sábado, 26 de março de 2022

Um Lugar ao Sol

Assisti a novela Um Lugar ao Sol (2021-2022) de Lícia Manzo na . Eu amava essa novela que sofreu bastante com a pandemia. O começo foi gravado antes da pandemia, aí parou, depois tiveram que fazer ajustes pra poder finalizar.

A trama dos gêmeos era ótima, Cauã Reymond brilhou nos três personagens, três porque Christian como Renato também era outra pessoa. Abordava muitas questões. Um Lugar ao Sol falou muito sobre adoção em inúmeros personagens. Os dois eram do interior de Goiás. Como se fazia muito antigamente e ainda um pouco infelizmente, mesmo sendo ilegal, uma família vai buscar uma criança ainda não registrada de uma família pobre. Eram dois irmãos, um estava doente. A família só quer o que está melhor. Um cresce em uma família rica, a mãe o mima demasiadamente e o sufoca. Pra se libertar de toda a pressão, torna-se alcoólatra e usa drogas. Sem moral alguma vai comprando tudo e a todos. Christian é criado em orfanato, estudioso, sonha uma vida melhor e para o seu irmão de orfanato Ravi (Juan Paiva), bem mais novo que ele. Muito interessante que Christian toma o lugar do Renato e vai se parecendo cada vez mais com o irmão, mas não tanto, tem características diferentes. O final da novela desandou, Infelizmente a grande espera virou uma espera demais para a revelação de que Renato era Christian. No último capítulo, em um corre corre ruim, o que mais se esperou foi engolido em tão pouco tempo. 
Eu adorava o casal Rebecca e Felipe (Gabriel Leone). Andréa Beltrão estava majestosa. Ele, namorado da melhor amiga da filha (Fernanda Marques), ela modelo, com dificuldade de conseguir trabalho na área aos 50 anos. Pena que a autora não bancou a relação. E não foi por influência do público porque a novela começou já terminada. Todo o discurso que amor não tem idade foi por terra separando o casal. Até fez uma volta relâmpago em um momento mas mais fake impossível. A novela infelizmente teve muitos problemas de continuidade quando precisou ser esticada e muitos furos. Bom, ninguém usava whatsapp, tudo mundo aparecia na porta da casa, novela nunca tem porteiro, sem avisar. Felipe vai atrás de Rebecca, mas ela está voltando de um encontro. Teria que ser noite, ela foi dançar, como o rapaz vai sem avisar de madrugada? E o Alzheimer de Elenice que desapareceu. Ela já vinha com confusões mentais, esquecendo muita coisa., mas conseguiu fugir da clínica, achar a casa da Bárbara, lembrar em detalhes tudo o que ia dizer e um tempo depois no tribunal também lembrava de tudo. Essa autora ama doenças, fato que me manteve distante na exibição de outra novela sua. Em Um Lugar ao Sol a autora extrapolou nesse quesito. Até Felipe teve um câncer muito raro em jovens no intestino, nem se deu ao trabalho de escolher algo mais condizente com a idade dele. Os doentes em geral tinham maus raríssimos, precoces, que pouco se via, pra ser bem dramático. Doentes que ficaram ou já estavam eram a mãe da Rebecca (Débora Duarte), Felipe, Bárbara (Alline Moraes) e a mãe que já tinha morrido, só aparecia nos diálogos, Elenice (Ana Beatriz Nogueira), Santiago (José de Abreu), Túlio (Daniel Dantas), Gesiel (Antonio Pitanga), a gravidez da Ilana (Mariana Lima), sempre com maus raríssimos, onde teve uma escolha de Sofia, qual bebê ia querer salvar. José Renato (Genézio de Barros) que fica doente e morre. A parente da Elenice. O pai do Breno (Luiz Serra) sempre foi tratado como doente, mas nunca pareceu que necessitava de cuidados exagerados que impedissem sua filha (Claudia Missura) de ter uma vida própria. E após acidentes como com Ravi  e Aníbal (Reginaldo Faria). Elenice e Teodoro (Fernando Eiras) morreram de Covid, mas só comentaram, não mostraram. Dois adictos Júlia e (Denise Fraga e Eduardo Moskovis), não bastava um. E com várias cenas, demasiadas, no AA. Enquanto algumas cenas que desejávamos mal apareciam, outras ganhavam tempos absurdos. No começo queríamos ver mais em detalhes a transformação de Christian em Renato, depois a revelação. Mesmo a trama da Thaiane foi atropelada, resolvida a parte jurídica em conversas em voz baixa em um show.
Foi lindo demais o amor entre Ilana e Gabriela (Natália Lage). Ilana teve muita dificuldade de admitir que estava apaixonada por sua amiga de adolescência. Ilana teve um casamento muito difícil com Breno (Marco Ricca), que era imaturo. Ela que bancava as contas, trabalhava demasiadamente, mas ele cobrava um filho depois de muito tempo de casados. Ela aceita, engravida, e novamente parece que teria que gerir tudo sozinha. Gabriela veio pra somar, pra amar e dividir tudo, obstetra bem sucedida, poderia não só ajudar na criação da filha, mas como dividir as despesas e funções da vida adulta. Já Breno se encontrou e se uniu com outra imatura, a cansativa Julia.
As mulheres em geral eram fortes e batalhadoras. A avó Noca (Marieta Severo) ensinou a neta (Andréia Horta) a lutar por seus anseios. As profissionais (Stella Freitas, Ju Colombo e Georgina Castro) competentes do cantinho da Noca. A personagem Janine (Indira Nascimento) fez uma participação. Ela era uma talentosa escritora que se vê envolvida em uma trama sórdida de liberar direitos autorais. A professora (Betty Gofman) que interfere ajudando a aluna a ter coragem de lutar pelos seus textos e direitos. Ilana uma produtora de sucesso, com uma empresa no ramo da moda. A psicóloga (Regina Braga) que sabia mais ajudar os outros do que se ajudar e ter empatia. Até mesmo a amoral Ruth (Patthy de Jesus), que por meios errados era uma bem sucedida executiva. Cecília (Fernanda de Freitas) que era personal trainer e criava muito dignamente seu filho. Até mesmo a competente governanta (Ângela Figueiredo) que se perde quando vem uma nova chefe na casa.
Eu gostava da trama da Nicole (Ana Baiard) com o Paco (Otávio Muller). As cenas nas dublagens eram ótimas. Gostava dos dois serem do meio artístico, dois atores que complementam sua renda na dublagem. A filha o Paco foi interpretada por Samanta Quadrado e a mãe dela por Claudia Mauro. Tinham alguns ótimos personagens que apareceram na trama atuados por Renata Gaspar, Danilo Grangheia, Danton Mello, Isio Ghelman e Lara Tremouroux.
Fiquei bastante triste e frustrada com os atropelamentos na trama no final, as excessivas doenças, mas no geral eu gostei demais de Um Lugar ao Sol
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 25 de março de 2022

