Aramis Trindade, Giovanna Ewbank, Eduardo Mello e Alexandre Nero. Eu também gostava muito da
trilha sonora.
Música do post: Coldplay - Viva La Vida
Beijos,
Pedrita