sábado, 12 de dezembro de 2020

Uma Vida Oculta

Assisti Uma Vida Oculta (2019) de Terrence Malick no Telecine Play. É um filme bastante filosófico sobre o austríaco Franz Jägerstätter na Segunda Guerra Mundial. 

A Áustria apoiava Hitler e os austríacos foram treinar para a guerra. Depois voltam para suas casas e aguardam ser convocados. No treinamento, Franz descobre que Hitler mandava matar mulheres e crianças, e que invadia terras de outras pessoas. Ele então se recusa a lutar ao lado da Alemanha e recusa o juramento de dedicação a Hitler. Se pensarmos, no início da Segunda Guerra Mundial o Brasil também ficou do lado da Alemanha, tanto que o Getúlio nem permitiu que judeus descessem de navios e os mandava para o extermínio na Alemanha. Ao menos no Brasil, os soldados só foram enviados quando o país  mudou de lado e passou a lutar para proteger os povos do massacre nazista e das invasões.
Muito religioso, ele vai preso após a recusa ao juramento, primeiro na Áustria, depois para Berlim, onde é julgado e condenado a morte. Ele acabou sendo canonizado, mas acho que a religiosidade nem é o motivo principal, ele se recusava a matar em nome de alguém, seja porque motivo fosse. O filme fala muito então da dignidade, da ética, da moral, que impede um homem em matar alguém para tomar territórios. 

O lugar é deslumbrante, as cenas no campo são de tirar o fôlego. Antes dele ser recrutado eles sofrem muitas ofensas e agressões dos moradores do lugarejo, que muito rapidamente adere ao cumprimento nazista. Pai de três filhos, é de cortar o coração o que essa esposa sofre da vizinhança. Sua irmã sempre ao seu lado. Os dois são interpretados brilhantemente por August Diehl e Valerie Pachner. A trilha sonora é igualmente belíssima!

Franz e Fani Jägerstätter.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Bom Dia Verônica

Assisti a série Bom Dia Verônica (2020) de Raphael Montes na Netflix. Essa série vem sendo muito elogiada. Adoro o elenco, queria muito ver. É incrível mesmo, mas muito,  muito violenta.

Verônica é uma escrivã. Começa com o caso de mulheres que são dopadas com boa noite Cinderela. Verônica resolve falar na televisão e colocar o telefone da polícia, da sua mesa, para as mulheres que sofrem violência. Janete liga. A história da Janete é muito, mas muito insuportável. Tanto Tainá Muller, quando Camila Morgado e Eduardo Moscovis estão impressionantes, que atores.
No começo pensamos e percebemos o quanto ela sofre violência doméstica, mas seu marido é muito pior do que imaginamos, se é que é possível. 

Verônica percebe que a polícia não tem interesse em investigar o caso. O marido violento é policial. Seu chefe, interpretado por Antonio Grassi, quer se aposentar, então o tempo todo diz que não há provas suficientes. O pouco que conhecemos da polícia brasileira, quando há alguém importante envolvido, concordamos com ele. E vamos conhecendo a trágica história da Verônica. Seu pai matou sua mãe e tentou se suicidar. Era o melhor amigo do chefe dela.

Boa parte do elenco policial continua na segunda temporada: Silvio Guindane, Elisa Volpatto e Adriano Garib.

Adoro o ator que faz o marido da Verônica, César Mello. Ótimos também os atores que fazem os filhos da Verônica: DJ Amorim e Alice Valverde. Cassio Pandolfi faz o pai da Verônica. Muitos atores fazem participações: Aline Borges, Marina Provenzanno, José Rubens Chachá, Pally Siqueira, Juliana Lohmann, Sacha Bali, Rosa Marya Colin, Vanja Freitas e Julia Ianina.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O Grito

Assisti O Grito (2020) de Nicolas Pesce na HBO Go. Há vários filmes baseados no original de Takashi Shimizu. Vi vários, por incrível que pareça até agora não vi o primeiro O Grito, o original japonês. E esse é absurdamente assustador. Tinha tempo que eu não ficava tão assustada com um filme do gênero. Em geral eu vejo como filmes de fantasminhas, como ficção científica, então até assusto na hora da cena, mas não fico assustada depois. Esse até agora tenho arrepios. Muito impressionante! Gostei demais! Uma das cenas mais assustadoras é essa do pôster, mas há muitas, mas muitas outras. E não são gratuitas, acho que por isso que assustam tanto!

Eu gosto muito da premissa desse filme e acho que é por isso que promove tanto impacto. Diz que quando uma pessoa tem morte violenta, ela não consegue partir. Em O Grito é mais doloroso, porque as mortes violentas foram de crianças e sempre há crianças em perigo. Eu acho fascinantes os sons apavorantes de O Grito. Essa versão os incluiu na trama. São muito assustadores.
A grande força dessa versão foi ser não linear. Começa no Japão, a mulher vê a morta, foge e volta para sua linda família, marido e filha. Depois segue para o futuro, mas as idas e vindas continuam. Muito interessante. Andrea Riseborough é policial. Ela está nos dias de hoje. Ela perdeu recentemente o marido de câncer e se muda com o filho pra tentar reconstruir a vida. Mas entra na casa amaldiçoada. Mesmo assim, o filme fica indo e vindo no tempo, em vários momentos. O elenco é grande: Tara Westwood, Jackie Weaver, Zoe Fish, Frankie Faison, Lin Shaye, William Sadler, Demian Bichir, Jon Cho, Junko Bailey e John J. Hansen.
Beijos,
Pedrita

domingo, 6 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020 Spotify

A Retrospectiva 2020 do Spotify ficou pronta. Esse ano ouvi bem mais músicas no Spotify. Principalmente pelo isolamento. Antes eu ouvia mais pontualmente. Eu não gosto de trabalhar com música, me desconcentra. Quando ouço música, ouço música. Gostei muito dos músicos e músicas que estiveram entre os mais ouvidos. Cranberries sempre foi minha banda preferida. As músicas do período da Etta James, Billie Holliday e Nina Simone embalaram a trilha sonora da faculdade. Na época saíram vários CDs lembrando essas grandes cantoras e músicos de jazz em blues e nós fazíamos festinhas embaladas nesses hits. Alice Phoebe Lou eu descobri na trilha do filme Vou Nadar Até Você. Amor Marginal está na trilha de dois filmes que amo, um em Berenice Procura e outro em Paraíso Perdido.

Eu passei a dançar em casa com música em casa para fazer exercícios. A ouvir outras músicas para atividades domésticas. Confesso que não faço ideia o que o Spotify define como Adult Standards. Eu passei a ouvir muitas músicas que eram sugeridas nos livros e filmes. Talvez os que chamam de Adult Standards tenham vindo de livros como Praia de Manhattan ambientado na década de 40 ou na série Lovecraft Country. O Spotify tem muita trilha sonora de filmes e séries.

Dia Branco é uma música que eu ouvi quando vi o incrível filme A Máquina. Pena que algumas músicas da trilha sonora não tenham no Spotify.

Eu sempre gostei de descobrir músicas, em geral aquelas menos conhecidas. Claro, gosto muito de algumas músicas muito conhecidas, mas adoro explorar novos caminhos, descobrir novos intérpretes, novos compositores.

Tanto a Corinne Bailey Rae e a Alice Phoebe Lou são cantoras sul-africanas. 










Beijos,
Pedrita