O Teu Sorriso

Assisti ao curta O Teu Sorriso (2009) de Pedro Freire no Canal Brasil. O canal programou filmes em homenagem ao grande Paulo José. Esse curta é uma preciosidade, que lindo!

O curta tem dois atores que amo Juliana Carneiro da Cunha e Paulo José. Eles estão no começo do namoro, vivendo a paixão. É lindo demais! Delicado, sublime, pedaços de corpos, rostos, mãos, emociona!

O curta pode ser visto no Vimeo e parece que tem no MUBI.
 
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 23 de março de 2022

A Idade Dourada - 1ª Temporada

Assisti a 1ª Temporada da série A Idade Dourada (2022) de Julian Fellows no HBO Go. A HBO ainda continua querendo decidir quando devemos assistir aos episódios de uma série. Só depois de passar no canal é que entrava no Now cada capítulo. Realmente ainda não aprenderam que nós é que queremos decidir se vamos maratonar tudo em um dia ou vamos ver por anos. Faz tempo que eu não sei mais o que é assistir algo na grade de programação. Filmes e séries só vejo em streaming. Talvez na HBO Max tenha sido disponibilizado todos os capítulos, mas eu tenho que mudar controle remoto, ativar um aparelho que coloca internet na TV, que acabo preferindo aguardar, mas acho um retrocesso a HBO ficar disponibilizando a conta gotas os episódios, sendo que outros streaming que trabalham mais modernamente estão roubando seus assinantes.
 

O pai de uma jovem (Louisa Jacobson) morre, o advogado (Thomas Cocquerel) avisa que o pai só tinha dívidas, que ela não tem mais nada. Ela tem então que se conformar e ir morar com as tias (Christine  Baranski e Cinthia Nixon) que mal conhece. Na estação de trem ela é roubada perde o seu bilhete de passagem e uma jovem (Denée Bentom) compra o bilhete pra ela e elas ficam amigas. A família da órfã é de nobres tradicionais, que gerações após gerações estavam na nobreza, com suas tradições, na sociedade conservadora.

A idade do ouro foi quando muitos americanos ascenderam socialmente porque enriqueceram rapidamente. Os novos ricos. As tias da jovem vivem em frente de uma de novos ricos, que reformaram esplendidamente uma mansão, mas não são aceitos na sociedade tradicional. Começa com o baile vazio, os ricos de tradição não vão ao baile. O marido (Morgan Spector) é um empresário da área de transporte ferroviário. Amei o casal. Lindo como os dois se estimulam a lutar e ser bem sucedidos. Ela (Carrie Coon) tem uma garra admirável. Essa temporada termina exatamente com um novo baile e dessa vez lotado.

Claro que há todo o interesse em que os jovens façam bons casamentos. A sobrinha não tem nada, mas tem a tradição. Os filhos dos novos ricos tem dinheiro, mas não estão inseridos na sociedade. Os familiares estão o tempo todos tentando proteger os parentes de oportunistas e casamentos ruins. A direção de arte é deslumbrante!
Por ser dos criadores de Downton Abbey, os funcionários tem papel fundamental. A arte de bem receber e servir tem que ser orquestrada por uma equipe altamente profissional. Ótimas as tramas dos funcionários também. Só são 9 episódios, ansiosa pela próxima temporada.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 21 de março de 2022

Yara

Assisti Yara (2021) de Marco Tullio Giordana na Netflix. É baseado em um caso real do desparecimento de uma adolescente de 13 anos em uma pequena cidade na Itália.

Uma policial (Isabella Ragonese) de outra cidade vai investigar o caso. O corpo da menina (Chiara Bono) demora a aparecer, só três meses depois do desaparecimento que é encontrado. Depois descobrem o DNA em uma mostra de sangue que não era da menina. Não tinha ainda banco de dados de DNA então a policial sugere que verifiquem os DNA da população. Muitos se voluntariam e acham um que tem 50%, portanto algum parente dele seria o assassino. Descobrem que um pai tinha tido um filho fora do casamento, então começam a procurar o DNA em mães e localizam o assassino (Roberto Zibetti), isso quatro anos após o assassinato.

Todo o processo leva muitos anos. O assassino acaba sendo condenado, mas por ser inusitada a forma de acusação, a pesquisa de DNA, até hoje os advogados de defesa tentam reabrir o inquérito, mas não conseguem. O assassino sempre se declara inocente, que não foi ele. Fico imaginando o sofrimento por tantos anos revivendo essa história.

Beijos,
Pedrita