sábado, 19 de março de 2022

Dilili à Paris

Assisti Dilili à Paris (2018) de Michel Ocelot no TelecinePlay. Há um tempo comecei a ver e esqueci de continuar. Reencontrei esse filme. É uma preciosidade! Uma graça!

Dilili nasceu no continente africano. Sua mãe era do povo kanak e seu pai francês. Ela foge clandestinamente em um navio, uma francesa a adota. A animação começa com Dilili atuando como uma criança kanak. Na saída ela conhece um entregador de um triciclo. Eles ficam amigos.
Ela vai conhecendo então as personalidades da época. Logo conhece Madame Curie, depois Degas, Marcel Proust, Louise Michel, Príncipe de Gales, Sarah Benhardt, Toulouse Lautrec, Pasteur, Picasso, Coulette, Modigliani, Rousseau, Lebeuf, Renoir, Diaguilev e Santos Dumont. A cada pessoa que Dilili conhece ela diz que terá a profissão dele. Para costurar as histórias crianças estão desaparecendo e Dilili e o amigo começam a investigar. Quem a ajuda é a cantora Emma Calvé
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 16 de março de 2022

O Guardião Invisível

Assisti O Guardião Invisível (2017) de Fernando González Molina na Netflix. Esse nem pra distrair, tem furos demais! É baseada na trilogia de Dolores Redondo.
 

Uma jovem policial vai investigar assassinatos em série de meninas adolescentes. Ela foi da cidade e aos poucos vamos descobrindo sua história. O filme dá a entender um certo misticismo, ela vê pessoas mortas, descobre objetos de bruxas, mas essa ideia é abandonada pelo caminho. Ela não serve pra nada, não consegue antecipar as mortes, salvar as meninas, sua irmã (Elvira Mínguez) abusadora que resolve a questão. Tem tanto, mas tanto furo. Ela é interpretada por Marta Etura. E como chove, o tempo todo chove torrencialmente e eles sempre todos ensopados. Bom, é muito furo, mas não entendi porque o biscoito que ficava nas meninas não derretia com a chuva.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 14 de março de 2022

Imperdoável

Assisti Imperdoável (2021) de Nora Fingscheidt na Netflix. Eu queria muito ver esse filme porque adoro a Sandra Bullock e ela está realmente maravilhosa como a ex-presidiária. Eu gostei, mas o final estraga todo o conceito. O filme é baseado na série Sally Wainwright.
 

A protagonista sai da prisão e quer rever a irmã. O filme é suspense, então pouco sabemos o que aconteceu. Só sabemos que ela matou um policial e ficou 20 anos presa por isso. Os EUA são bem rígidos com quem ganha liberdade condicional, auxiliam bastante no processo de reintegração. Arrumam moradia coletiva, ela vai para um local onde ex-presidiárias dividem quartos, ela fica em um quarto com mais três e tem regras rígidas. Arrumam também um emprego, ela tem que limpar peixes em uma fábrica. E toda semana ela em um encontro em quem ficou encarregado de acompanhar todo esse processo. No elenco ainda estão: Rob Morgan,Vincent D´Onofrio, John Bernthal, Tom Guiry, Aisling Franciosi, Richard Thomas, Linda Emond, Will Pullen, Neli Kastrinos e Viola Davis.
Eu gostei da complexidade do filme. Ela quer rever a irmã que foi adotada, porque as duas são órfãs e a irmã tinha só 5 anos quando ela foi presa. Ela tem o direito de ver a irmã mesmo sendo assassina, até porque já pagou por isso. Ela pede ajuda a um advogado que reluta pelo crime que ela cometeu, mas acaba aceitando. Os pais da irmã estão certos de não querer uma aproximação com uma ex-presidiária. Tem ainda os filhos do policial assassinado que estão revoltados que ela já foi solta após 20 anos. Eles tem direito a revolta, não a vingança. Pelas imagens do conflito no passado, as irmãs pra serem despejadas e os policiais indo fazer a lei ser cumprida, ficou bem claro a inabilidade de negociação dos policiais. Eles também são responsáveis pelo destino trágico. Nunca se subestima pessoas acuadas, mesmo que sejam mulheres. A jovem dizia que estava armada e os policias subestimam os riscos e não tentam proteger todos. Eles foram também responsáveis pelo desastre que aconteceu, até porque deveriam ser treinados pra isso.

Todos tem os seus motivos, por isso o final estraga. Seria muito melhor continuar como estava, cada um com os seus conflitos. Enfraquece demais ela ser inocente. Aí tudo bem ela ser perdoada, não foi ela. Ela sendo culpada e já tendo pago com a justiça, promovia debates muito mais profundos. Acho muito importante um filme debater o quanto todos nós somos punitivos e vingativos, manter distância ok, mas condenar é abominável. Existem leis pra isso, nem sempre justas, mas nós temos o mal hábito de ter pensamentos vingativos com o outro. Todos de alguma forma cometem ou tentam cometer crimes com essa mulher porque ela merecia, como se uma maldade justificasse outra. Ruim o filme inocentá-la porque aí pensamos, ah tá, ela merece perdão porque é inocente. Quando seria muito mais produtivo ela ser assassina, compreender essa irmã e aceitar a aproximação mesmo com todos os receios e cuidados. Para pensarmos mais em empatia.

Beijos, 

Pedrita