Terminei de ler Desonra (1999) do sul-africano J.M. Coetzee. Peguei emprestado esse livro da minha irmã. Fazia tempo que queria ler algo desse autor tão elogiado. Não sei se lembram que comentei que minha irmã começou a ler autores que ganharam Prêmio Nobel. E Coetzee ganhou em 2003. Tentei inclusive comprar uma obra dele na Bienal do Livro, mas não havia nenhuma em promoção. Aí descobri que minha irmã tinha e peguei emprestado. Ela me avisou que era indigesto e realmente foi uma leitura muito, mas muito difícil.Há muitas incoerências em Desonra. Um professor universitário é condenado exageradamente por ter se envolvido com uma aluna de 20 anos. Enquanto um estupro fica no silêncio por ser mais conveniente não mexer. É uma trama complexa, difícil, indigesta em uma sociedade cheia de ódios e vinganças entre brancos e negros. Uma violência exacerbada. Fiquei imaginando como um autor consegue escrever aquelas frases, reler e lançar uma obra tão intensa. Eu não consegui nem anotar trechos, porque meus dedos se recusavam a escrever aquelas palavras tão difíceis de assimilar.
Portanto anotei somente a frase inicial de Desonra de J.M. Coetzee:
“Para um homem de sua idade, cinqüenta e dois, divorciado, ele tinha, em sua opinião, resolvido muito bem o problema de sexo.”
Tanto a obra quanto a música são de autores sul-africanos.
Música do post: 15. South Africa - Mafikizolo - Majika
Beijos,



















